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A cantora americana Kesha, de 27 anos, denunciou seu produtor Dr. Luke por abuso sexual, físico e verbal, assim como por assédio e estresse emocional, sofridos nos últimos dez anos. A artista acusou o produtor de "forçá-la a usar drogas e álcool para se aproveitar dela sexualmente, enquanto estava drogada", revela a denúncia apresentada em um tribunal de Los Angeles, nesta terça-feira.

O nome de batismo de Dr. Luke é Lukasz Sebastián Gottwald. Kesha conta que, uma vez, acordou "nua" na cama de Dr. Luke, "sem capacidade para lembrar como havia chegado ali", depois que ele a obrigara a tomar algumas pastilhas. Em outra ocasião, Dr. Luke forçou a jovem a se drogar antes de embarcar em um avião.

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Conhecida pelo hit "Tik Tok", Kesha afirmou que as agressões lhe causaram bulimia nervosa. Em janeiro de 2014, completou a artista, ela ficou dois meses internada em um centro de reabilitação depois que os médicos lhe disseram que sua vida "corria perigo". Segundo ela, o produtor a afastou de sua família e amigos, quando foi viver em Los Angeles e chegou a ameaçar, repetidamente, "destruir" sua carreira, se ela revelasse esses "incidentes".

"O objetivo dessa denúncia é que Kesha retome o controle de sua carreira musical e sua liberdade pessoal, após dez anos sendo vítima de abusos psicológicos, manipulação e abusos sexuais por parte de Dr. Luke", afirmou em um comunicado o advogado da cantora, Mark Geragos, que também defendeu Michael Jackson. Kesha exige uma indenização e o fim de qualquer vínculo de trabalho com ele para poder assinar novos contratos com outros agentes e selos fonográficos.

Poucas horas depois, Dr. Luke denunciou Kesha por calúnia, afirmando que suas acusações são uma armação para romper seu contrato. Ele já trabalhou com Kate Perry, Rihanna e Shakira, entre outras. "Kesha e sua mãe Pebe usaram essas difamações com o objetivo de forçar Gottwald para liberar Kesha de sua exclusividade contratual", rebate a denúncia do produtor obtida pela AFP.

A denúncia aponta que ambas reconheceram que essas acusações "são falsas". O produtor alega ter "descoberto" a cantora e diz que, em 2013, ela assinou um acordo com a empresa de representação Vector, que a pediu que rompesse seu contrato.

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