A Amazon eliminará outros 9 mil postos de trabalho, que se somam às 18 mil demissões já anunciadas em janeiro, informou, nesta segunda-feira (20), o diretor-executivo da empresa, Andy Jassy, em uma mensagem aos funcionários publicada em seu site.
O grosso dos cortes está nos serviços de computação em nuvem AWS, no departamento PXT voltado à gestão de recursos humanos, na publicidade e na plataforma de streaming em vídeo Twitch, indicou o CEO.
##RECOMENDA##As demissões anunciadas desde o início de janeiro representam cerca de 1,7% da força de trabalho da Amazon, que contava com 1,54 milhão de funcionários no fim de 2022.
Jassy explicou que os novos cortes se devem ao mesmo princípio de contenção de gastos que motivou o anúncio anterior, mas alguns setores exigiram mais tempo de análise.
"Considerando a incerteza econômica e a falta de clareza sobre o futuro próximo, decidimos reduzir nossos custos e nosso pessoal", afirmou o diretor-executivo, que substituiu no cargo o fundador Jeff Bezos em julho de 2021.
O CEO lembrou que, por vários anos anteriores, a maioria dos setores do grupo aumentou seu quadro "de forma significativa", o que "fazia sentido [na época] considerando a evolução de nossa empresa e da economia".
Entre o final de 2019 e o final de 2022, a Amazon contratou, em números líquidos, 700 mil pessoas, um crescimento de 83% em seus funcionários.
A pandemia ajudou a expandir consideravelmente as empresas de tecnologia, por causa da demanda maior por seus produtos durante o confinamento.
Para explicar essas demissões, soma-se ainda o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos para combater a inflação, o que fez os custos subirem para as companhias do ramo tecnológico.