Tópicos | Pouso de risco

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou na segunda-feira uma auditoria na companhia aérea regional Trip. A empresa está sendo investigada por usar um procedimento de pouso sem a autorização do órgão, desrespeitando as normas de segurança, conforme informou reportagem do ‘Estado’ na edição de sábado.

A auditoria faz parte da fiscalização de uma denúncia recebida pela Anac contra a Trip em maio, no mesmo mês em que a empresa anunciou sua fusão com a companhia aérea Azul. A Trip foi acusada de utilizar indevidamente uma técnica de aproximação chamada RNAV Approach, que permite que a aeronave voe em alturas mais baixas e realize o pouso em condições meteorológicas mais adversas, guiada por GPS. O procedimento só pode ser feito se a empresa tiver a certificação da Anac, o que a Trip não tem. A denúncia levou a Anac a abrir um processo administrativo contra a Trip em junho.

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Segundo a Anac, a Trip é a única companhia aérea investigada por utilizar a técnica sem certificação. Após o fim do processo, a diretoria da Anac avaliará os relatórios técnicos e poderá impor sanções à empresa, afirmou o órgão em comunicado. A Anac informou também que encaminhou o caso ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) em agosto. O Decea não se pronunciou sobre a questão.

Os pousos feitos com a técnica RNAV Approach só podem ser realizados em aeroportos homologados pelo Decea. Um dos alvos da investigação é apurar se a Trip utilizou esse procedimento em aeroportos nos quais a técnica não é permitida.

A Trip disse na segunda-feira, em comunicado, que “está colaborando para que a Anac e demais autoridades aeronáuticas trabalhem com absoluto rigor e total transparência para fazer da aviação brasileira uma atividade cada vez mais segura. Por este motivo, a companhia reafirma sua total cooperação à auditoria”, disse a empresa.

Em entrevista ao 'Estado' na sexta-feira, o presidente da Trip, José Mario Caprioli, admitiu que a empresa realizou pousos com a técnica RNAV Approach, mesmo sem a certificação da Anac. Ele ressaltou que a técnica é segura e que seu uso foi interrompido na quinta-feira após a notificação da Anac. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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