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Zezé Motta é, hoje, uma das atrizes mais respeitadas do Brasil. No entanto, a trajetória da artista foi repleta de percalços e o racismo esteve presente em boa parte dela. Em entrevista ao apresentador Pedro Bial, na madrugada deste sábado (21), ela relembrou momentos duros e “violentos” que precisou enfrentar quando fez a novela Corpo a Corpo, em 1984.

Na trama, Zezé fazia par romântico com o ator Marcos Paulo, falecido em 2012. Na novela, sua personagem precisava enfrentar o preconceito da família do par, que não aceitava a união do casal por ela ser negra. Nas ruas, a história do folhetim refletiu em muito discurso de ódio e racismo. “Foi feito uma pesquisa sobre o que as pessoas achavam desse casal e todos nós ficamos muito chocados com certas reações. Teve um senhor que falou que não acreditava que o Marcos Paulo estivesse precisando tanto de dinheiro para passar pela humilhação de ter que beijar uma mulher negra, feia e horrorosa como eu na boca.”, relembrou a atriz. 

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Zezé disse, também, que o preconceito diminuiu um pouco ao passo que sua fama e prestígio aumentaram. No entanto, ela assegurou continuar carregando a dor causada pelo racismo e a gana de lutar contra ele. “Realmente mudou para mim, mas sempre digo que enquanto alguma Maria José, algum João ou José estiver sendo violentado por uma questão de racismo, eu vou sempre fazer parte do combate ao racismo”. 

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