Tópicos | Presidência da Câmara dos Deputados

Deputado federal pelo PR-SP, o Capitão Augusto não tem medido esforços na sua campanha para ocupar a cadeira de presidente da Câmara dos Deputados. Além disso, segundo reportagem da revista 'Veja', ele teria oferecido aos parlamentares anéis banhados a ouro com símbolo do Congresso Nacional. 

Para os deputados, foram enviados um “croqui” com exemplo do anel e o pedido do número dos dedos dos parlamentares. Em entrevista à coluna 'Radar', da Veja, o deputado garantiu que o “presente” não tem a ver com suas intenções políticas dentro da casa. O Capitão também já fez promessas para criar horários obrigatórios de noticiários da Câmara em tvs comerciais. 

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“Imagina associar isso à minha campanha. Não é tão simples assim. Não tem nada disso. É uma lembrança a apenas alguns colegas, como já fiz outras vezes. Uma cortesia da frente parlamentar”, afirmou o candidato à Veja, sem responder sobre o preço. “Não se diz preço do presente”, completou. 

Na carta endereçada aos gabinetes dos deputados, a mensagem revela que o anel se trata de uma lembrança em comemoração ao 56ª aniversário da legislatura.

O PSB recorreu ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), para evitar a defecção dos tucanos na eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Oficialmente, o PSDB apoia a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG), considerado como azarão na disputa.

A cúpula do PSB se reuniu na tarde desta segunda-feira, 26, em Brasília para discutir a estratégia de campanha na última semana. O partido procurou os líderes do PSDB, PV e PPS para que reforcem o apelo às suas bancadas.

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Os dirigentes do partido disseram que Aécio se comprometeu em intensificar a atuação junto aos demais partidos e sua bancada nesta semana, de forma a garantir os votos necessários para Delgado. "É bom a gente confiar nas lideranças do PSDB", disse o ex-governador do Espírito Santo e presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande.

Delgado fez um discurso de otimismo e disse que sua candidatura incomoda os adversários porque reforça a existência de um segundo turno. Apesar das ameaças de traição entre os tucanos, o candidato disse considerar que apenas 10% do bloco de 106 parlamentares votem em outros candidatos. "Dissidências ocorrerão em todas candidaturas, mas na nossa será residual", previu Delgado.

Cunha

Depois de anunciar em dezembro o apoio formal à candidatura de Júlio Delgado (PSB) à presidência da Câmara, deputados do PSDB já admitem que a sigla pode rever sua posição e embarcar no projeto de Eduardo Cunha (PMDB) no primeiro turno da disputa. A avaliação dos tucanos é que o peemedebista representa hoje um nome alinhado à oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Com o apoio da sigla, que contará com 54 deputados na próxima legislatura e será a terceira maior bancada, Eduardo Cunha poderia vencer o petista Arlindo Chinaglia no primeiro turno. Se forem mesmo o fiel da balança, os tucanos terão condições de negociar um lugar de destaque na Mesa Diretora e em comissões temáticas. O principal pleito é manter a 1ª secretaria, que está na cota do PSDB desde 2009.

"Meu sentimento é de que um terço da bancada vai caminhar com Cunha. É preciso ver qual será a posição do partido na Mesa Diretora. Como fazer uma oposição fragilizada?", questionou o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), um dos que trabalham pela candidatura de Cunha. Embora oficialmente ainda estejam fechados com Delgado, dirigentes tucanos já admitem abertamente que será difícil garantir a unidade da bancada.

"Há uma orientação nesse sentido (de apoiar Delgado), mas o voto é secreto. Não há como garantir (o apoio de toda a bancada)", disse o deputado Duarte Nogueira, presidente do PSDB paulista. Ele comandou nesta segunda-feira um almoço dos deputados tucanos paulistas com Cunha em restaurante da capital. Na saída do encontro, o peemedebista disse ter segurança de que "a eleição será resolvida no primeiro turno". O candidato do PMDB chegou acompanhado do deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, que esteve com ele ao longo do dia nas agendas da capital.

A possível debandada do PSDB da candidatura de Delgado, movimento que é liderado por parlamentares de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, já causa divergência. "Não podemos abandonar companheiros. Hoje a candidatura que não está vinculada à base é a do Júlio Delgado. Apoiá-lo é algo importante para o PSDB", afirmou o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). Depois de participar de eventos em São Paulo, Eduardo Cunha embarcou para o Paraná e se encontrou o governador tucano Beto Richa.

O principal argumento dos tucanos é que o apoio a Cunha já no primeiro turno seria decisivo para derrotar o Palácio do Planalto, que está atuando fortemente para eleger Chinaglia. Na avaliação de deputados do PSDB, um segundo turno contra o PT não seria fácil, já que o governo jogaria pesado utilizando a máquina. Por outro lado, o rompimento com Delgado fortaleceria as correntes do PSB que defendem uma reaproximação com a presidente Dilma Rousseff.

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