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Depois de registrar taxa de 0,55% no mês de outubro e ficar próximo da estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV), de 0,60%, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) deve acelerar e fechar os meses de novembro e dezembro no nível de 0,70%. A avaliação é do coordenador do indicador, Paulo Picchetti, para quem o cenário de inflação continua dentro do que foi traçado para o trimestre e para o acumulado de 2013. "O avanço deve ser provocado, em grande parte, pela aceleração nos preços do grupo Alimentação, movida pelo padrão sazonal", explicou.

Em entrevista à imprensa para comentar o resultado de outubro, Picchetti disse que continua com a expectativa de uma taxa de 5,70% para o ano. Enfatizou, entretanto, que essa projeção não leva em conta eventuais reajustes no preço da gasolina, que, se fossem confirmados, poderiam levar a inflação registrada pelo IPC-S para um nível acima de 6,00%, fazendo com que o indicador voltasse para marcas parecidas com as observadas em 2011 (6,36%) e 2010 (6,24%). Em 2012, o índice acumulou alta de 5,74%.

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Com a taxa de 0,55% de outubro, o IPC-S atingiu o nível acumulado de 4,20% nos dez primeiros meses de 2013. Em 12 meses, alcançou a marca de 5,36%.

Especificamente em relação ao mês de outubro, Picchetti analisou que o maior responsável pela aceleração do IPC-S em relação à taxa de 0,30% de setembro já foi exatamente a recuperação do grupo Alimentação, cuja alta passou de 0,14%, no nono mês do ano, para 0,93% no décimo. "Realmente não está havendo surpresa. Basicamente, a história de outubro é a história de 2013, que é contada pela Alimentação", afirmou, lembrando que o grupo acumulou aumento de 7,09% entre janeiro e outubro.

Outro grupo que chamou a atenção de Picchetti é o de Serviços, que apresentou elevação de 0,70% em outubro ante 0,79% em setembro. Segundo o coordenador, o avanço acumulado deste conjunto de preços em 12 meses até outubro foi de expressivos 12,70%. Esta marca superou não somente os 5,36% de inflação média do IPC-S como também os 9,01% da própria Alimentação.

Quanto aos efeitos do câmbio para a inflação, em outubro, o grupo Comercializáveis avançou 0,39%, ante 0,25% em setembro, acumulando alta de 2,53% em 12 meses. "É um número um pouco maior do que os níveis do começo do ano, quando estavam em 2,29%", lembrou Picchetti. "Se olharmos a trajetória do câmbio no ano, temos mais um mês que corrobora a tese de que, se existe algum repasse para os preços, ele ainda é muito lento e pouco intenso, se comparado a anos anteriores", comentou.

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