Tópicos | PROTESTOS BOLSONARISTAS

O feriado em comemoração à Proclamação da República, nesta terça-feira, 15, fez com que aumentasse o número de apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que protestam contra a vitória nas eleições presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Avenida Srg. Mario Kozel Filho, entre o prédio da Assembleia Legislativa de São Paulo e o Comando Militar do Sudeste (CMSE), na capital paulista.

Os manifestantes bolsonaristas ocupam o local desde a divulgação do resultado do segundo turno da eleição presidencial.

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O fluxo de pessoas varia conforme o dia e o horário e cresceu nesta terça-feira, devido ao feriado. "Nação brasileira implora por socorro. SOS Forças Armadas", diz uma das faixas, enquanto manifestantes gritam "SOS Forças Armadas".

Apoiadores de Bolsonaro dizem não reconhecer o resultado das urnas. Muitos alegam fraude eleitoral e pedem intervenção militar.

Após Bolsonaro publicar um vídeo em que pedia a desobstrução de estradas na semana retrasada, apoiadores tomaram o discurso como um pedido para trocar as rodovias pela porta dos quartéis.

No Rio, os manifestantes estão reunidos em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste (CML), responsável pelo Exército Brasileiro no Rio, Minas Gerais e Espírito Santo, na Avenida Presidente Vargas, no Centro da cidade.

Em Brasília, o governo do Distrito Federal impediu o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios e mantém bloqueado o acesso de pedestres à Praça dos Três Poderes, onde fica a sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Corte é o principal alvo dos ataques de manifestantes bolsonaristas. O bloqueio, evita que caminhões que estão estacionados ao lado do Quartel General do Exército consigam se deslocar para as imediações do STF.

Manifestantes bolsonaristas prepararam uma espécie de manual para evitar que sejam acusados de "golpistas" durante os atos convocados para este feriado, de 15 de novembro, em frente aos quartéis do Exército. A estratégia é desvincular o movimento de um ato criminoso.

Em Brasília, há um acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército. O grupo é formado por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições presidenciais, e defende a intervenção militar para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que é inconstitucional.

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Os manifestantes, contudo, resolveram defender publicamente pautas mais genéricas, como o apoio à "liberdade de expressão", ao poder soberano do povo e pedidos de "socorro" às Forças Armadas. Em frente ao QG também há faixas com mensagens como "SOS Forças Armadas" ou "Exército nos salve".

Em grupos que organizam as manifestações, há mensagens orientando como deve ser o protesto. Eles alertam para possíveis infiltrados e até para a presença da imprensa no acampamento.

Os organizadores pedem para que as declarações fiquem claras: não à censura; ilegitimidade nas urnas; justiça; e não à corrupção.

Apesar dos questionamentos bolsonaristas ao resultado da eleição, a Justiça Eleitoral atestou a segurança do processo e a transição de governo está em curso.

A palavra "intervenção" tem sido evitada. Apesar disso, todos os atos se dirigem aos militares e o acampamento em Brasília está montada numa praça em frente ao QG do Exército.

Outra mensagem enviada aos manifestantes traz um "ponto a ponto" com orientações, como não sair de frente dos quartéis, não ir para a frente do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e "não fazer baderna".

O governo do Distrito Federal vai impedir o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios e manterá bloqueado o acesso de pedestres à Praça dos Três Poderes, onde fica a sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os manifestantes bolsonaristas também tentam desvincular os atos da influência do presidente Jair Bolsonaro, e pedem para que imagens e temas da campanha de Bolsonaro não fiquem expostos.

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