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O trabalho de seis meses de pesquisa de alunos da graduação e pós-graduação do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE) foi apresentados nesta sexta-feira (6) durante a feira Exporobótica. Esta é a 3ª edição do evento, que abordou o tema robótica e sensores. Na ocasião, os alunos tiveram a oportunidade de apresentar seus protótipos de maneira interativa à sociedade.
##RECOMENDA##Doze projetos transformaram o hall do CIn em uma verdade feira de ciências, onde diversos curiosos fizeram questão de conferir as tecnologias criadas pelos alunos. A estudante de administração Mirella Dantas foi uma das visitantes. Ela, que está aprendendo a tocar violão, se interessou pelo robô afinador de instrumentos, o Robotuner. “Seria ótimo ter um aparelho desses com um baixo custo. Afinar um instrumento nem sempre é fácil, principalmente para quem está aprendendo”, afirma.
O funcionamento do sistema é simples. Basta encaixar o motor na corda desejada. Depois, o software detecta automaticamente a frequência para que o som saia corretamente e gira o motor. O protótipo foi criado pelo estudante de engenharia da computação Marcio Barbosa, a partir da reciclagem de materiais como um DVD, uma placa de arduino e uma furadeira.
Outro projeto que chamou a atenção dos visitantes foi o ArmRobot, desenvolvido para trazer praticidade na hora de realizar compras no supermercado. Através de um aplicativo, o usuário seleciona itens de uma prateleira e ativa o robô. A máquina, por sua vez, agarra os itens com um braço robótico e os dispensa no carrinho.
Apesar de ainda estar em fase inicial, um dos idealizadores do projeto e aluno do curso de engenharia da computação, Diógenes Santos, afirma que ele pode se tornar um produto disponível no mercado. “Ainda estamos na fase de testes. Mas quem sabe ele não pode se tornar um facilitador da vida moderna”, complementa.
De acordo com a professora responsável pela Exporobótica, Judith Kelner, apresentar os projetos para a sociedade é uma etapa importante do processo educativo “Estamos tentando mostrar para a comunidade o que a gente desenvolve dentro das salas de aula. É uma forma lúdica de tornar a universidade mais aberta”, afirma.
O estudante da pós-graduação de ciências da computação, Givanio Melo, concorda. “Na feira recebemos um retorno instantâneo sobre os nossos projetos. É uma maneira interessante de interagir com o público e absorver novas ideias para dar continuidade aos protótipos”, ressalta.
Confira outros projetos da Exporobótica:
Star Tracking: Trata-se de um jogo para dois players com a temática especial. Em vez de utilizarem joysticks, os jogadores disputam as batalhas com naves de brinquedo. A interação foi pensada para remeter às brincadeiras que precederam os títulos eletrônicos.
O posicionamento das naves é definido através do reconhecimento de padrões e rastreamento. Quando o jogador move a nave de brinquedo, o movimento é reproduzido dentro do game.
BCI Learn: Neste projeto, um dispositivo de interação é utilizado no lugar do teclado e do mouse. Com comandos do cérebro, o usuário deve solucionar problemas propostos no computador. O objetivo é facilitar o processo de ensino a pessoas com limitações de movimento na mãos.
Ponto Roots: Dispositivo de baixo-custo que controla o ponto de funcionários domésticos, mantendo a segurança dos dados e digitalizando os horários de entrada e saída. Uma câmera instalada no aparelho identifica o funcionário, que deve registrar seu ponto através de um chaveiro que contém um módulo NFC.
JARles: Sistema que executa rotas inteligentes pré-determinadas através de um smartphone com o sistema operacional Android. Um aplicativo envia dados para o robô que executa a rota com eficiência. O JARles foi criado para ser aplicado em casas e espaços automatizados, onde o robô pode auxiliar a prática de tarefas diárias.