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É realizada nesta quarta-feira, 29, e na quinta-feira, 30, a primeira prova do novo vestibular unificado das instituições públicas de ensino superior de São Paulo, o Provão Paulista. Segundo a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP), mais de 1,2 milhão de estudantes da 1ª, 2ª e 3ª série do Ensino Médio estão inscritos para participar do novo processo seletivo. Ao todo, são 15.369 mil vagas para o ano que vem.

Diferentemente de outros vestibulares, o Provão Paulista vai ser aplicado aos estudantes de todas as séries do ensino médio com provas personalizadas de acordo com o nível de conhecimento esperado em cada etapa da educação básica.

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A ideia é que, daqui três anos, os candidatos utilizem a soma da nota dos três Provões dos quais participaram para disputar uma vaga no ensino superior. Este ano, quem está no terceiro ano vai concorrer às vagas utilizando somente a nota tirada neste exame.

Que dia e hora é o Provão Paulista 2024?

São dois dias de provas. As datas e horários são de acordo com a série do Ensino Médio em que o candidato está. Confira:

- 1ª série: 1º e 4 de dezembro, das 14h às 18h;

- 2ª série: 1° e 4 de dezembro, das 8h às 12h;

- 3ª série: 29 de novembro, das 8h às 12h, e 30 de novembro, das 8h às 13h.

Precisa se inscrever no Provão Paulista?

Os estudantes das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio matriculados nas escolas estaduais de São Paulo já estão automaticamente inscritos no Provão Paulista - basta comparecer à sua escola no dia da aplicação. Já para quem estuda em escola particular, é necessário se inscrever no site do Provão Paulista. Este ano, as inscrições já se encerraram. É possível conferir o local de prova no site também.

Quais faculdades aceitam o Provão Paulista como método de ingresso?

Nesta primeira edição do Provão, estão em disputa mais de 15 mil vagas em faculdades públicas do Estado de São Paulo. São elas:

- Universidade de São Paulo (USP), com 1,5 mil vagas;

- Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 934 vagas;

- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 325 vagas;

- Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs), com 10 mil vagas;

- Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), com 2.620 vagas.

Entre os cursos mais procurados em vestibulares do País, estão 558 vagas para as diversas áreas da Engenharia, 89 vagas para Direito, 67 para Medicina e 33 para Psicologia, segundo a Seduc-SP. É possível conferir a relação completa de cursos e vagas disponíveis no site do Provão Paulista.

Como escolher o curso e concorrer às vagas pelo Provão Paulista?

É preciso selecionar os cursos aos quais você quer concorrer na área do estudante. Quem é aluno de escola estadual deve utilizar seu nome e o número do registro de aluno (RA) para acessar o portal. Já alunos de escolas particulares devem colocar o nome e o número do cadastro de pessoa física (CPF).

O sistema permite selecionar até 11 cursos desejados, em três diferentes grupos:

- Primeiro grupo, da USP, Unicamp e Unesp: é possível selecionar 3 opções de curso, em duas das universidades disponíveis, em qualquer câmpus, para ingresso no 1º semestre. Ou seja, dois cursos na USP e um na Unicamp, ou um na USP e dois na Unesp;

- Segundo grupo, das Fatecs: é possível selecionar até 5 opções de cursos, para ingresso no primeiro semestre;

- Terceiro grupo, da Univesp: é possível selecionar até 3 opções de curso, para ingresso no segundo semestre.

Não é obrigatória a escolha de todas as opções e em todos os grupos. Fica a critério do estudante.

Quando sai o resultado?

O resultado do Provão Paulista será divulgado pela Seduc-SP, no site. Serão três chamadas unificadas, com a nota e opções determinadas pelos estudantes. As instituições participantes também poderão, se houver necessidade, divulgar listas de chamadas posteriores às três organizadas pela Seduc-SP.

Cada instituição de ensino superior deve publicar, também, a instrução normativa para definir o processo de matrícula e o ingresso do estudante em cada faculdade. Vale lembrar que, para concorrer de fato à vaga, é preciso que o candidato tenha feito todos os Provões Paulista ao longo do seu Ensino Médio.

Como é composta a prova? Quais conteúdos caem?

Ao todo, o caderno de prova de cada série reúne 90 questões de múltipla escolha, com quatro áreas do conhecimento, divididas em dois dias. Os temas são os do currículo básico do ensino médio. "Será exigido do candidato interpretação de texto e questões contextualizadas, assim como aquelas mais diretas, em que o conhecimento de área é mensurado em sua essência", afirma a Seduc-SP.

No primeiro dia de prova, cai:

- Linguagens e suas Tecnologias: 20 questões de disciplinas de língua portuguesa quatro de língua inglesa com quatro questões;

- Ciências da Natureza e suas Tecnologias: física, química e biologia - cada uma com oito questões.

Já no segundo dia de prova, será cobrado:

- Matemática e suas Tecnologias: 20 questões do currículo básico de matemática;

- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: sete questões do conteúdo de história e outras sete de geografia, além de quatro de sociologia e mais quatro de filosofia.

Para os estudantes da 3ª série, o segundo dia de prova também conta com uma redação. É exigido um texto dissertativo-argumentativo com um tema "relevante e atual aos moldes do Enem e dos principais vestibulares do País", segundo a Fundação Vunesp, responsável pelo exame.

Como funciona o cálculo da nota do Provão Paulista?

As notas conquistadas ao longo dos anos terão pesos crescentes, segundo a Seduc-SP. Ou seja, a prova da 3ª série terá maior peso que a da 2ª série, que, por sua vez, será maior que a da 1ª série. "A ideia é valorizar o ganho de conhecimento do estudante ao longo da jornada escolar", diz a pasta.

Para os alunos matriculados neste ano na 3ª série, a nota final será composta 80% pela prova de múltipla escolha e 20% pela prova de redação. Já em 2024, o cálculo será feito com 30% da nota tirada na prova de múltipla escolha feita este ano, mais 50% da prova de múltipla escolha feita ano que vem e 20% da redação.

A partir de 2025, o desempenho do aluno começará a ser medido pelos três anos, da seguinte forma:

- 15% - nota tirada na prova de múltipla escolha do primeiro ano;

- 25% - nota tirada na prova de múltipla escolha do segundo ano;

- 40% - nota tirada na prova de múltipla escolha do terceiro ano;

- 20% - redação, feita no terceiro ano.

Como é feita a correção?

As questões objetivas serão corrigidas por meio de leitor óptico, como já é praxe em vestibulares que utilizam múltipla escolha. Já a redação será corrigida por uma equipe de colaboradores treinada pela Fundação Vunesp, de acordo com os mecanismos de controle de qualidade padrão. "A correção do texto deve levar em conta critérios como uso da norma culta, compreensão da proposta e capacidade de interpretação das informações", diz a Seduc-SP.

A anulação da prova pode acontecer se:

- O aluno falte em um dos dias de provas, em qualquer um dos anos de Provão Paulista;

- Tirar nota zero em qualquer uma das matérias que compõem o exame;

- Não alcançar no mínimo 20% do valor máximo da redação.

Caso o aluno não realize alguma das etapas do Provão Paulista, ele estará automaticamente desclassificado e não poderá fazer a prova do ano seguinte.

O que pode e o que não pode levar no dia da prova?

No dia da prova, é necessário levar um documento original com foto, como o registro geral (RG) e uma caneta esferográfica preta ou azul, de material transparente. Alimentos leves e garrafa de água são permitidos. Não serão permitidos objetos eletrônicos, celular, material de consulta, relógio e boné ou capuz.

O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP), aprovou a tabela de vagas dos curso de graduação da instituição. Com três forma de ingresso de novos alunos (vestibular Fuvest, Enem USP e Provão Paulista), o quantitativo de oportunidades oferecidas pela USP, em 2023, é de 11.147.

Desse número, a universidade paulista ressalta que haverá reserva de 50% das vagas em cada curso e turno para candidatos oriundos de escolas públicas, considerando os três processos seletivos. Nesse percentual ocorre reserva de vagas para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI) equivalente à proporção desses grupos em São Paulo.

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Confira a distribuição das vagas entre as três seletivas:

Vestibular Fuvest (8.147)

- ampla concorrência: 4.888

- escola pública: 2.053

- escola pública (PPI): 1.206

Enem USP (1.500)

- ampla concorrência: 685

- escola pública: 512

- escola pública (PPI): 303

Provão Paulista (1.500)

- ampla concorrência e escola pública: 942

- PII: 558

Os alunos da 3ª série do Ensino Médio da rede pública do Estado de São Paulo ganharam uma nova porta de entrada para as universidades públicas paulistas: o Provão Paulista, exame que será aplicado pela primeira vez em novembro, em data ainda não definida, em todas as escolas públicas de Ensino Médio. O exame será composto por questões de múltipla escolha e redação.

A secretaria estadual da Educação de São Paulo estima que por meio dessa prova serão oferecidas cerca de 10 mil vagas. Através dela será possível ingressar em escolas como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Cada instituição tem autonomia para definir quantas vagas serão oferecidas por meio dessa prova.

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Versões do Provão também serão aplicadas aos alunos da 1ª e da 2ª séries do Ensino Médio da rede pública estadual, para começar a compor uma nota acumulada. Em 2024, a classificação vai considerar as provas feitas em dois anos - na segunda e terceira séries do ensino médio.

A partir de 2025 serão consideradas as avaliações feitas nas três séries. Segundo a pasta da Educação, essa medida serve também para combater o abandono e a evasão no Ensino Médio.

Unesp

No final do mês passado, o Conselho Universitário da Unesp aprovou o ingresso da Universidade no Vestibular Paulista Seriado a partir de 2024. De 3.854 vagas destinadas a egressos de escolas públicas, a instituição vai oferecer 980 vagas para o Provão Paulista - 12,76% do total de vagas dos 136 cursos de graduação. Do total, 343 serão destinadas a alunos pretos, pardos e indígenas.

De acordo com comunicado no site oficial, a instituição explicou que os cursos menos procurados oferecerão proporcionalmente mais vagas para o vestibular seriado. "Os porcentuais das vagas oferecidas por curso variarão de 10% (cursos mais procurados) a 30% (menos procurados)", diz.

"Um ponto interessante do projeto é a aproximação da universidade com o ensino médio", disse o reitor da Unesp Pasqual Barretti, na sessão que aprovou a adesão ao programa.

"A ideia é fazer com que o aluno do ensino médio veja sentido em concluir e seguir com os estudos, além de ter algum apoio para fazer uma universidade. Hoje, eles vão se autoexcluindo (do sistema de ensino público) na medida em que têm dificuldades crescentes, às vezes de poder socioeconômico e às vezes de pensar que não vão conseguir, que a universidade não é para ele. Essa construção que as universidades fizeram junto com a secretaria de educação é para tirar isso de cena."

Outra forma de ingressar na universidade é por meio do vestibular próprio da instituição, organizado pela Fundação Vunesp. Notas do Enem podem ser utilizadas para o preenchimento de eventuais vagas remanescentes do vestibular, por meio do Processo Seletivo Unesp-Enem 2023.

USP

O ingresso de estudantes na USP se dava de suas formas. O vestibular próprio, organizado pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), e o Processo seletivo Enem USP. No caso deste último, não se usa mais o Sistema de Seleção Unificado (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), decisão tomada no ano passado, mas sim uma plataforma própria, também coordenada pela Fuvest.

O Estadão entrou em contato com a instituição pedindo como funcionará o ingresso pelo vestibular seriado, mas ainda não obteve resposta.

Unicamp

O ingresso de estudantes na Unicamp se dá principalmente por vestibular próprio e pelo processo seletivo Enem-Unicamp, também por sistema próprio, sem utilizar o Sisu. Também há vagas destinadas à seleção por meio do desempenho em olimpíadas científicas e competições de conhecimento, e um vestibular indígena.

O Estadão entrou em contato com a instituição pedindo como funcionará o ingresso pelo vestibular seriado, mas ainda não obteve resposta.

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