Tópicos | Rafael Macedo

Sem brilhar nos tatames do Catar, a equipe brasileira superou a metade do Mundial disputado em Doha ainda sem alcançar as finais de cada categoria. Nesta quinta-feira, o time nacional contou com dois representantes na disputa, mas Rafael Macedo e Giovani Ferreira foram eliminados antes das lutas mais decisivas.

Ambos competiram na categoria até 90kg, os chamados pesos médio. Macedo foi mais longe, ao atingir as oitavas de final. Pelo caminho, deixou até um medalhista olímpico e mundial. Em sua estreia, derrotou o espanhol Tristani Mosakhlishvili no "golden score". Na sequência, despachou o húngaro Krisztian Toth, bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, também na "prorrogação".

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Mas, nas oitavas de final, foi projetado duas vezes pelo russo Mansur Lorsanov e se despediu da chance de brigar por medalha. "Acredito que me preparei do jeito certo e deu para ter uma noção da preparação para Paris. Tenho que corrigir algumas coisas, mas acredito que meu caminho está sendo bem planejado e bom. Acho que foi no detalhe ali, mas a gente vai melhorando degrau por degrau", analisou Macedo.

Giovani Ferreira, por sua vez, fazia sua estreia em Mundiais. Pezão, como é mais conhecido, acabou sendo eliminado logo na estreia, pelo sérvio Darko Brasnjovic, no "golden score".

"Foi meu primeiro Mundial e é óbvio que fica o sentimento de que tenho mais para mostrar, não para os outros, mas para mim mesmo. Fico bem chateado, independente se é meu primeiro, segundo, quinto ou décimo Mundial. Mas agora é levantar a cabeça e continuar trabalhando, buscando e conquistando", comentou o atleta de 25 anos.

O judô brasileiro fechou a sua participação no Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia, com a conquista de uma medalha de ouro. Neste domingo, no último dia de competições, Rafael Macedo foi o vencedor da disputa no peso médio (90kg) sendo o terceiro lutador do País a subir ao pódio no evento, pois na sexta-feira Daniel Cargnin (66kg) levou a prata, e Sarah Menezes (48kg) conquistou o bronze.

Ao festejar a sua conquista, Rafael Macedo lembrou que o resultado vai lhe render 700 pontos, o que o fará ascender no ranking mundial - ele ocupa o 33º lugar. "Estou muito feliz por essa medalha de ouro. É uma medalha importante para eu ganhar mais pontos no ranking e conquistar minhas vagas para as próximas competições. Agradeço pela torcida e por todo apoio", comemorou o brasileiro.

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Na final, Macedo superou por wazari o georgiano Giorgi Papunashvili. Antes, na sua campanha, estreou com vitória sobre o iraniano Vahid Nouri, por um wazari, aplicou um ippon no francês Ibrahim Keita e bateu o grego Theodoros Tselidis nas semifinal por um wazari, seguido por um ippon (chave de braço).

Aos 23 anos, Macedo faturou a sua primeira medalha de ouro no Circuito Mundial. Antes, ele tinha a prata no Grand Prix de Zagreb em 2017 e o bronze no Pan-Americano da Cidade do Panamá no ano passado como seus principais resultados. Além disso, em 2014, ainda no peso meio-médio (81kg), foi campeão mundial júnior.

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Os outros três brasileiros que competiram neste domingo na Geórgia não chegaram a lutar por medalha. O peso médio (90kg) Gustavo Assis estreou com vitória sobre o ucraniano Quedjau Nhabali, mas depois perdeu para Papunashvili.

No meio-pesado (100kg), Leonardo Gonçalves perdeu na estreia para o georgiano Onise Saneblidze. No peso pesado (+100kg), Jonas Inocêncio venceu o polonês Maciej Sarnacki, mas depois perdeu duas vezes, do local Onise Bughadze e do francês Hamza Ouchani, esse na repescagem.

Os representantes permanecerão na Geórgia para a realização de treinos visando o Grand Prix de Antalya, na Turquia, que vai ser realizado no próximo fim de semana.

O judô brasileiro faturou mais duas medalhas no Aberto de Roma, para homens, na Itália. Depois de dois bronzes no sábado, neste domingo Eduardo Yudi Santos e Rafael Macedo garantiram a dobradinha na categoria meio-médio (até 81kg) ao disputarem a final e faturarem ouro e prata, respectivamente.

Se no sábado Marcelo Contini e Lincoln Neves ficaram com a terceira colocação entre os pesos leves (até 73kg), neste domingo Eduardo e Rafael foram ainda melhores e fizeram com que o Brasil encerrasse a participação com quatro medalhas, como segundo melhor país da competição, atrás somente do Japão.

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Eduardo mostrou estar em grande forma e venceu as primeiras quatro lutas por ippon e no tempo normal. Ele deixou para trás o azerbaijano Rufat Ismayilov, o alemão Robin Gutsche, o polonês Jakub Kubieniec e o canadense Etienne Briand.

Do outro lado da chave, Rafael precisou de uma luta a mais para ir à decisão, mas teve trajetória quase tão espetacular quanto seu compatriota. Nas quatro primeiras, passou por ippon pelo norte-americano Nicholas Delpopolo, pelo sueco Olle Mattsson, pelo alemão Benjamin Muennich e pelo italiano Matteo Marconcini. Na semifinal, precisou do golden score, mas também eliminou o japonês Sotaro Fujiwara, graças a um wazari.

Na decisão, então, foi a vez dos brasileiros se enfrentarem. E depois de quatro minutos de um combate equilibrado, sem pontuação para nenhum dos lados, chegou o golden score, no qual Eduardo precisou de 34 segundos para derrubar Rafael e conseguir um wazari.

OBERWART - Ainda neste domingo, as judocas brasileiras encerram sua participação no Aberto de Oberwart, mas sem o mesmo sucesso. Nenhuma das sete mulheres do País que subiram no tatame neste fim de semana conseguiu faturar uma medalha.

Na categoria até 70kg, Bárbara Timo terminou na sétima colocação após vencer sua primeira luta, mas perder para a japonesa Naeko Maeda nas quartas de final e para a britânica Gemma Howell na repescagem. Já Ellen Furtado, na categoria para judocas acima de 78kg, perdeu para a sul-coreana Eun-Ju Lee logo na estreia.

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