Devido as suspeitas da morte do estudante Raimundo Matias Dantas Neto, conhecido como Samambaia, o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP) enviará na segunda-feira (14) uma nota pública à Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo um acompanhamento do caso do estudante.
A Organização Não Governamental (ONG) acredita que a morte do estudante tenha sido motivado por questão racial e pede a Organização que acompanhe o inquérito policial e que a organização cobre do Governo Brasileiro, políticas públicas eficazes que permitam coibir esse tipo de crime. A nota está sendo enviada para três “estâncias” da ONU, a Relatoria Especial da ONU sobre execuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais; a sobre tortura e outros tratamentos cruéis e desumanos e a de Discriminação Racial e Xenofobia.
##RECOMENDA##O coordenador Executivo da GAJOP, Rodrigo Deodato, falou sobre a necessidade de tornar público para a Organização das Nações Unidas o caso de Samambaia. “Em Pernambuco encontra-se, entre os oito Estados onde a morte de jovens negros ultrapassa a marca de 100 mil homicídios para cada 100 mil habitantes. Tal contexto não pode e nem deve ser tolerado, pois representa a constatação patente do aprofundamento das violações aos Direitos Humanos em nosso País”, afirmou o coordenador.
A morte de Raimundo Matias está sendo investigada pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e de acordo com o laudo divulgado pelo Instituto de Medicina Legal (IML), o jovem teria morrido de “asfixia por afogamento”. As fotos apresentadas no inquérito constavam que o jovem estava apenas de bermuda, escoriações pelo corpo e parte do cabelo cortado.