Tópicos | reajuste de combustível

O presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, avaliou que as altas de 3% da gasolina e de 5% do diesel anunciadas nesta quinta-feira (6) pela Petrobrás são "duas notícias ruins" para o setor produtivo de etanol. "O aumento é aquém do esperado para a gasolina e não corrige as distorções da Petrobras. A alta no diesel implica em um aumento muito grande no custo do setor que vai ser maior do que qualquer ganho de competitividade com esse pequeno aumento da gasolina", disse o executivo da entidade que reúne todas as entidades do setor.

Na avaliação de Rocha, a expectativa do setor produtivo de etanol é de que houvesse um aumento maior da gasolina e menor no diesel. Ainda segundo ele, é controversa a avaliação de que o impacto na inflação é maior com a alta na gasolina do que a do diesel, o que justificaria um reajuste maior para o diesel. "Essas fórmulas deveriam ser revistas, porque o diesel impacta nos custos de produção e cria um efeito cascata que pode não ter impacto num primeiro momento, mas que chegará ao consumidor final", afirmou.

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A presidente da Petrobras, Graça Foster, evitou nesta terça-feira (4), anunciar se o conselho de administração da empresa aprovou o reajuste no preços dos combustíveis na reunião realizada hoje, que durou cerca de 9 horas. A presidente, no entanto, não negou que possa ter havido aprovação do reajuste. "Reajuste de combustível não se anuncia, pratica-se", afirmou a executiva ao deixar o prédio.

Caso haja realmente um aumento dos combustíveis, a decisão deve ser comunicada ao mercado após as 19h desta terça. O último aumento dos combustíveis foi anunciado em 29 de novembro do ano passado, quando a Petrobras elevou o preço da gasolina nas refinarias em 4% e do diesel em 8%.

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