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A imprensa espanhola informa nesta terça-feira (4) que Juan Carlos I, rei emérito do país, estaria morando de maneira provisória na República Dominicana, um dia depois do anúncio de seu exílio da Espanha.

A informação não foi confirmada pela Casa Real.

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O monarca, de 82 anos, investigado por corrupção, anunciou na segunda-feira a decisão de deixar a Espanha para ajudar o filho, o rei Felipe VI, no "exercício de suas responsabilidades".

A carta dirigida a Felipe VI, publicada no site da Casa Real, não informa o novo destino de Juan Carlos I.

O jornal ABC afirma nesta terça-feira que o monarca teria abandonado a Espanha para seguir até a República Dominicana, após uma escala em Portugal.

Os jornais La Vanguardia e El Mundo também informam que ele teria se instalado de maneira provisória na República Dominicana, enquanto o portal El Confidencial afirma que Juan Carlos I está em Portugal, onde passou uma parte de sua adolescência.

Um porta-voz da Casa Real, procurado pela AFP, negou-se a divulgar informações sobre o paradeiro do rei emérito.

"A única informação que temos é a informação que foi publicada no site da Casa Real ontem (segunda-feira). É a única informação que temos", disse.

O rei Juan Carlos viu seu nome citado nos últimos meses em reportagens da imprensa da Suíça e da Espanha que apontam o recebimento de comissões supostamente ilegais por parte da Arábia Saudita.

O Tribunal Supremo espanhol anunciou em junho uma investigação sobre os casos e os possíveis crimes do monarca, mas apenas os cometidos a partir de 2014, quando perdeu sua imunidade com a abdicação.

As suspeitas se concentram na comissão de 100 milhões de dólares (85 milhões de euros) que recebeu de maneira secreta em uma conta do Swiss bank em 2008.

Juan Carlos ascendeu ao trono em 1975, após a morte do ditador Francisco Franco, e ocupou a função de chefe de Estado da Espanha durante 38 anos, até sua abdicação em benefício do filho Felipe em junho de 2014.

O rei emérito teve grande popularidade durante décadas por seu papel durante a transição espanhola, mas nos últimos anos sua imagem perdeu força por seu comportamento individual e os casos de corrupção da família real.

A imagem pessoal de Juan Carlos de Borbón foi muito abalada por vários escândalos antes de sua abdicação, como quando ele quebrou o quadril em uma caçada em Botswana em 2012 durante um safári de luxo pago por um empresário saudita. Ele estava acompanhado da ex-amante Corinna Larsen, em meio à crise econômica na Espanha.

Após o episódio polêmico houve o escândalo de corrupção que levou seu genro Iñaki Urdangarin à prisão.

Com sua reputação prejudicada, Juan Carlos cedeu a coroa ao filho em 2014, antes de se aposentar da vida pública em 2019.

No entanto, as suspeitas sobre sua fortuna cresceram nos últimos anos, decorrentes de seus laços com as monarquias do Golfo.

Antes das novas revelações deste ano, Felipe VI procurou se distanciar de seu antecessor e anunciou em março que estava renunciando à herança de seu pai e retirou sua pensão anual de cerca de 200.000 euros.

O rei Juan Carlos I da Espanha recorreu do pedido de reconhecimento de paternidade feito por uma mulher que garante ser sua filha, informou neste sábado (14) uma fonte judicial. Os advogados do rei apresentaram um recurso para eludir o primeiro julgamento enfrentado por Juan Carlos I, de 77 anos, desde que perdeu sua imunidade jurídica ao abdicar do trono, em junho de 2014.

No mês passado, o Supremo Tribunal espanhol admitiu o trâmite da demanda de Ingrid Sartiau, uma dona de casa belga de 48 anos. "Dom Juan Carlos apresentou um recurso contra a admissão de trâmite do pedido de paternidade", garantiu uma fonte judicial à AFP.

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Sartiau "recorreu, por sua parte, ao auto de admissão de trâmite porque não recebeu resposta ao que solicitava como prova antecipada, que era o teste de DNA", agregou a fonte. Os advogados de ambas partes e a promotoria devem estudar os recursos antes que sejam levados ao tribunal, que tomará uma decisão sobre o assunto nas próximas semanas.

Ingrid Sartiau sustenta que é fruto da breve relação entre sua mãe e o então príncipe Juan Carlos no final de 1965, 10 anos antes de sua ascensão ao trono. Juan Carlos se casou com a rainha Sofia em 1962.

O monarca se tornou chefe de Estado em 1975, após a morte do ditador Francisco Franco, e reinou durante 39 anos. Em junho de 2014, abdicou em favor de seu filho Felipe VI, 46, com a esperança de melhorar a imagem da monarquia, muito deteriorada por uma série de escândalos. O maior de todos eles é a acusação de fraude contra sua filha Cristina, de 49 anos, envolvida num escândalo de corrupção protagonizado por seu marido, Iñaki Urdangarin.

Juan Carlos também foi alvo de críticas em 2012, após viajar para Botsuana para caçar elefantes, enquanto o país estava afundado numa profunda crise econômica. O rei foi a público pedir desculpas pelo ocorrido. O palácio da Zarzuela se negou neste sábado a fazer qualquer comentário sobre o recurso apresentado pelo rei, por se tratar de um assunto privado.

O rei Juan Carlos I da Espanha, operado na semana passada por uma hérnia de disco, sua sétima cirurgia em menos de três anos, saiu neste sábado do hospital para prosseguir em sua residência com uma recuperação que deve durar meses. Vestido com uma camisa azul sem gravata, o monarca de 75 anos, com uma expressão relaxada, deixou no início da tarde a clínica de Madri na qual havia sido operado no domingo.

Sentado em um veículo cinza com a janela abaixada, o rei saudou os jornalistas que o aguardavam na saída. "Graças a Deus estou muito bem, as minhas costas não doem", afirmou.

Pouco antes, o gerente da clínica, Gaspar Palet, anunciou que o monarca havia "cumprido de forma satisfatória todo o processo pós-operatório, razão pela qual existiam as circunstâncias para conceder na data de hoje a alta hospitalar".

Juan Carlos foi operado de uma antiga hérnia de disco, que havia se agravado nos últimos meses, e de um estreitamento do canal onde se encontram a medula espinhal e as raízes nervosas, que provoca dor lombar e nas pernas.

Após a cirurgia, o neurocirurgião que o operou, Manuel de la Torre, havia estimado que o rei precisará "de dois a seis meses para uma recuperação completa", após a qual não precisará voltar a utilizar as muletas que se tornaram comuns em suas últimas aparições públicas.

A piora da saúde do monarca, operado em sete ocasiões desde maio de 2010, provoca inquietação e coincide com uma deterioração da imagem da monarquia espanhola - atingida por polêmicas e por um escândalo de corrupção que envolve o genro do rei - entre uma população asfixiada pelo desemprego e pelas políticas de austeridade.

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