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O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), John Brennan, admitiu nesta quinta-feira que alguns dos funcionários da agência usaram técnicas "abomináveis" de interrogatório em prisioneiros na guerra contra o terrorismo. Por outro lado, ele contestou fortemente as conclusões de um relatório do Senado sobre as ações da agência.

Durante entrevista coletiva na sede da CIA, Brennan defendeu a reputação da agência e criticou o relatório de 500 páginas divulgado nesta semana, como fundamentalmente falho nas suas conclusões. "Temos orgulho excepcional no fornecimento da verdade ao poder, ainda que o poder goste ou concorde com o que dizemos ou não", afirmou.

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Brennan admitiu que alguns agentes da CIA usaram técnicas de interrogatório não autorizados que foram "abomináveis e com razão devem ser repudiadas por todos". De acordo com ele, contudo, os casos eram raros e que não representam as práticas mais amplas usadas no programa. O diretor chegou a chamar as técnicas de "tortura", como têm feito os críticos, incluindo o presidente americano Barack Obama.

De acordo com Brennan, é impossível determinar se as técnicas de interrogatório controversas, incluindo a simulação de afogamento, levaram os presos a relevarem informações verdadeiras.

Os comentários do diretor da CIA foram sua primeira tentativa de defender a agência em meio ao clamor nacional e internacional provocado pelo relatório altamente crítico do Comitê de Inteligência do Senado. O documento afirma que as técnicas de prisão e interrogatório do programa usadas após o atentando do 11 de setembro foram mal geridas e ineficazes.

Críticos da agência denunciaram novos detalhes de como a CIA usou métodos de interrogatório que vão desde a privação de sono à simulação de afogamento. Por outro lado, ex-agentes da CIA e senadores republicanos defenderam a agência contra o que chamaram de um relatório enviesado.

O documento, elaborado por democratas do Senado e não apoiado pelos republicanos no painel, é resultado de uma investigação iniciada há mais de cinco anos. Concluiu-se que os métodos de interrogatório não foram eficazes, que a CIA enganou legisladores e formuladores de políticas, e que o programa era "muito mais brutal " do que a agência havia reconhecido. Fonte: Dow Jones Newswires.

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