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O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu nesta terça-feira aprovar uma renegociação de dívidas contraídas por agentes financeiros, a título de financiamento habitacional, antes de 1.º de junho de 2001. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 26 instituições, formadas, principalmente, por cooperativas habitacionais, devem cerca de R$ 8 bilhões para o FGTS e poderão agora refinanciar as dívidas a partir de condições mais vantajosas. "É uma tentativa de recuperar esses R$ 8 bilhões", resumiu o ministro Manoel Dias. O MTE estima que o FGTS renunciará a R$ 200 milhões - caso haja aderência de todas as 26 instituições devedoras - para renegociar as dívidas.

Os agentes que quiserem renegociar os débitos passarão a ter direito a uma taxa de juros de 3% ao ano até 2026 - a partir de 2027, o juro passará a 6% anuais. Hoje, eles pagam taxas anuais que variam de 4% a 6%. Ao mesmo tempo, o prazo para a renegociação da dívida será alongado para, no máximo, 240 meses - atualmente, esse tempo é de 120 meses. Para empréstimos contraídos até 1.º de junho de 2001, a União é o responsável por ressarcir o fundo em casos de inadimplência. Depois dessa data, a responsabilidade passou para a Caixa Econômica Federal.

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O total de consumidores que renegociaram suas dívidas e limparam o nome no primeiro bimestre de 2013, que ultrapassou os 3,2 milhões de pessoas, foi 5,9% superior ao mesmo período de 2012, informou a Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e fez a pesquisa em função do Dia Internacional do Consumidor, comemorado nesta sexta-feira. É o maior número de renegociações verificadas nos dois primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2005.

Flávio Calife, economista da empresa, atribuiu a melhora aos ganhos reais de renda e à queda dos juros médios cobrados ao consumidor. "Com o mercado de trabalho e de crédito ainda favoráveis, o cenário para renegociações deverá permanecer otimista, aumentando o número de pessoas que quitam seus débitos", afirmou.

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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a mudança no indexador da dívida do município - atualmente calculada com base no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 9% ao ano - vai "destravar" algo em torno de R$ 6 bilhões ao ano para serem aplicados em investimentos em São Paulo. Ele reiterou que já se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e que está agendando uma reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), para tratar do tema, que precisa ser aprovado no Congresso. Para o prefeito, a renegociação é "prioritária" num momento em que o País precisa de mais investimento público para crescer.

"Isso vai destravar, só aqui em São Paulo, contando Estado e município, alguma coisa em torno de R$ 6 bilhões em investimento ao ano. Temos que dar a importância que esse projeto tem porque ele é muito importante para alavancar o investimento público. Não sei se todos estão se dando conta da (importância da) aprovação desse projeto, ele tem uma repercussão nacional", afirmou Haddad durante o lançamento da candidatura da cidade de São Paulo para sediar a Exposição Mundial de 2020. Haddad lembrou também que já se reuniu duas vezes com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e uma com o secretário nacional do Tesouro, Arno Augustin, para tratar sobre o tema. "Isso vai abrir o caminho para o investimento público", frisou.

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No evento, o ministro do Turismo, Gastão Dias Vieira, afirmou que está aprovado no ministério um crédito de R$ 680 milhões para a cidade de São Paulo. "Esse crédito está aberto e estamos discutindo com a Prefeitura a melhor aplicação desse crédito extraordinário. O principal objetivo é a construção de um novo centro de convenções para a cidade de São Paulo", disse.

Indagado se esse montante seria uma espécie de contrapartida do governo federal pela Prefeitura ter adiado para junho o aumento no valor da passagem de ônibus, a pedido do próprio governo federal para não pressionar os índices inflacionários, Haddad negou qualquer relação entre as duas medidas. "Evidentemente que não, até porque as tratativas foram feitas com o (ex-prefeito, Gilberto) Kassab. Não tem nada a ver. É um projeto que não é de governo. Não é de PT, PSDB, PSD. É um projeto da cidade, do Estado e do País. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Até porque, como eu vou utilizar esse dinheiro para subsidiar (os transportes)? Nem orçamentariamente eu conseguiria fazer essa operação", concluiu o prefeito.

Uma boa oportunidade para as pessoas que compraram apartamentos financiados junto a Caixa Econômica Federal (CEF), estão em débito com o banco e  querem resolver as dependências financeiras. Nesta segunda-feira (15), a Justiça Federal realizará um Mutirão do Sistema de Financiamento da Habitação (MFH). Por meio dele, as quase 600 famílias que compraram o imóvel com financiamento do banco poderão renegociar a dívida.

Segundo os organizadores, a expectativa é que 586 contratos, já agendados, sejam apreciados durante os dias de audiência. Durante o mutirão, nove mesas de conciliação trabalharão simultaneamente para atender uma demanda de oito audiências por dia. Logo, nove servidores de varas, nove conciliadores voluntários e dez magistrados estão à disposição. A expectativa é que a duração de cada audiência chegue a, no máximo, 45 minutos e que, ao final, pelo menos 60% dos casos tenham sido resolvidos.

O mutirão ocorre até o próximo dia 26 de agosto, das 12h às 18h, no 10º andar do edifício-sede da Justiça federal, na avenida Recife, 6250, bairro de Jiquiá.  Informações: conciliar@jfpe.jus.br

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