O drama sobre a eutanásia "Blackbird", protagonizado por Susan Sarandon e Sam Neill, abriu a 67ª edição do Festival de San Sebastián, que terá em seu tapete vermelho estrelas como Kristen Stewart, que, nesta sexta, atraiu todos os flashes.
Dirigido pelo sul-africano Roger Michell, "Blackbird" abriu a disputa pela cobiçada Concha de Ouro, o prêmio máximo desse festival no norte da Espanha, pelo qual concorrem 16 filmes de diversas nacionalidades.
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Ficou fora da competição "Zeroville", o novo filme do americano James Franco, ganhador da Concha de Ouro em 2017 com "Artista do Desastre", após a revelação de que estreou em salas comerciais há alguns dias, na Rússia, indo contra o regulamento do Festival.
Competirão filmes como "Vendrá la muerte y tendrá tus ojos", do chileno José Luis Torres Leiva, "Mano de obra", do mexicano David Zonana, e os espanhóis "Mientras dure la guerra", de Alejandro Amenábar, e "La trinchera infinita", dos cineastas bascos Aitor Arregi, Jon Garaño e Jose Mari Goenaga.
"Blackbird", muito aplaudido em sua primeira exibição no Kursaal, emblemático palácio que todo mês de setembro abriga o Zinemaldia, aborda a história de Lily (Susan Sarandon), uma mulher com uma doença degenerativa que decidiu pôr fim à própria vida e reúne sua família para passar um último fim de semana juntos.
Sam Neill interpreta o marido que a ajudará a tomar os medicamentos para morrer, e que deve garantir que o fim de semana não derive em caos quando começarem a surgir segredos e brigas entre a mãe e suas filhas, interpretadas por Kate Winslet e Mia Wasikowska.
"O filme fala das famílias, das mães e das filhas em particular, e da complexidade do que acontece em um fim de semana quando as pessoas enfrentam algo muito extremo", explicou Neill em coletiva de imprensa.
O longa aborda "a eutanásia (...), mas não é um filme polêmico, não tenta fazer campanha, não pede às audiências que saiam para fazer barricadas com cartazes que digam 'Legalizemos a eutanásia no mundo'", opinou Michell.
- A "responsabilidade" de Kristen Stewart -
Mas fora das salas escuras, a atenção dos fãs foi atraída por Kristen Stewart, que chegou a San Sebastián para apresentar "Seberg", um relato inspirado em fatos reais sobre como a atriz Jean Seberg foi espionada ilegalmente nos anos 1960 pelo FBI.
Em uma sala de imprensa lotada, Stewart disse que assim como Seberg, que combinou sua carreira de atriz com o ativismo político, ela sentia a "responsabilidade" de usar a "fantástica condição" de figura pública para "mudar mentes".
O filme de Stewart foi exibido dentro da categoria "Pérolas", fora da competição oficial pela Concha de Ouro.
- Presença latina -
O Festival de San Sebastián, que termina no sábado 28 com a cerimônia de premiação, conta este ano com 13 filmes latino-americanos na categoria dedicada à região: Horizontes Latinos.
Nesta sexta, foi apresentado "La cordillera de los sueños", do chileno Patricio Guzmán, que recebeu o Olho de Ouro de melhor documentário no último Festival de Cannes.
Também se uniu à disputa "Temblores", do guatemalteco Jayro Bustamante, que participa também com outro filme, "La llorona", mas este último fora da competição.
Nesta edição receberão o prêmio honorário Donostia, em reconhecimento a sua trajetória, a atriz espanhola Penélope Cruz, o diretor greco-francês Costa-Gavras e o ator canadense Donald Sutherland.