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A vereadora do Recife e ex-secretária de Juventude e Qualificação Profissional da Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PSB), revelou nesta sexta-feira (6) problemas na pasta que atuou por mais de um ano na gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB). A parlamentar também detalhou a falta de orçamento e analisou a criação da secretaria com intuito político. As declarações da socialista foram exibidas em coletiva de imprensa, no Recife, onde também criticou a formação de chapa encabeçada por Paulo Câmara (PSB) e desistiu de concorrer uma vaga na Câmara dos Deputados. 

Lendo uma extensa carta aos jornalistas presentes, a vereadora relembrou que assumiu a pasta municipal após ser reeleita em 2012. “Recebi a missão do partido de me licenciar e assumi uma secretaria municipal e recém-criada: a Secretaria de Juventude e Qualificação Profissional da Prefeitura do Recife. Sem dúvidas, foi uma missão bastante árdua que só cumpriria quem realmente prioriza o projeto político e não pessoal”, introduziu.

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Segundo Marília Arraes, a área era uma das mais abandonadas pelas sucessivas gestões anteriores e possuía necessidades urgentes e intervenções de todo o tipo. “A secretaria permaneceu até o segundo semestre sem sequer unidade gestora. Consequentemente não tinha orçamento, mas no final de 2013 foi nos liberado um orçamento que não chegava a 5% do mínimo necessário para suprir as urgências relacionadas às instalações físicas, valorização dos professores e regularização de contratos, sem contar com os insumos básicos em sala de aula. Visivelmente, essa não era a prioridade da gestão”, disparou. 

Ainda criticando o fazer de contas da criação da secretaria, ela alegou ter corrido o risco de assumir ônus político sobre os pontos que estavam fora do seu alcance. “Mantive firme no compromisso. Fizemos o possível e o que parecia impossível, mas conseguimos avançar nesta área que deveria estar como prioridade na prefeitura de uma cidade tão carente como Recife e em desenvolvimento como está o Estado de Pernambuco. Só deixei o posto no início de abril por exigência da legislação eleitoral”, relatou.

Depois de ler o texto de sua própria autoria, a socialista foi indagada por uma jornalista se a secretaria foi criada apenas para manter cargos políticos, já que com a saída da Câmara outro suplente assumiria seu lugar (Jayme Asfora (PMDB)). Respondendo a pergunta a parlamentar nem se deu o prazer de explicar o questionamento e resumiu confirmando: “Você respondeu a minha pergunta”, desabafou, confirmando os interesses políticos por trás da pasta municipal. 

 

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