Tópicos | Segurança de Redes

Silvio Meira, cientista-chefe do CESAR, esteve presente no evento Owasp-Recife, que aconteceu nesta terça-feira (31), no auditório da Faculdade Maurício de Nassau e comentou sobre o setor de segurança digital, com exclusividade para o LeiaJá.

Segundo Meira, a falta de profissionais capacitados é a principal deficiência dos departamento de TI das empresas. "O maior problema do Brasil, nos últimos 50 anos, é capital humano. E nos próximos 25, também", garante. "A gente vai ter essa luta eterna para aumentar a eficácia dos mecanismos de desenvolvimento de sistemas mais seguros, o que implica em informar melhor e formar melhor as pessoas. É isso o que o Owasp está fazendo aqui", disse.

Meira ainda acredita que o investimento na segurança digital não é um foco que deveria ser exclusivo de quem trabalha com TI, mas de todos os setores corporativos e da sociedade, já que a informática está em todos os lugares. "O problema de segurança de redes e informação da iniciativa privada não é dela, é nacional", garantiu.

"Eu acho que a Owasp e vários outros eventos, estão ajudando a criar uma consciência mais ampla de que o problema de segurança não é de uma empresa. A gente precisa de política, estratégia, a gente precisa de investimento, de educação, de métodos, processos, testes, verificação, validação e certificação de sistemas seguros, mas, para isso, a gente precisa de profissionais capacitados", sugere.

Perguntado sobre o Programa Hacking, citado pelo Coronel do Exército Luiz Gonçalves, minutos antes, e que pretende usar o expertise de graduados em TI e hackers em projetos de Defesa Cibernética, Meira foi enfático: "Isso tem baixa utilidade", explicando que acredita que a segurança deve ser tratada estruturalmente, em um projeto mais consistente no desenvolvimento do sistema. "Nós não estamos falando de 'vamos trazer uns hackers brilhantes aqui e ver o que eles fazem'. Isso aí tem um efeito pontual, mas, no fim, o que você quer é estruturalmente escrever sistemas mais seguros e mantê-los seguros do ponto de vista da evolução", completou.

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