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O governo da Bahia, comandado por Rui Costa (PT), gastou R$ 600 mil com a contratação de artistas para inaugurar um teatro em Itabuna no último dia 26. A informação é do jornal Folha de São Paulo. A gestão tem enfrentado uma queda na arrecadação e congelado os salários dos servidores.

De acordo com a reportagem, o governo pagou R$ 250 mil para um show acústico de Ivete Sangalo para 600 convidados. Além dela, a Orquestra Sinfônica da Bahia se apresentou no local. Rui Costa, a primeira-dama, Aline Peixoto, secretários estaduais, parlamentares e outras autoridades assistiram a apresentação.  

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Não parando por aí, a gestão também promoveu uma festa aberta ao público. Em um palco montado em frente ao teatro, a comemoração foi comandada pela dupla Simone e Simaria. O cachê delas foi de R$ 350 mil. 

Em nota, o governo da Bahia disse que os show ajudaram divulgar a inauguração do equipamento para o país. "Garantir a divulgação do teatro em nível nacional é fundamental para atrair a realização de shows e espetáculos das mais diversas linguagens artísticas no local. Desta forma, o equipamento público vai assegurar a geração de emprego e renda para a região", diz o texto. 

Realizar o Rec-Beat em 2016 parecia um desafio e tanto para Antonio Gutierrez, o Gutie, produtor do festival. Com os recursos sumindo por conta da tão falada crise, foi necessário sair do óbvio e buscar maneiras de realizar mais uma edição de um festival com mais de 20 anos de história.

Além de enxugar custos, negociar com artistas e buscar novos parceiros, o Rec-Beat buscou também uma ferramenta de financiamento coletivo como mais uma forma de obter recursos. E conseguiu passar praticamente incólume pela atribulação, com mais uma edição elogiável, principalmente pelo frescor da programação, que sai do óbvio.

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Em conversa com o LeiaJá, Gutie se mostrou satisfeito com a edição que terminava no início da madrugada desta Quarta (10) com um show do cantor Johnny Hooker, que levantou o público seu show performático. "Não recuamos um centímetro em qualidade", disse o produtor do Rec-Beat.

Ele afirma ainda que  não se mexeu na estrutura técnica e de produção. "A gente só cortou onde nao afetou a questão artística e técnica", explica, usando como exemplo os custos de gráfica com cartazes e panfletos.

Aos 21 anos, o festival já é parte importante da programação do Carnaval do Recife e consegue a proeza de formar público e rer identidade no ambiente anarquico do Carnaval. "Em momento algum passou pela cabeça não fazer o festival ou usar isso como um tipo de chantagem. Fomos pra cima para resolver o problema. Acabou que o que fizemos ampliou na verdade o festival e o leque de parcerias", completou Gutie.

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