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Em uma expressiva derrota para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o democrata Doug Jones venceu o candidato republicano para o Senado no Alabama, o polêmico juiz Roy Moore, na noite desta terça-feira (12).

Na primeira vitória de um democrata no estado em 25 anos, Jones obteve 49,9% contra 48,4% dos votos, segundo a imprensa norte-americana. Em números, a diferença de votos ficou em mais de 20 mil.

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Apesar de Moore questionar o resultado, pedindo a recontagem dos votos, o próprio Trump reconheceu a derrota através de sua conta no Twitter. A recontagem é permitida apenas em casos em que a diferença fique em 0,5%.

"Parabéns para Doug Jones em uma difícil e dura vitória. Os votos escritos foram um grande fator, mas uma vitória é uma vitória. As pessoas do Alabama são ótimas, e os Republicanos vão ter outra chance para esse assento em um curto período de tempo. Isso nunca termina", escreveu o mandatário.

A referência aos "votos escritos" se atém ao fato de que muitos republicanos não votaram em nenhum dos dois candidatos oficiais dos partidos, mas sim, optaram por escrever um terceiro nome no pleito.

A derrota de Moore também traz outro problema para Trump no Senado: a maioria republicana chegou ao limite, com 51 em 100 representantes, o que pode causar mais problemas para o presidente aprovar projetos importantes de sua agenda.

Do lado vitorioso, Jones afirmou que o "povo do Alabama tem mais em comum do que aquilo que o divide".

"Nós mostramos que não apenas ao Alabama, mas ao país, que podemos ser unidos. O arco do universo moral é longo, mas tende para a justiça", disse ainda o democrata citando Martin Luther King Jr.

A inesperada vitória dos democratas começou a se desenhar após Moore, um polêmico juiz cristão que já foi destituído por duas vezes da Corte Suprema do Alabama, foi acusado de uma série de abusos sexuais de menores nas décadas de 1970 e 1980.

Uma das vítimas tinha apenas 12 anos na época dos fatos, que sempre foram negados pelo juiz conservador. Por conta da denúncia, o próprio Trump entrou em campo para defender o candidato, que também não era seu favorito durante as primárias no Alabama.

No entanto, por conta do histórico duvidoso do juiz de 70 anos, o reduto republicano rachou no estado, chegando a existir um pedido de renúncia por parte de líderes locais para Moore.

A votação no estado ocorreu após a indicação do então senador Jeff Sessions para o cargo de procurador-geral do governo do magnata. Agora, é possível que a derrota de Trump no Alabama seja um sinal de alerta para as eleições de novembro de 2018, que renovará parte do Senado e da Câmara dos Representantes.

Da Ansa

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