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De acordo com dados do IBGE cerca de um terço dos adolescentes já haviam iniciado a sua vida sexual antes de chegar ao ensino médio em 2015 e quase 40%  deles não usou preservativo na sua primeira relação sexual.

Para a socióloga Jaqueline Pitanguy, da ONG Cepia, esse comportamento alarmante revela a lacuna deixada pela falta de educação sexual nas escolas.

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Especialistas ouvidos pela Federação Internacional de Planejamento Familiar do Hemisfério Ocidental, da qual a ONG é parceira, avaliaram que o Brasil vai muito mal nesse quesito, especialmente porque não há no currículo básico escolar uma disciplina voltada exclusivamente para a sexualidade e a saúde reprodutiva. Jaqueline salienta que essa é uma recomendação da ONU desde 1994.

Os prejuízos trazidos por essa ausência são sentidos diariamente por professores como Paulo Ricardo Rodrigues, que leciona Biologia em uma escola na Serra, região metropolitana do Espírito Santo, na falta de uma orientação geral ele decidiu por conta própria inserir conteúdos mais abrangentes de educação sexual em suas aulas.

Rodrigues conta que a abertura deixa os alunos mais confortáveis para tirarem suas dúvidas, o que tem revelado o grande desconhecimento deles sobre como utilizar corretamente os métodos de prevenção como consequência é grande o número de alunas grávidas ou estudantes com DST's.

Fabiana Nascimento também é professora em Mauá, São Paulo, e mãe de uma adolescente de 12 anos apesar de manter um diálogo aberto com a filha ela também sente falta de uma educação sexual que ultrapasse questões anatômicas ou patológicas.

Conversando com Clarice ou com seus alunos  ela descobriu que grande parte do que os adolescentes sabem sobre sexo vem da internet ou dos filmes pornográficos.

A pesquisa feita pela Federação Internacional também apontou que os adolescentes desejariam ter mais privacidade e acolhimento ao procurar serviços de saúde em busca de orientação ou de métodos contraceptivos, mas como muitas vezes se sentem julgados ou precisam comparecer junto com os pais acabam desistindo de procurar esses serviços.

Gravar o ato sexual agora pode dar dinheiro ao casal. Uma organização desenvolveu um projeto chamado Pleasure, Prazer em português, a fim de oferecer R$ 770 aos parceiros que fizerem sexo com preservativo na frente das câmeras. Um dos aspectos solicitados é que o cenário seja em ambientes comuns como em carros ou quarto do casal.

A organização idealizadora do programa explica que o conteúdo não estará disponível nas mídias abertas e apenas um grupo teste terá acesso às imagens de forma privada, através de um link. Ainda, segundo o projeto, o objetivo é erotizar e promover o sexo com camisinha em cenários reais e comuns. 

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Trata-se de um projeto piloto para uma universidade britânica com a proposta de testar um método mais efetivo de garantir o uso de preservativos pelos jovens. Baseado em pesquisa indicativa de que esse público prefere lugares comuns e estilosos, a iniciativa foca neste tipo de cenário para atingir esse nicho e alcançar a conscientização sobre o uso da camisinha.

A orientação para quem quiser participar da ideia é entrar em contato com a organização e responder detalhes sobre a vida do casal. Também há perguntas sobre o uso de preservativo na relação sexual.

Visando ir de encontro às campanhas de uso de camisinha cujo foco é a transmissão de doenças, o Pleasure tem a intenção de ser mais positivo. Para o mês de novembro, as filmagens acontecerão em Londres e os casais dos vídeos deverão ser universitários. As cenas exibidas devem retratar ambientes como quarto e banheiro de república. 

Durante os dias de folia do carnaval,  5 milhões de camisinhas serão distribuídas em festas de rua no Recife (PE), em Olinda (PE), Salvador (BA), no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP) e em Ouro Preto (MG), que recebem milhares de foliões. Os preservativos serão distribuídos em 17 cidades de oito estados e no Distrito Federal, pelo Ministério da Saúde.

Além dos preservativos masculinos e femininos, os foliões vão receber também sachês de gel lubrificante. Em vários locais, o personagem da campanha de carnaval deste ano do ministério, o Homem Camisinha, é quem fará a distribuição. Aeroportos, como os do Rio de Janeiro e de Salvador, e bares também terão dispositivos com preservativos disponíveis.

A distribuição de camisinhas ocorrerá nas ruas, em escolas de samba e blocos em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Bahia, em Pernambuco, no Pará, no Ceará e no Distrito Federal. Os foliões também pode pegar preservativos nos postos de saúde.

Com o slogan “Deixe a camisinha entrar na festa”, o diferencial da campanha deste ano é que, a partir da Quarta-feira de Cinzas, serão entregues folhetos nos postos de saúde e afixados outdoors sobre a profilaxia pós-exposição, que evita a proliferação do vírus HIV caso a pessoa, que fez sexo desprotegido por exemplo, tome os medicamentos em até 72 horas após a exposição ao vírus. O objetivo da campanha é reforçar a importância do preservativo para evitar a contaminação, por via sexual, do vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

De acordo com o Ministério da Saúde, durante todo o ano de 2015, houve a distribuição de 574 milhões de preservativos, superando os 443,8 milhões entregues em 2014.

Em dez anos, o número de mortes por câncer de útero em relação ao número de mulheres teve uma leve queda no país, passando de 5,04 casos para cada 100 mil mulheres em 2002 para 4,72 casos em 2012. Em números absolutos, no entanto, o número de mortes aumentou, já que a população também cresceu nesse período. Em 2002, a doença matou 4.091 mulheres e, em 2012, 5.264.

Os números são do Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, que o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgam nesta semana. O levantamento mostra o câncer de colo do útero como o terceiro tipo que mais mata mulheres no país, atrás apenas do de mama e dos de brônquios e pulmões. A estimativa do Ministério da Saúde é que o Brasil feche este ano com 15.590 novos casos de câncer de colo do útero.

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“Aumenta o número absoluto porque a população continua crescendo e há uma pequena diminuição no número relativo. Isso é explicado por um conjunto de medidas que vêm sendo tomadas na proteção da mulher, o exame de papanicolau, o uso de preservativos, a mulher está se cuidando mais”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em entrevista à Agência Brasil.

Para ele, isso não significa que o Brasil esteja em uma situação adequada. ”Podemos diminuir mais ainda essas mortes, diminuir a importância do câncer de colo do útero entre as causas de morte entre as mulheres. Nos últimos dez anos, ele caiu para terceiro lugar, mas, ainda assim, podemos mudar essa história devido à vacina do HPV.”

O Ministério da Saúde está vacinando meninas de 11 a 13 anos contra o vírus HPV, principal causa do câncer de colo do útero. A medida, tomada em mais 100 países, pode fazer com que a atual geração tenha uma incidência significativamente menor da doença, já que existe a vacina contra um dos dois dos vírus responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. No ano que vem, a vacina passaá a ser oferecida a adolescentes de 10 e 11 anos e, em 2016, às de 9 anos.

Apesar de 97,7% do público-alvo terem tomado a primeira dose da vacina, apenas 49% receberam a segunda aplicação, até o dia 21 deste mês, o que soma um total de 2,4 milhões de meninas. O Ministério da Saúde assegura que a vacina não traz riscos e ressalta que só a primeira dose não garante a imunização. Cinco anos após a primeira dose, as meninas precisam retornar aos postos de vacinação para receber a dose de reforço, que garantirá proteção por mais tempo.

A vacina contra o HPV está disponível nas 35 mil salas de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Recomendada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a vacina gera proteção contra quatro subtipos da doença (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia.

Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais. O ministro Arthur Chioro ressalta que só a vacina não é suficiente para prevenir o câncer de colo de útero.

"As mulheres com mais de 13 anos, adolescentes e jovens, têm como grande instrumento de prevenção o diagnóstico precoce, que é [obtido por meio do] papanicolau, e o sexo seguro, ou seja, com o uso do preservativo, até porque o HPV temalta transmssibilidade e alta relação com o cêncer de colo de útero."

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