Muita marcação, poucas chances de gol e falhas individuais deram o tom da primeira partida da semifinal da Copa do Nordeste entre Sport e Santa Cruz. Com formações táticas idênticas (4-2-3-1), Vica e Eduardo Baptista buscaram neutralizar as intermediárias e desafogar nas laterais. O Tricolor teve mais posse de bola: no primeiro tempo foi 67,3% contra 32,7%, mas erros defensivos deixaram o Rubro-negro em vantagem para o jogo da volta.
Mesmo ficando mais tempo com o controle da bola, a equipe coral pouco criou perigo. Tanto é que Magrão quase não trabalhou. Carlos Alberto começou a partida mais participativo do que no último Clássico das Multidões. Porém, cansou com 30 minutos, correu menos e logo foi anulado pela marcação de Ewerton Páscoa. Léo Gamalho voltou a sair muito da área e, por vezes, foi às laterais para cruzar, quando deveria estar na área para cabecear. Renatinho e Flávio Caça-Rato tiveram mais atitude. Mas faltou qualidade.
De ponto favorável ao Santa Cruz, comparado ao último encontro dos dois times, apenas a postura. A marcação não foi frouxa como na derrota por 3x0, pelo Campeonato Pernambucano. A disposição tricolor foi maior, no entanto, insuficiente para superar o bloqueio rubro-negro.
No Sport, o lado direito não funcionou tanto, apesar do bom desempenho de Felipe Azevedo. A preocupação com Renatinho inibiu a aproximação de Patric ao atacante. Contudo, a lateral esquerda com Danilo, substituto do suspenso Renê, ganhou mais força defensiva. Além de melhorar a qualidade nas bolas paradas. A marcação do Leão também foi eficiente e os volantes Rodrigo Mancha e Ewerton Páscoa foram os melhores rubro-negros em campo.
No próximo duelo, o técnico Eduardo Baptista deve manter a formação e o time titular, tirando apenas Ewerton Páscoa, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Não é preciso fazer mudanças drásticas para conseguir a classificação. O mesmo não pode ser dito a Vica. Como disse o próprio técnico coral, será necessário se reinventar e buscar soluções dentro do elenco para tentar surpreender.