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Cientistas revelaram nesta segunda-feira (17) uma fórmula simples e poderosa que explica por que alguns animais correm, voam e nadam mais rápido do que todos os outros.

Chame isso de a "regra da velocidade": a força por si só não determina a velocidade máxima porque os mamíferos terrestres, aves e peixes só podem acelerar enquanto conseguem extrair a energia disponível armazenada no tecido muscular.

Um tamanho de corpo intermediário - como o do guepardo, falcão ou marlim - é ótimo para atingir esse ponto ideal entre a força e a explosão de energia, descobriram os pesquisadores.

Quando o animal é muito pequeno, não há musculatura suficiente; quando é muito grande, há muita massa.

O peso de um animal e o meio em que ele se move - água, ar ou terra - são suficientes para calcular sua velocidade máxima com 90% de precisão, segundo os cientistas.

O axioma também funciona retroativamente para os dinossauros, relataram os pesquisadores na revista Nature Ecology & Evolution.

"Os cientistas lutam há muito tempo contra o fato de que os maiores animais não são os mais rápidos", disse a autora principal, Myriam Hirt, bióloga do Centro Alemão de Pesquisa Integrativa de Biodiversidade em Leipzig.

Se os músculos fossem a única coisa que importa, "os elefantes atingiriam velocidades máximas de cerca de 600 km/h", disse à AFP.

Os animais grandes ficam sem a chamada energia anaeróbica, fornecida pelos músculos, antes de poder alcançar sua velocidade teoricamente máxima.

Entre as aves, os falcões e os gaviões são os mais rápidos, registrando velocidades superiores a 140 km/h.

O marlim-preto é o recordista no mar, cortando a água a velocidades de 130 km/h, e os guepardos detêm o recorde na terra, atingindo 100 km/h.

Não coincidentemente, uma das presas preferidas do guepardo - a cabra-de-leque - pode correr quase tão rápido, assim como outros antílopes, como o antílope-negro, historicamente caçado por grandes felinos.

Isso é trabalho da evolução, explicou Hirt. "As espécies que ganham a maior vantagem seletiva - predadores e presas com poucos lugares para se esconder, por exemplo - se aproximarão das velocidades máximas previstas", disse.

Os humanos, por outro lado, não evoluíram ao longo de milhões de anos para ultrapassar presas rápidas (ou predadores), mesmo que estejam dentro da classe de peso intermediário correspondente à velocidade extrema.

O Homo sapiens, ao que parece, investiu em sobrepujar outros animais.

O modelo da pesquisa comparou dados entre os dinossauros para os quais cientistas conseguiram estimar a velocidade de deslocamento.

O estudo estima que os velociraptores podiam correr a 50 km/h, enquanto o pesado T-rex mal se movia à metade desse ritmo. Mas isso ainda era rápido o suficiente para pegar um tricerátopo comendo plantas ou o ainda mais lento braquiossauro.

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