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A decisão da corte do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT/PE) em conceder reajuste de 10%, no piso salarial e na remuneração mensal dos rodoviários da Região Metropolitana do Recife atingirá todo o Estado. Entretanto, em Caruaru, no Agreste, o aumento dos gastos não serão repassados para os usuários. O transporte coletivo da cidade recentemente teve um aumento de R$ 1,80 para R$2,10 e o valor deverá permanecer o mesmo por pelo menos um ano.

O salário do motorista de ônibus passou de R$ 1.605,00 para R$ 1.765,50, já do fiscal saiu de R$ 1.037,00 para R$ 1.140,70, o cobrador também teve reajuste de R$ 738,00 para R$ 811,80. Além do acréscimo de R$ 129 no vale refeição acréscimo, saindo de R$ 171 para R$ 300.

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Entretanto, o impacto de 19% nas contas das empresas não serão repassados para os usuários do transporte público do município, embora a Associação das Empresas de Transportes de Passageiros de Caruaru (AETPC ) afirme que o valor de R$ 2,10 já estava defasado antes mesmo deste aumento. A categoria lutava por um aumento de R$2,30.

“A discussão não é reajuste tarifário, embora já fique defasado. Nesse aumento, para o sistema de Caruaru chega quase a 0,15, se fosse repassado na tarifa hoje. O que queremos é apenas informar, para que quando houver uma nova discussão sobre a tarifa não achem que nosso lucro é absurdo. Mas não vamos discutir a tarifa agora, esse valor deve ser visto anualmente”, frisou o diretor Institucional da Associação, Ricardo Henrique.

O resultado do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de maio foi beneficiado pela tarifa de ônibus, item com maior pressão negativa na última quadrissemana do mês. Da terceira quadrissemana de maio para a última, a tarifa de ônibus urbano acentuou a queda de -1,22% para -1,34%. No mesmo período, o IPC-S desacelerou de 0,40% para 0,32%. No fechamento de abril, a taxa de variação do índice foi de 0,52%.

A próxima coleta do IPC-S já trará, contudo, o aumento nas tarifas em várias capitais, que começou a valer no domingo, 2. A divulgação será feita no dia 10, com preços coletados até dia 7.

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Completam a lista das maiores influências negativas no último mês tomate, que saiu de taxa de -12,53% na terceira quadrissemana do mês para -9,25% na última, tarifa de eletricidade residencial (de -1,20% para -1,11%), tangerina (de -2,00% para -24,31%) e gasolina (de -0,32% para -0,48%).

No movimento contrário, a lista de itens de maior pressão de alta no indicador no fechamento de maio é composta por refeições em bares e restaurantes (de 0,63% para 0,57%), mão de obra para reparos em residência (de 0,97% para 1,78%), leite tipo longa vida (de 3,91% para 3,47%), aluguel residencial (de 0,53% para 0,59% e mamão papaia (de 8,11% para 20,44%).

Entre os grupos, a maior contribuição para a desaceleração do IPC-S veio de Saúde e Cuidados Pessoais (1,26% para 0,72%), puxado pelo comportamento de medicamentos em geral (de 2,59% para 1,16%).

Também registraram decréscimo os grupos Alimentação (0,54% para 0,36%), Vestuário (0,96% para 0,91%), Transportes (-0,15% para -0,19%) e Despesas Diversas (0,24% para 0,20%), com destaque, respectivamente, para frutas (3,85% para 2,01%), roupas femininas (1,59% para 1,24%), serviço de reparo em automóvel (1,16% para 0,96%) e clínica veterinária (0,73% para 0,43%).

A taxa de variação do grupo Educação, Leitura e Recreação foi a mesma da terceira quadrissemana do mês: 0,28%. As classes de despesa Habitação e Comunicação apresentaram acréscimo em suas taxas. A primeira saiu de 0,24% para 0,39%, enquanto a segunda foi de -0,04% para 0,10%. A FGV destaca, em cada um dos grupos, os itens móveis para residência (-0,02% para 1,12%) e tarifa de telefone residencial (-1,05% para -0,49%).

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