Tópicos | Tate Modern

Richard Hamilton é daqueles artistas muito citados e pouco vistos, o que torna ainda mais especial a ampla retrospectiva atualmente em cartaz na Tate Modern até 26 de maio. Com papel de destaque na arte britânica do século 20, Hamilton é usualmente apresentado como o verdadeiro pai da arte pop, antecipando a onda que tomara conta do mundo das artes sobretudo a partir dos anos 1960.

É de sua autoria a frase que parece definir contornos mais precisos para este novo movimento: "popular, transitório, consumível, de baixo custo, produzido em massa, jovem, espirituoso, sexy, chamativo, glamouroso e um grande negócio". É dele também a colagem Just What Is it That Makes Today's Homes so Different, so Appealing? (O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?), criado para divulgar a exposição coletiva This is Tomorrow (1957), uma espécie de ícone da arte pop - presente na exposição por meio de uma reedição de 1992 - e também o design da capa do White Album, dos Beatles (1968).

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Se é inquestionável que elementos da cultura de massas, o recurso a imagens e estratégias típicas do mundo de consumo como a colagem e o pastiche, bem como o uso de uma irônia cortante, constituem um dos eixos centrais da produção de Hamilton, também é verdade que a ênfase excessiva nesses aspectos tornou a leitura de seu trabalho excessivamente restrita, algo que a mostra atual parece tentar superar. Fica evidente ao longo das salas do museu que essa é apenas a face mais aparente de uma trajetória ampla, de diálogo intenso com diversos outros movimentos de investigação artística da segunda metade do século 20, como o dadaísmo, o surrealismo, o construtivismo e a arte conceitual.

A exposição segue o artista ao longo de seis décadas de intensa produção, mostrando desde a reconstrução de sua primeira instalação, Growth and Form (1951), na qual retrabalha imagens derivadas do universo da biologia tendo por base o livro homônimo, escrito em 1913 por D'Arcy Wentworth Thompson's -, até o último trabalho, baseado no conto A Obra-prima Inacabada, de Balzac: um tríptico no qual representa um surreal "encontro" entre autorretratos de Poussin, Courbet, Ticiano.

Cada sala enfatiza um determinado aspecto explorado pelo artista: a representação do movimento e da perspectiva (e sua crise); o caráter múltiplo e ilusório da fotografia; uma série de aproximações provocativas entre diferentes morfologias, humanas e industriais; uma forte proximidade com o mundo artístico e mais especialmente com artistas como Marcel Duchamp (a quem se refere como seu mentor e a quem dedica atenção constante) e Picabia; uma incursão um tanto irônica pela escatologia; e um claro posicionamento político, sobretudo nos trabalhos posteriores aos anos 1980. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Imagine-se visitando um museu onde estejam em exposição sangue, insetos vivos e restos mortais de outros animais. Esse cenário chocante pode ser visitado em Londres, no museu de arte Tate Modern.

As obras da série Natural History são do artista Damien Hirst, um dos principais nomes do movimento British Artists (Jovens Artistas Britânicos), da década de noventa. A morte é o tema central de seus trabalhos, fazendo uso de cadáveres de animais mergulhados em formol – e algumas vezes partidos ao meio, Damien prende a atenção das pessoas que tem o estômago forte para essas cenas.

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Em uma delas, uma cabeça ensanguentada de vaca é cercada por centenas de moscas, que após se alimentarem dos restos mortais do animal, morrem em eletrocutor localizado em compartimento ao lado.

Mas nem somente de morte é composta sua abra. Borboletas vivas sobre frutas, cinzeiro gigantes, pontas de cigarros e frascos de remédios também compõem paineis do artista.

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