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Os juros futuros abriram com sinais mistos nesta quarta-feira, 9. Os vencimentos mais curtos subiam com a divulgação do IPCA (+1,01%) de novembro maior que a mediana (+0,95%) das estimativas captadas pelo AE Projeções, serviço especializado da Agência Estado. E os contratos mais longos acompanhavam a queda do dólar ante o real.

Na abertura, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,79% na abertura, ante 15,78% no ajuste de terça-feira. O DI para janeiro de 2021 estava em 15,66%, ante 15,77% no ajuste da véspera. Feito o ajuste inicial, as taxas, inclusive as mais curtas, passaram a acompanhar a queda do dólar.

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Os juros refletem a leitura de analistas e operadores de que a suspensão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo ministro Luiz Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), é desfavorável para a petista. Isso porque o governo deseja um desfecho rápido, enquanto o atraso pode favorecer a oposição, que já conquistou maioria na comissão especial parlamentar que avalia o caso antes da decisão do ministro.

Depois de um IPCA tão alto, analistas estarão atentos à fala de Tony Volpon, diretor do Banco Central. Ele fala em evento do Bank of America Merril Lynch (BofA), em São Paulo.

Às 9h35, o dólar à vista caía 0,56% aos R$ 3,7832. Na mínima, a moeda americana marcou R$ 3,7597.

Os preços dos ativos no contrato futuro do Ibovespa também reagem à virada no cenário político. No horário acima, o Ibovespa futuro (contrato para dezembro) subia 2,49% aos 45.505 pontos. Segundo m operador de renda variável, a alta é uma ajuste à valorização dos ADRs de empresas brasileiras no exterior.

O mercado internacional adverso e as incertezas no cenário político complexo voltaram a retrair os negócios na renda fixa nesta terça-feira (8). Sem saber quais os rumos que o País irá tomar, o investidor tem evitado assumir posições, o que os leva a se concentrarem em operações de curtíssimo prazo.

As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram em baixa com uma primeira leitura positiva da carta do vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff, mas passaram a subir acompanhando o dólar, que refletia o mau humor no cenário internacional. A pressão foi reduzida à tarde e as taxas acabaram por fechar perto dos ajustes da véspera, com leve alta nos vencimentos mais curtos, até 2017.

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Segundo profissionais da renda fixa, a carta de Temer a Dilma foi recebida como o sinal de rompimento do vice com o governo, o que fortalece a corrente que aposta na saída da presidente. Apesar da grande repercussão do assunto, inclusive com troca de acusações sobre quem vazou o teor da carta, nada de muito concreto aconteceu como desdobramento do caso. Nem Temer nem Dilma se manifestaram publicamente sobre a missiva.

O Conselho de Ética da Câmara retomou a discussão sobre o parecer que pede a continuidade do processo disciplinar contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Este, por sua vez, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a permanência do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) na relatoria do processo disciplinar. A expectativa é de que não haja tempo para votação do relatório ainda nesta terça.

Já a comissão da Câmara que analisará o pedido de impeachment da presidente ainda está em fase de formação de chapas. Com as chapas definidas, haverá votação secreta para escolha dos integrantes.

No que diz respeito à política monetária, as apostas dos investidores se mantiveram firmes no início de um novo ciclo de altas da taxa Selic. Na quarta-feira, 9, será divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, para o qual se espera um resultado entre 0,85% e 1,05%, segundo pesquisa do AE Projeções com 55 instituições do mercado financeiro. A mediana ficou em 0,95%.

Nos negócios na BM&F, o contrato de DI com vencimento em abril de 2016 fechou com taxa de 14,595%, ante 14,584% do ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2017, o mais negociado, terminou a sessão regular com taxa de 15,78%, contra 15,74% do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2019 ficou com taxa de 16,06%, de 16,07%. Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 15,77%, a mesma do ajuste anterior.

No mercado de juros futuros os DIs exibem alta consistente desde a abertura nesta segunda-feira, 30, em reação à piora da percepção de risco. Às 9h27, o DI para janeiro de 2017 indicava 15,80%, ante 15,66% no ajuste de sexta-feira e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 16,04%.

O mercado acompanha durante a manhã os desdobramentos da prisão do banqueiro André Esteves, com destaque para a informação de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria recebido propina de R$ 45 milhões do BTG Pactual para aprovar emenda em medida provisória que beneficiaria o banco.

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No âmbito fiscal, os investidores processam o corte no Orçamento de 2015 e o congelamento nos gastos do governo em dezembro. O contingenciamento ocorre no último dia para a publicação do novo decreto com a programação orçamentária e financeira do ano e o governo foi obrigado a fazê-lo uma vez que ainda não tem a aprovação do Congresso para entregar um déficit fiscal.

No exterior, os juros dos Treasuries também operam em alta, numa semana em que a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, discursa na quarta-feira, 2, e na quinta-feira, 3, e pode reforçar a expectativa de uma alta nos juros nos EUA em dezembro. Além disso, o payroll sai na sexta-feira, 4, e um resultado forte também pode contribuir para essa expectativa.

Os juros futuros oscilam ao redor da estabilidade, ora em queda ora em alta, nesta quarta-feira (18). Os investidores precificam a manutenção do veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário na terça-feira (17) no Congresso. A queda do dólar também favorece um viés de baixa. No exterior, predomina a cautela diante de uma operação da polícia francesa contra terroristas em Paris e antes da ata do Federal Reserve, que sai às 17 horas.

Internamente, no Congresso , ainda há vetos a serem apreciados nesta quarta, já que a sessão de terça foi interrompida pela diminuição do quórum, comandada por oposicionistas, depois que a negativa ao aumento do Judiciário passou e com a aprovação apenas de deputados. Senadores só votariam se eles derrubassem o veto, pelo regimento.

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O IBC-Br caiu 0,50% em setembro ante agosto, a quarta consecutiva na margem, na série com ajuste. O resultado negativo ficou exatamente no mesmo porcentual da mediana das estimativas apuradas pelo AE Projeções. Elas iam de -1,20% a -0,03%. Na comparação entre os meses de setembro de 2015 e de 2014, houve diminuição de 6,18% também na série sem ajustes sazonais. A mediana era -6,10%.

Às 9h45, o DI para janeiro de 2017 indicava 15,53%, ante 15,52%no ajuste da véspera e o DI para janeiro de 2021, 15,57%, de 15,59%.

Os juros futuros se fortaleceram ligeiramente na manhã desta quarta-feira (28), pressionados pela virada do dólar para o lado positivo, após iniciarem o dia com viés de baixa, também alinhados ao desempenho mais fraco da moeda americana no começo da sessão. Após precificarem em baixa as expectativas de que o Federal Reserve não deve elevar os juros nos Estados Unidos nesta quarta, os investidores ajustam posições, focados ainda nas questões política e do ajuste fiscal, segundo operadores do mercado.

Às 9h48, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 15,24%, ante 15,22% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 subia a 15,75%, de 15,73% no ajuste anterior.

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Segundo operadores, o compasso de espera pelo Fed limita a liquidez. Para a reunião do Fed, também predomina a percepção de que o comunicado, que será divulgado às 16 horas (de Brasília) poderá sinalizar se uma alta pode ser esperada ainda neste ano (dezembro) ou somente em 2016.

Pela manhã, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou sobre energia verde no evento Amazon Day, na embaixada do Brasil em Londres, mas não abordou sobre as questões fiscais do Brasil.

As taxas no mercado de juros futuros acompanham a queda do dólar ante real nesta terça-feira (20) e caem ante o ajuste da segunda-feira (19) desde a abertura. Assim como no caso da moeda americana, o recuo das taxas segue limitado pelas incertezas no cenário político, ainda repleto de pendências, apesar de menos tenso do que em dias anteriores.

Foi adiada desta terça para a quarta-feira (21) a entrega do novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, redigido pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, para incluir decretos presidenciais de 2015, considerados "pedaladas fiscais".

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrou na segunda-feira com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra as liminares que paralisaram o rito de impeachment na semana passada e disse que continua com poder para deferir ou indeferir pedidos de afastamento. Ele retoma nesta terça as votações na Casa.

Às 9h58, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 15,31%, de 15,42% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 15,73%, ante 15,82% no ajuste anterior.

Em relatório a clientes, os analistas da LCA Consultores destacaram que os diretores do Banco Central Europeu descartam um aumento do atual programa de compras de ativos após constatação de que as condições do crédito bancário têm melhorado nos últimos meses.

A terça-feira é um dia de agenda de indicadores econômicos bastante fraca. Logo cedo, a FGV divulgou que o IGP-M subiu 1,86% na segunda prévia de outubro, ante avanço de 0,65% na segunda prévia do mesmo índice de setembro.

Com o resultado, o índice acumula aumentos de 8,32% no ano e de 10,06% em 12 meses. Na primeira prévia deste mês, o IGP-M havia subido 1,64%.

Os juros futuros abriram a sexta-feira (16), em alta, acompanhando o avanço do dólar ante o real e refletindo o desconforto dos investidores com a deterioração das contas públicas. Em relação ao cenário fiscal, pesa a notícia de que o governo estaria planejando reduzir novamente a meta de superávit primário de 2015, atualmente em 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), o que deve se traduzir em déficit primário. A informação foi divulgada na quinta-feira, 15 pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Às 9h50, o dólar à vista no balcão subia 1,16%, a R$ 3,8440. O dólar para novembro de 2015 valia R$ 3,8635 (+0,95%). O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 15,38%, ante 15,37% no ajuste da quinta. O DI para janeiro de 2021 apontava 15,78%, de 15,71% no ajuste anterior.

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na manhã desta sexta-feira, ficou em segundo plano. O indicador apresentou baixa de 0,76% em agosto ante julho, a terceira consecutiva na margem, na série com ajuste. Na comparação entre os meses de agosto de 2015 e de 2014, houve diminuição de 4,47% na série sem ajustes sazonais.

Os juros futuros passaram a cair e renovaram mínimas na manhã desta quarta-feira (14) após abrirem com viés de alta em meio à cautela dos investidores com o ambiente político conturbado.

Contudo, a ampliação da queda do dólar no exterior após dados dos Estados Unidos abaixo do esperado levou a moeda ante o real a recuar e a renovar suas mínimas, puxando junto as taxas futuras há pouco.

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Os dados fracos do varejo doméstico divulgados mais cedo já eram esperados, por isso, não mexeram com as taxas.

Internamente, o mercado continua de olho na crise política e nos desdobramentos dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e das liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenderam na terça-feira, 13, os ritos definidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar encaminhamento às solicitações. Ele indeferiu cinco.

O governo agora tem mais prazo para tentar recompor sua base de apoio no Congresso. Já a oposição prometeu apresentar uma nova solicitação de impeachment, porém somente na sexta-feira, 16. Cunha tem dez dias para se pronunciar oficialmente sobre as decisões do STF. Mas hoje já deveria prestar informações e recorrer das decisões.

À tarde, o foco se volta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que irá ao plenário da Câmara dos Deputados, a partir das 15 horas, para explicar a atual crise econômica.

Às 10 horas, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,70%, ante 15,80% no ajuste de terça. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 indicava 15,91%, de 15,94%.

As taxas de juros no mercado futuro sobem na primeira sessão da semana, seguindo o comportamento do dólar em relação ao real nesta terça-feira (13).

A apreciação da divisa americana no Brasil deve-se em parte à balança comercial chinesa, que revelou uma queda de 20,4% nas importações em setembro ante agosto. Esse resultado favoreceu a realização de um superávit comercial melhor (US$ 60,3 bilhões) que a expectativa (US$ 47,6 bilhões).

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Entre os fatores domésticos a empurrar o dólar e as taxas de juros para cima está o cenário político mais turvo. Há expectativa tanto em relação à análise dos pedidos de impeachment, represados na mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quanto em relação ao possível afastamento do próprio Cunha.

No sábado, 10, líderes dos principais partidos de oposição, entre eles PSDB, DEM, PPS e SD, pediram em nota que o peemedebista se afaste da presidência da Câmara.

Ainda no quadro doméstico, pesa a deterioração das expectativas quanto à inflação. O boletim Focus mostrou que a projeção para o IPCA em 2016 subiu de 5,94% para 6,05% e, para 2015 de 9,53% para 9,70%. Já a estimativa de retração do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,85% para 2,97% neste ano e, no ano que vem, de 1% para 1,20%.

Às 9h28, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,67%, ante 15,71% na máxima da sessão e 15,56% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 indicava 15,76%, ante 15,82% na máxima da sessão e 15,65% no ajuste de sexta-feira.

Em discurso, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, voltou a defender a alta na taxa de juros nos Estados Unidos, em discurso nesta terça-feira. Ele disse que dirigentes de bancos centrais devem fazer sua política baseada em fatores domésticos.

Também argumentou que a inflação fraca nos Estados Unidos deve-se a fatores transitórios e que o indicador irá atingir a meta do BC americano. Bullard não vota nas reuniões de política monetária.

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem levado autoridades de mercados emergentes a enfrentar crises repetitivas de volatilidade em suas moedas e de fluxos de capital, bem como a se preocuparem com as dívidas de seus países. Alguns formuladores de políticas, diante dessa incerteza, entregaram uma mensagem aos americanos, enquanto autoridades estavam reunidas na capital peruana para o encontro anual do Fundo Monetário Internacional: "Por favor, parem com a indecisão."

"Adiar o aumento não vai resolver a situação", disse Sukhdave Singh, vice-presidente do Banco Negara Malaysia. "Se o problema é que os mercados emergentes assumiram muitas dívidas, haverá um dia de ajuste de contas. Atrasar a alta da taxa de juros não necessariamente resolve esse problema."

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Os receios do Fed consumiram economias emergentes nos últimos dois anos, depois de um período de estímulo monetário sem precedentes. Mas muitas autoridades na reunião do FMI, que terminou domingo, disseram que preferem a certeza agora à agonia da espera.

"Neste ano, em comparação com um ano atrás, muitos presidentes de bancos centrais de mercados emergentes e alguns outros foram mais insistentes na ideia de o Fed simplesmente ir em frente. Não porque estavam interessados em ver as taxas de juros subirem, mas porque queriam reduzir o nível de incerteza", disse Tharman Shanmugaratnam, vice-premiê de Cingapura e ex-chefe do Comitê de Gestão do FMI.

Autoridades de mercados emergentes não foram as únicas a aconselharem o Fed a seguir em frente. Jens Weidmann, presidente do banco central da Alemanha, disse que a perspectiva de que os mercados emergentes serão prejudicados por uma saída de capital induzida não é uma razão para adiar a elevação da taxa, que é justificada por dados. O aumento dos juros americanos "seria a reação a uma economia melhor e uma boa notícia para o mundo", disse ele.

Autoridades do Fed, depois de anos de apelos para adiar a elevação da taxa, dizem que estão agindo com cautela. "Tem ficado claro, a partir das conversas nesta reunião, que muitas autoridades de mercados emergentes e de outros países se sentem suficientemente prevenidas e preparadas a ponto de pedirem que elevemos a taxa", disse o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, em Lima, neste domingo. "No entanto, temos de estar cientes dos riscos à frente", disse.

Fischer disse não esperar que acontecimentos internacionais prejudiquem a economia americana o suficiente para alterar os planos do banco central.

Muitos representantes de bancos centrais de países emergentes disseram que fizeram tudo ao seu alcance para se preparar para a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos. Eles deixaram suas moedas flutuarem, indicando a disposição de absorver uma inflação mais elevada em troca de exportações mais baratas. Eles também acumularam reservas em moeda estrangeira para absorver o choque da fuga de capital. E muitos estabeleceram metas de inflação para tranquilizar os investidores.

Esse preparo, contudo, não vai protegê-los de oscilações nas suas moedas, com o fluxo determinando o preço do dólar e o nível de inflação nos mercados emergentes. Para aqueles banqueiros que perseguem uma taxa de inflação, podem ser necessárias decisões difíceis, como o aumento das taxas de juros, mesmo diante de economias em desaceleração.

Nem todo mundo está ansioso para essa decisão do Fed. Os defensores de uma maior demora do banco central americano na elevação dos juros têm um importante aliado dos EUA no FMI, que alega que a economia global ainda está muito fraca para resistir a um aumento da taxa neste ano. O aperto monetário a ser promovido pelo Fed pode estimular uma onda de defaults corporativos envolvendo empresas tomadoras de dinheiro em dólares, diante dos custos de dívida mais elevados, diz o FMI.

Muitos economistas estavam confiantes de que o Fed iria elevar a taxa em setembro, com base no fortalecimento da economia americana. Mas a desvalorização do yuan chinês e a turbulência no mercado acionário do país asiático levantou a hipótese de uma desaceleração mais profunda do que a esperada.

Desde então, os dados econômicos fracos nos EUA e o crescimento mundial a um ritmo mais lento do que esperado alteraram perspectivas e pesaram sobre mercados emergentes.

Um fator atenuante para mercados emergentes é que as autoridades norte-americanas foram claras sobre suas intenções de aumentar as taxas. Esse aviso tem dado tempo para que investidores e banqueiros movimentem seu capital de modo a se prepararem.

Porém, nem mesmo a comunicação mais clara pode proteger totalmente mercados emergentes. "Ninguém pode dizer que foi pego de surpresa", disse Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.

Qualquer um que busca uma certeza depois de o Fed elevar a taxa vai se decepcionar, disse Lesetja Kganyago, chefe do Banco Central da África do Sul. "O primeiro aumento da taxa do Fed só vai levar à incerteza sobre os movimentos subsequentes", disse.

"A incerteza parece ser uma característica permanente agora", ele acrescentou. "A volatilidade tornou-se a ordem do dia."

Autoridades dizem que estão observando cada palavra de representantes da maior economia do mundo.

"Todos falaram de setembro. Depois, passaram a falar de dezembro", disse o chefe do Banco Central do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos. "Neste momento, aqui, depois desta reunião, todos estão falando de janeiro."

Como você se prepara diante dessa perspectiva incerta? "Acho que é preciso ser inteligente, sábio e saber dos seus limites", disse.

Os juros futuros sustentam viés de alta desde a abertura, diante da percepção de maior deterioração do cenário político, após a rejeição das contas da gestão da presidente Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Às 9h37 desta quinta-feira (8), o DI para janeiro de 2017, o mais negociado, tinha taxa de 15,57%, na máxima, de 15,48% no ajuste de ontem.

Além disso, há preocupações com o andamento da ação pela impugnação da chapa de Dilma com o vice-presidente Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também houve novo adiamento da votação dos vetos presidenciais no Congresso.

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Mais cedo, o dólar chegou a cair ante o real, reduzindo a pressão de alta das taxas futuras, mas depois as taxas renovaram as máximas ao mesmo tempo em que os juros dos Treasuries reduziam perdas após o dado de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana passada, para 263 mil, de expectativa de 273 mil. Os pedidos da semana anterior foram revisados de 277 mil para 276 mil.

A alta das taxas de juros no mercado futuro perdeu força, depois de abrirem em alta nesta terça-feira (6), em relação ao ajuste de segunda-feira (5). Os preços acompanham a desaceleração da alta do dólar à vista em relação ao real.

A moeda americana perdeu força ante a divisa doméstica depois de a diretora-gerente da Moody's Latin America, Susan Knapp, afirmar que as forças subjacentes do Brasil ainda são suficientes para manter o grau de investimento, apesar de as dinâmicas atuais de crescimento serem piores do que a agência antecipava. A declaração foi dada na 17ª Conferência Anual da Moody's, em São Paulo.

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A apreensão dos agentes econômicos em relação à pauta política persiste. No mercado, prepondera cautela antes da votação dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional no fim desta manhã. Além disso, o TSE retoma nesta terça, no início da noite, o julgamento de ação do PSDB que pede a impugnação das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, de 2014.

Às 9h49, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,44%, ante 15,40% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2018 estava em 15,58%, ante 15,53% no ajuste de segunda. E o DI para janeiro de 2021 marcava 15,33%, ante 15,26% no ajuste da véspera. Apesar da alta em relação ao ajuste de segunda, todas essas taxas estão mais baixas do que o observado logo na abertura.

Em tempo: Os Estados Unidos divulgaram que o déficit comercial em agosto subiu para US$ 48,33 bilhões. A previsão dos analistas era US$ -48,5 bilhões. Logo após a divulgação, os índices futuros das bolsas de Nova York ampliaram levemente as quedas após a notícia de que o déficit comercial dos EUA aumentou para US$ 48,33 bilhões em agosto, de US$ 41,81 bilhões em julho. As exportações diminuíram para o nível mais baixo desde outubro de 2012.

No mercado de juros futuros, as taxas ensaiaram uma queda no começo da sessão, mas na metade da manhã desta segunda-feira (5) exibiam leve viés positivo, renovando máximas em sintonia com a desaceleração do movimento de baixa do dólar. A alta também se apoia na cautela com o cenário político. O volume de negócios, contudo, é bastante reduzido. Às 9h28, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,46%, ante 15,45% no ajuste de sexta-feira, 2. O DI para janeiro de 2021, 15,24%, de 15,20%.

As projeções para a inflação ganharam mais pressão com o aumento de 6% do preço da gasolina e de 4% do óleo diesel. A mediana das estimativas na pesquisa Focus, divulgada nesta segunda pelo Banco Central, passou de 9,46% para 9,53% no fim de 2015.

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Para 2016, a mediana apresentou a nona elevação consecutiva, passando de 5,87% para 5,94%. A perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,80% para 2,85%. Para 2016, a mediana foi mantida em -1,00%. Por outro lado, o mercado financeiro manteve as projeções para a Selic em 14,25% ao ano no fim de 2015 e 13,63% ao ano no fim de 2016.

Nesta segunda, os investidores processam a notícia de que o governo pede o afastamento do relator do processo que julga as contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU).

O ministro antecipou no fim da semana passada seu voto, sugerindo a rejeição das contas de Dilma, o que, se acompanhado pelos demais ministros, abriria espaço para a abertura de um processo de impeachment da presidente. O julgamento está marcado para quarta-feira, 7.

Os juros futuros terminaram a sessão desta quarta-feira (30)em baixa, influenciados pelo dólar e em meio a um ambiente político mais tranquilo. A leitura dos agentes é a de que o arranjo político que está sendo costurado pelo governo, com a entrega de sete ministérios do PMDB e a possibilidade de o ministro Aloizio Mercadante deixar a Casa Civil, favorece a governabilidade. E isso pode contribuir para a execução do ajuste fiscal.

No encerramento da sessão regular, o contrato para janeiro de 2016 terminou a 14,615%, de 14,795% no ajuste da véspera. O contrato para janeiro de 2017 encerrou a 15,60%, de 15,90%, o de janeiro de 2019 acabou a 15,82%, a 16,25%, e o janeiro de 2021 ficou em 15,60%, de 16,10%.

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Os agentes trabalharam nesta quarta com a perspectiva de que Mercadante será substituído na Casa Civil e a escolha seria pelo petista Jacques Wagner. Se confirmada, essa troca é vista com bons olhos pelo mercado, uma vez que Mercadante é considerado uma peça que está desgastando o relacionamento do governo com o Congresso. Sem contar sua participação na peça orçamentária deficitária enviada aos parlamentares e que antecipou a perda do grau de investimento pela Standard & Poor's.

Vale destacar ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem cabe aceitar os não os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma, é um dos principais críticos de Mercadante. E a ordem, agora, é agradar ao PMDB. Vale ressaltar, no entanto, que um dos temas mais aguardados para hoje, a apreciação dos vetos da presidente Dilma, ainda não aconteceu no Congresso por causa de uma manobra de Cunha. Dilma pretende anunciar as mudanças ministeriais provavelmente na quinta-feira, 1º, já tendo em mãos o resultado da votação da quarta. Se ocorrer a sessão do Congresso.

Mais cedo, o Banco Central divulgou o resultado do setor público consolidado, que confirmou os dados melhores do que os previstos já vistos na véspera no Governo Central. O déficit primário de agosto ficou em R$ 7,310 bilhões, ante recuo de R$ 10,019 bilhões de julho. Os dados foram apenas monitorados já que eram esperados após o resultado do Governo Central.

O comportamento dos juros futuros seguem de perto a volatilidade do dólar à vista nesta terça-feira, 29. Alguns dos principais vencimentos abriram em queda e passaram a subir. Uma das exceções é o contrato para 2021, ainda em baixa. A oscilação da moeda americana reflete a disputa antecipada em torno da taxa Ptax.

Às 9h28, o DI para janeiro de 2017 estava en 16,23%, ante 16,15% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 16,58%, ante 16,61% no ajuste de segunda-feira, 28. E o DI para janeiro de 2021 estava em 16,35%, ante 16,42% no ajuste também da véspera.

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Nesta terça-feira, a FGV surpreendeu até o analista mais pessimista ao divulgar que o IGP-M de setembro ficou em 0,95%. O resultado superou o teto das estimativas captadas pelo AE Projeções, que iam de 0,71% a 0,91%.

O IBGE trouxe outra notícia nada positiva. A PNAD Contínua apontou que a taxa de desemprego ficou em 8,6% no trimestre até julho. É a maior da série iniciada em 2012. A população desocupada subiu 26,6% entre maio e julho em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar da deterioração do mercado de trabalho, a renda média real no País subiu 2% no trimestre até julho ante igual período de 2014.

As taxas no mercado futuro de juros estão em alta nesta terça-feira, 1. O movimento é uma reação à aversão ao risco no exterior - com os dados frustrantes da China - e à deterioração fiscal evidenciada na proposta orçamentária entregue ontem pelo governo Dilma ao Congresso. O avanço do dólar ante o real, intensificado nos últimos minutos, também influencia o comportamento altista dos DIs nesta terça-feira.

O setor industrial da China registrou, em agosto, uma queda maior que a prevista pelos analistas e que indica contração da atividade, segundo o índice dos gerentes de compra (PMI) oficial. Os PMIs da Índia e da Rússia também caíram consideravelmente no mês passado. Com isso, as bolsas da Europa amargam o sinal negativo, assim como os índices futuros em Nova York.

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Às 9h30, o DI para janeiro de 2016 tem taxa de 14,285%, sendo que na abertura estava em 14,320%, ante 14,305% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 tem taxa de 14,16%, ante 14,22% na abertura e 14,12% no ajuste de ontem.

Em tempo: O Conselho Estatal, o gabinete da China, afirmou que estabelecerá um fundo nacional de 60 bilhões de yuans (US$ 9,43 bilhões) para apoiar o desenvolvimento de empresas pequenas e médias. O anúncio é realizado no momento em que as companhias do país enfrentam dificuldades, diante da desaceleração econômica nacional.

O gabinete disse em comunicado que o governo central contribuirá com 15 bilhões de yuans para o novo fundo. O restante do investimento virá de empresas estatais, governos locais, instituições financeiras e companhias privadas.

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A curva longa de juros devolveu prêmios, levando as taxas a encerrarem em queda, enquanto os contratos de curto e médio prazos fecharam perto dos ajustes anteriores, após terem recuado na sessão de ontem.

Os vencimentos longos foram conduzidos pelo dólar em baixa e pelos juros dos Treasuries em queda. Já a moeda americana recuou em razão de uma realização de lucros pelos investidores, após subir por três sessões consecutivas. As taxas futuras também reagiram à informação, apurada pelo Broadcast, de que o governo deve fazer um corte adicional do orçamento deste ano para acomodar a perda de arrecadação e tentar manter a meta de superávit primário das contas do setor público.

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Ao término da sessão regular, o DI janeiro de 2016 marcava 13,99%, estável ante o ajuste de ontem. Também fechou igual ao ajuste anterior o DI janeiro de 2017, em 13,33%. O DI janeiro de 2021 caiu a 12,35%, de 12,52%. Nos Treasuries, a T-Note de dez anos projetava 2,341%, de 2,372% no final da tarde de ontem. O dólar à vista no balcão fechou em baixa de 0,97%, a R$ 3,1680.

Os juros futuros iniciaram a semana em baixa, em linha com o movimento do câmbio. O dólar, por sua vez, fechou em queda pela segunda sessão consecutiva, acumulando, ante o real, desvalorização de 4,37% neste período, nos negócios de balcão. O desempenho foi determinado pelo exterior, onde a moeda norte-americana perdeu valor de forma generalizada, afetada pelas apostas de que o Federal Reserve deverá subir o juro nos EUA somente no segundo semestre.

Ao término da sessão regular desta segunda-feira (23), o DI para janeiro de 2016 (114.190 contratos) estava em 13,60%, de 13,69% no ajuste de sexta-feira. Com 209.135 contratos, o DI para janeiro de 2017 fechou em 13,45%, de 13,55% na última sessão. O DI para janeiro de 2021 marcava 12,99%, de 13,10% na sexta-feira, com 64.640 contratos. Na curva a termo, as apostas para uma aceleração da alta da Selic para 0,75 ponto porcentual continuaram a perder força. O dólar à vista no balcão encerrou em R$ 3,1510 (-2,66%), o menor patamar desde o último dia 11 (R$ 3,1250).

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Além de o volume de contratos negociados às segundas-feiras normalmente ser mais restrito, a agenda dos próximos dias também colocou o investidor em compasso de espera, principalmente pela divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira, e do PIB do quarto trimestre de 2014, na sexta.

Como pano de fundo, o mercado continua acompanhando atentamente o noticiário da crise política e os sinais de apaziguamento também contribuem para o ajuste de baixa. Neste sentido, vale destacar a informação apurada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado de que a presidente Dilma Rousseff colocou em prática o isolamento do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da articulação política do governo, uma vez que foi visto como inábil para lidar com a base aliada no Congresso.

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, reclamou das taxas cobradas nos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas. De acordo com Gabas, a taxa, em média em 2,14% ao mês, é menor do que no passado, mas poderia cair mais. "Eu acho que ainda está alta, pode abaixar mais", disse. "Tem gente enganando os velhinhos", complementou.

O ministro falou durante a abertura da 2ª Semana Nacional de Educação Financeira, organizada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), formado por ministérios, Banco Central e entidades como Susep e CVM.

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Gabas defendeu a necessidade de a população brasileira poupar mais, o que, segundo ele, só será alcançado com mais educação financeira e previdenciária. "As pessoas no Brasil não são educadas para isso. Se pegarmos países mais antigos, a taxa de poupança é altíssima", afirmou. "Isso não tem nada a ver com o ajuste fiscal, não combinei com o Joaquim Levy", brincou.

O ministro disse ainda que é preciso discutir com a população a sustentabilidade da previdência social e colocar a preocupação "na cabeça das pessoas".

Gabas lembrou que o momento é de transição demográfica. " A sociedade brasileira está envelhecendo e isso é bom", afirmou.

As taxas dos contratos futuros de juros deram continuidade nesta sexta-feira (20) à trajetória vista recentemente. Ela subiram e, mesmo em uma semana encurtada pelo Carnaval, voltaram a mostrar importante acúmulo de prêmios, resultado das incertezas domésticas e internacionais.

Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 estava em 12,455%, de 12,431% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 apontava 13,25%, de 13,21% ontem. O DI para janeiro de 2017 mostrava 13,22%, de 13,13% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 indicava 12,83%, de 12,75% na véspera.

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Lá fora, destaque para as negociações entre autoridades da Grécia e do grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) em torno do resgate do país europeu. O desencontro em declarações antes da reunião marcada para as 13h30 (horário de Brasília) acabou adicionando tensão aos negócios, em meio às incertezas sobre a permanência ou não da Grécia na zona do euro.

À tarde, aliás, surgiu a notícia de que o governo grego enviou acidentalmente uma carta "errada" a Bruxelas ontem, sendo que a versão "correta" teria um perfil mais de acordo com o que se espera do país para renovação do programa de empréstimo.

Perto do fechamento da sessão regular no Brasil, surgiram notícias de que os desembolsos à Grécia seriam condicionados a reformas e que a ajuda ao país seria estendida por quatro meses. As taxas futuras, no entanto, não esboçaram reação às primeiras notícias vindas da reunião do Eurogrupo.

O avanço mais intenso dos juros longos, no Brasil, esteve ligado à cautela com o cenário doméstico, mas também à desmontagem de posição por parte de um grande player. Esse quadro, somado ao exterior, fez com que, nos três pregões desta semana, houvesse um novo movimento de alta dos juros, especialmente nos intermediários e longos.

O dólar, em sintonia com o movimento dos juros e com o exterior, chegou a subir para acima dos R$ 2,88 durante o dia, para depois encerrar em alta de 0,24% no balcão, aos R$ 2,8720.

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