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Os juros futuros recuam após a abertura desta quinta-feira (15) em sintonia com o dólar e refletindo a melhora do exterior instantes atrás especialmente o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hua Chunying disse esperar que os EUA "acompanhem o lado chinês e implementem o consenso" comercial alcançado pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping durante a reunião do G-20 em Osaka, no Japão.

Às 9h08, a taxa do contrato interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 exibia 5,44%, de 5,45%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava 6,42%, de 6,47% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 exibia 6,91%, de 6,95% no ajuste anterior.

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Os juros futuros oscilam ao redor da estabilidade, ora em queda ora em alta, nesta quarta-feira (18). Os investidores precificam a manutenção do veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário na terça-feira (17) no Congresso. A queda do dólar também favorece um viés de baixa. No exterior, predomina a cautela diante de uma operação da polícia francesa contra terroristas em Paris e antes da ata do Federal Reserve, que sai às 17 horas.

Internamente, no Congresso , ainda há vetos a serem apreciados nesta quarta, já que a sessão de terça foi interrompida pela diminuição do quórum, comandada por oposicionistas, depois que a negativa ao aumento do Judiciário passou e com a aprovação apenas de deputados. Senadores só votariam se eles derrubassem o veto, pelo regimento.

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O IBC-Br caiu 0,50% em setembro ante agosto, a quarta consecutiva na margem, na série com ajuste. O resultado negativo ficou exatamente no mesmo porcentual da mediana das estimativas apuradas pelo AE Projeções. Elas iam de -1,20% a -0,03%. Na comparação entre os meses de setembro de 2015 e de 2014, houve diminuição de 6,18% também na série sem ajustes sazonais. A mediana era -6,10%.

Às 9h45, o DI para janeiro de 2017 indicava 15,53%, ante 15,52%no ajuste da véspera e o DI para janeiro de 2021, 15,57%, de 15,59%.

Os juros futuros subiram com força, refletindo o comportamento do dólar, o temor com o quadro político doméstico e a cautela no exterior. Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, os principais contratos estavam nas máximas: o DI janeiro de 2016 projetava 14,23%, de 14,19% no ajuste de sexta-feira; o DI janeiro de 2017 fechou em 13,60%, de 13,43%, e o DI janeiro de 2021 encerrou em 12,99%, de 12,79% no ajuste. O sinal era inverso ao do juro da T-Note de dez anos, que estava em 2,145%, de 2,188% no final da tarde de sexta-feira. O dólar à vista encerrou em R$ 3,4510 (+1,00%).

A semana em que o Congresso Nacional retorna do recesso sob a pressão de votar as medidas de ajuste fiscal começou já com a notícia da prisão do ex-ministro José Dirceu, dentro da Operação Lava Jato, o que agravou a percepção de risco político. Lá fora, dados decepcionantes da economia da China, dúvidas sobre o início do processo de aperto monetário nos EUA e o tombo dos preços do petróleo afetaram os negócios.

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Antes da abertura, os investidores já estavam na retranca por causa dos números divulgados na China ontem à noite - entre eles a queda do índice de atividade dos gerentes de compras do setor industrial para 47,8 na leitura final de julho, ante 49,4 em junho, em medição feita pela Caixin Media (antes HSBC). É o menor nível em dois anos e o quinto mês seguido abaixo da marca de 50,0, que indica contração da atividade.

Enquanto isso, no Brasil, a tensão com a volta do Congresso nos próximos dias recebeu o reforço da notícia da prisão de Dirceu na Lava Jato, uma vez que os desdobramentos podem complicar ainda mais a governabilidade da presidente Dilma e o processo de ajuste da economia. Dirceu está sob investigação por suposto recebimento de propinas disfarçadas na forma de consultorias, por meio de sua empresa JD assessoria, já desativada. A força-tarefa da Operação informou ter convicção que o ex-ministro da Casa Civil ajudou a instalar o esquema de corrupção na Petrobras e prosseguiu na atividade ilícita após o processo do mensalão, no qual foi condenado.

Os números mais recentes do Datafolha mostraram o que boa parte do mercado financeiro desconfiava: com Marina Silva (PSB) na disputa, a possibilidade de segundo turno na corrida presidencial é maior. A pesquisa, divulgada hoje, trouxe um viés de baixa para as taxas dos contratos futuros de juros.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2015 (28.895 contratos) estava em 10,81%, na mínima, ante 10,82% do ajuste de sexta-feira. Já a taxa do DI para janeiro de 2016 (221.705 contratos) marcava 11,25%, ante 11,32%. O contrato para janeiro de 2017 (258.440 contratos) tinha taxa de 11,37%, na mínima, ante 11,45% no ajuste. O DI para janeiro de 2021 (77.960 contratos) tinha taxa de 11,52%, ante 11,63%.

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O viés de baixa para os juros futuros foi visto desde o início da sessão, após o Datafolha informar que a provável candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, teria chances de vencer a presidente Dilma Roussef em um eventual segundo turno na disputa presidencial. O levantamento apontou que Marina largaria na disputa com 21% das intenções de voto, ante 20% do candidato do PSDB, Aécio Neves, enquanto Dilma lidera com 36%. Já num segundo turno, a ex-senadora venceria Dilma, já que tem 47% das intenções, contra 43% da presidente. No geral, agradou o fato de que, com Marina, as chances de segundo turno são maiores.

O movimento dos juros no Brasil ocorreu a despeito de, em Nova York, os yields dos Treasuries avançarem, em um ambiente de menores tensões geopolíticas. Às 16h15 (horário de brasília), a taxa do T-note de 10 anos estava em 2,386%, ante 2,344% da sexta-feira, enquanto o T-bond de 30 anos subia a 3,196%, ante 3,134%.

No Brasil, o relatório Focus do Banco Central mostrou que o mercado espera um Produto Interno Bruto (PIB) menor em 2014. A projeção mediana passou de +0,81% para +0,79%. Para 2015, seguiu em +1,20%. Já a previsão para a Selic em 2014 permaneceu em 11,00% e, em 2015, foi de 12,00% para 11,75%.

O dólar também contribuía para o recuo dos juros futuros no Brasil, embora a moeda americana tenha oscilado em margens estreitas durante todo o dia. No fim, o dólar no balcão cedeu 0,27%, para R$ 2,2580. No mercado futuro, o dólar para setembro caía 0,04%, aos R$ 2,2680.

Mesmo em dia de divulgação do indicador oficial de inflação, o comportamento dos juros futuros nesta sexta-feira (8) foi determinado pelo dólar. E a moeda norte-americana registrou uma sessão extremamente volátil. No fim, uma grande internalização de recursos, atribuída à Petrobras, pode ter sido fundamental para a queda do dólar, que ajudou os juros a recuarem.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (84.960 contratos) marcava 10,85%, exatamente no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (227.025 contratos) apontava 11,41%, de 11,50% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (496.465 contratos) indicava 11,66%, contra 11,80%. E o DI para janeiro de 2021 (92.015 contratos) mostrava 11,87%, de 11,97%.

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta 0,01%, ante uma variação de 0,40% em junho, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,03% a 0,17%, com mediana de 0,09%. No ano, o IPCA acumulou uma alta de 3,76%. Em 12 meses, a taxa ficou em 6,50%, no teto da meta estipulada pelo governo.

Após terem subido bastante nos últimos dias, as taxas futuras tinham espaço para cair, mas a alta do dólar durante boa parte da manhã segurou esse movimento. Foi só perto do início da tarde, quando traders observaram a entrada de US$ 1,5 bilhão relacionados à Petrobras, que o dólar se firmou no território negativo, permitindo também a retração dos juros.

Hoje, a FGV revelou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,16% na primeira quadrissemana de agosto, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,06 ponto porcentual acima do registrado na quarta leitura de julho, quando o indicador apresentou alta de 0,10%. O dado de hoje interrompe uma sequência de 11 leituras consecutivas de desaceleração.

Já o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou hoje que a transferência do câmbio para a inflação está muito baixa no Brasil. "Essa relação não é direta e linear, e não necessariamente imediata", disse, acrescentando que não há clareza ou precisão sobre a relação entre o câmbio e a inflação.

Com o dólar em queda nesta quarta-feira (6) os juros futuros aproveitaram para corrigir a forte alta da véspera, que havia sido estimulada pelo desencadeamento de ordens de stop-loss, em meio à tensão com a Ucrânia. A deflação no índice de commodities do Banco Central e a expectativa com o IPCA, na sexta-feira, 8, também estiveram no radar dos investidores.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (142.670 contratos) tinha taxa de 10,85%, ante 10,87% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (246.825 contratos) apontava 11,42%, de 11,54% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 (406.275 contratos) indicava 11,71%, de 11,86%. E o DI para janeiro de 2021 (77.215 contratos) mostrava 11,90%, de 12,07%. A retração nos yields dos Treasuries também ajudou nesse movimento, com o juro da T-note de 10 anos caindo a 2,471% por volta das 16h30, de 2,482% no fim da tarde de ontem.

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Na agenda econômica, o indicador de maior relevância foi a produção de veículos divulgada pela Anfavea. A fabricação de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 252.635 unidades em julho, alta de 17,0% ante junho e recuo de 20,5% ante julho de 2013. Com o resultado, a produção de veículos acumula queda de 17,4% nos sete primeiros meses de 2014 ante igual período de 2013. Já as vendas totais atingiram 294.768 unidades em julho, com alta de 11,8% na comparação com o mês anterior. No acumulado de janeiro a julho deste ano, os emplacamentos chegaram a 1.957.688 unidades, baixa de 8,6%, na mesma base de comparação.

Já o IC-Br, o índice de commodities do BC, registrou queda de 1,85% no mês passado na comparação com junho, passando de 142,97 pontos para 140,32 pontos. Na sexta-feira, será divulgado o IPCA de julho. Levantamento parcial feito pelo AE Projeções aponta que as estimativas são de uma forte desaceleração ante a taxa efetiva de 0,40% verificada em junho, embora ninguém preveja deflação ou mesmo estabilidade.

As taxas futuras de juros terminaram esta terça-feira (15) entre a estabilidade e leve alta, com as atenções divididas entre o câmbio e os yields dos Treasuries, e registraram melhora no volume negociado em relação à véspera. Diante da agenda de indicadores esvaziada e do consenso em torno da decisão do Copom nesta quarta-feira (16) - a expectativa de estabilidade da Selic em 11,00% está amplamente precificada na curva a termo -, o mercado buscou referência em outros ativos para se guiar.

No término da sessão, o DI janeiro de 2016 fechou em 11,10%, de 11,09% no ajuste anterior, e giro de 142.380 contratos. O DI janeiro de 2017 ficou em 11,41%, ante 11,40% no ajuste de ontem, com 226.350 contratos, e o DI janeiro de 2021 encerrou em 11,85%, de 11,87% ontem, e 25.590 contratos. Nos curtos, DI janeiro de 2015 ficou estável em 10,77% (111.490 contratos).

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Após começar o dia ao redor dos ajustes anteriores, ainda pela manhã os juros passaram a subir e bater as máximas na medida em que as taxas dos Treasuries, sobretudo a T-Note de dez anos, reagiam também em alta ao depoimento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, ao Senado dos EUA. À tarde, contudo os juros dos títulos norte-americanos inverteram o sinal e passaram a cair. Com isso, as taxas futuras aqui devolveram o aumento, mas não chegaram a ter queda firme limitadas pelo dólar em alta. No balcão, o dólar encerrou com alta de 0,41%, cotado em R$ 2,2220.

Na leitura dos investidores, Yellen indicou que a taxa dos Fed Funds poderia subir antes do que o mercado espera, ao fazer referências ao comportamento do mercado de trabalho. Ela reafirmou, porém, que a alteração na política de juro acomodatícia do Fed está ligada principalmente à recuperação do mercado de trabalho. "Se o mercado de trabalho continuar a melhorar mais rapidamente do que o antecipado pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), resultando em uma convergência mais rápida no sentido de nosso mandato duplo, então o aumento dos Fed funds poderia ocorrer mais rápido do que o esperado", afirmou.

Com isso, as chances de uma elevação das taxas na reunião de junho de 2015 avançaram para 50%, de 44% ontem, segundo a provedora de dados CME Group. Contudo, Yellen disse não haver uma fórmula ou resposta automática para o momento da primeira elevação dos juros, mas apontou que a maioria dos membros do Fomc espera que isso ocorra em 2015 e que os Fed funds terminem o próximo ano próximos de 1%.

De forma geral, o mercado continua em busca de uma bússola que possa ditar uma tendência mais firme, uma vez que a expectativa é que a política monetária doméstica siga na mesma nos próximos meses. Além de aguardar a divulgação das próximas pesquisas eleitorais, que devem captar o efeito da Copa sobre as intenções de voto, também poderá dar algum norte para as taxas o resultado das vendas do varejo de maio que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga amanhã. As expectativas são de um número fraco, que pode acender a luz amarela para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.

Os juros futuros fecharam o dia em queda, a uma semana da próxima reunião do Copom. O movimento teve início logo após a abertura, na esteira da divulgação do IPCA-15 confirmando a desaceleração da inflação em maio. À tarde, a geração líquida de empregos em abril, a pior em 15 anos para o mês, reforçou essa visão de que a atividade econômica segue enfraquecida no segundo trimestre, praticamente consolidando as apostas de que o Banco Central não deve mexer na Selic na reunião da próxima quarta-feira.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para julho de 2014 (3.530 contratos) terminou com taxa de 10,837%, ante 10,839% ontem; o DI para janeiro de 2015 (127.755 contratos) tinha taxa de 10,92%, ante 10,94% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2017 (255.510 contratos) projetava taxa de 11,91%, ante 12,01% na véspera, e o DI para janeiro de 2021 (47.440 contratos) tinha taxa de 12,21%, ante 12,32% na terça-feira.

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Durante a primeira parte da sessão, as taxas de juros futuras operaram em baixa pela perspectiva de inflação menos pressionada. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,58% em maio, após avançar 0,78% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro (0,45% e 0,62%), mas acima da mediana de 0,55%.

À tarde, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou que o saldo da geração de empregos formais em abril deste ano foi de 105.384 vagas, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o pior número para meses de abril em 15 anos e ficou abaixo do piso do intervalo das previsões dos economistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que ia de +130 mil a +208 mil vagas.

Hoje também foi conhecida a aguardada ata do Federal Reserve, mas o documento trouxe pouca novidade e o mercado mostrou reação discreta num primeiro momento. Os juros dos Treasuries chegaram a avançar, mas de maneira modesta, da casa de 2,54% para a de 2,55%, no contrato de 10 anos, recuando em seguida, enquanto as bolsas em Nova York ampliaram ligeiramente os ganhos da manhã.

De acordo com a ata do Fed, os membros da instituição voltaram sua atenção para as questões de longo prazo durante a reunião de política monetária realizada em abril, embora tenham concluído que a perspectiva de uma melhora gradual da economia não mudou muito nas semanas anteriores e que não haverá nenhuma mudança na política da instituição.

Os membros do Fed discutiram sobre economia dos EUA, que está melhorando lentamente, e um eventual aperto da política monetária, mas não mostraram planos para aumentar as taxas de juros em breve.

As taxas dos juros futuras na ponta mais longa da curva fecharam a sessão desta terça-feira (20) perto da estabilidade, após reduzirem a alta à tarde, influenciadas pelas mínimas registradas pelos juros dos Treasuries. Já as taxas mais curtas terminaram com viés de baixa, refletindo o resultado da coleta diária do IPCA da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a cautela antes da divulgação do IPCA-15, amanhã.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para julho de 2014 (73.845 contratos) terminou com taxa de 10,839%, na mínima, ante 10,849% ontem; o DI para janeiro de 2015 (137.165 contratos) tinha taxa de 10,94%, ante 10,95% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2017 (232.505 contratos) projetava taxa de 12,01%, ante 12,00% na véspera, e o DI para janeiro de 2021 (44.090 contratos)tinha taxa de 12,32%, ante 12,31% na segunda-feira.

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Durante a primeira parte da sessão, as taxas de juros futuras operaram em alta, à medida que a agenda fraca de indicadores domésticos abriu espaço para uma recuperação depois das perdas impulsionadas ontem pela segunda prévia de maio do IGP-M. As taxas com vencimento mais longo tiveram um desempenho melhor, beneficiadas pela alta do dólar.

Profissionais do mercado disseram que o leilão de títulos públicos também ajudou a sustentar o avanço das taxas futuras, com os investidores "travando" as operações com os papéis a serem ofertados pelo Tesouro Nacional, a fim de garantir remuneração. No leilão de NTN-B, o Tesouro vendeu a integralidade da oferta de 1 milhão de títulos, sendo 500 mil para o Grupo 1 e outros 500 mil para o Grupo 2. O volume financeiro da operação totalizou cerca de R$ 2,4 bilhões.

No período da tarde, as taxas reduziram os ganhos, refletindo a cautela antes da divulgação do IPCA-15 amanhã e a aceleração das perdas dos juros dos Treasuries com um discurso de um membro do Federal Reserve (Fed). Segundo levantamento do AE Projeções com 56 instituições, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de maio deve registrar uma alta de 0,45% a 0,62%, menos intensa que a de abril (0,78%). A mediana das projeções aponta alta de 0,55%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o indicador às 9 horas.

Nos EUA, os juros dos Treasuries, que já apresentavam tendência de queda, aceleraram as perdas e renovaram mínimas consecutivas na sessão, após declarações do presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley. O dirigente disse prever algum tempo entre o fim do programa de estímulo e o começo da elevação de juros pelo BC dos EUA. Além disso, para Dudley, o ciclo de aperto da política monetária deverá ser lento e gradual. Às 16h45 (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos recuava a 0,335% e o da T-note de 10 anos caía a 2,511%.

As taxas de juros futuras fecharam a sessão desta segunda-feira (19), em leve queda, pressionadas pela segunda prévia de maio do IGP-M, que mostrou deflação, e pelo recuo do dólar ante o real. Os números fracos da inflação reforçaram as expectativas de que o Banco Central manterá a Selic em 11% na sua próxima reunião.

O mercado de juros futuros operou com viés negativo desde o início da negociação, conduzido principalmente pela notícia de que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,04% na segunda prévia de maio, ante alta de 0,83% em igual leitura do mesmo indicador em abril. O resultado ficou no piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de -0,04% a +0,19% (mediana de +0,07%). Na primeira prévia deste mês, o IGP-M havia subido 0,06%, também perdendo força em relação à alta de 0,72%, na mesma base de comparação.

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A cautela dos investidores antes do resultado do IPCA-15, que será anunciado na quarta-feira, ajudou a limitar a queda dos juros. No entanto, o silêncio do Banco Central sobre a política monetária durante o seminário de Metas de Inflação, na semana passada, aliada à deflação do IGP-M, tem levado à formação de consenso em torno da estabilidade da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, como destaca reportagem publicada no Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Contribuíram ainda para este movimento os dados das vendas do varejo e do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), anunciados na semana passada, sugerindo uma fraqueza da economia além do esperado.

As apostas no mercado de manutenção da Selic estão agora em mais de 70%, contra pouco menos de 30% de que a autoridade anunciará mais uma elevação de 0,25 ponto porcentual da taxa de juros.

No fim da sessão regular do mercado de juros, a taxa do contrato para janeiro de 2014 (6.850 contratos) fechou em 10,849%, de 10,855% no ajuste anterior; a taxa do contrato para janeiro de 2015 (47.725 contratos) terminou em 10,95%, de 10,96%; o DI para janeiro de 2017 (91.700 contratos) projetava taxa de 12,00%, de 12,05%; o DI para janeiro de 2021 (10.025 contratos) tinha taxa de 12,31%, de 12,33% no ajuste de sexta-feira.

Os juros futuros fecharam em queda nesta terça-feira (13) devolvendo os ganhos registrados ontem. O movimento foi ajudado pela retração do dólar e pela queda nos yields dos Treasuries, em meio a um giro baixo nos DIs. Diante de uma agenda fraca aqui, os investidores aguardam novos dados sobre a atividade econômica que saem esta semana e o IPCA-15 de maio, na próxima semana.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (6.685 contratos) marcava 10,865%, de 10,864% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (196.770 contratos) apontava 10,99%, de 11,00%. Na ponta mais longa da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (116.060 contratos) indicava 12,14%, de 12,16%. E o DI para janeiro de 2021 (14.535 contratos) tinha taxa de 12,39%, de 12,42%. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos recuava para 2,612%, de 2,651%.

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Hoje, o diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, disse durante um evento organizado pela revista The Economist, em Paris, que os investidores externos têm percebido as diferenças entre os diversos países emergentes e os mais bem preparados, como o Brasil, têm se sobressaído e recebido mais recursos.

Sobre a evolução dos preços, Awazu afirmou que a inflação se mantém alta e resistente, refletindo a inércia dos preços de serviços e o realinhamento dos administrados. "O BC tem atuado para assegurar a convergência da inflação para a meta, em processo iniciado no começo de 2013", afirmou Awazu. "Não há dúvida de que a política é efetiva e parte significativa da resposta dos preços ao ciclo de aperto monetário ainda deve se materializar", completou. Ainda hoje, o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, discursa em evento da Câmara de Comércio Brasil-Grã-Bretanha, em Londres.

Participantes do mercado também apontam que a coleta diária de inflação, medida pela FGV no IPCA ponta, desacelerou para 0,73% ontem, de 0,87% na sábado. Em relação à situação fiscal, o governo voltou hoje atrás no aumento de tributos sobre bebidas frias, que aumentaria a arrecadação em R$ 1,5 bilhão. Além disso, o deputado Fernando Francischini, relator da MP 633, disse que pelo projeto em tramitação o Tesouro poderá aportar até R$ 30 bilhões no BNDES, ainda que o prazo não tenha sido definido.

Os juros futuros fecharam em queda nesta sexta-feira (9) em um dia de giro forte após a divulgação do IPCA de abril no piso das estimativas e com a primeira prévia do IGP-M de maio também abaixo do esperado. Com isso, agora há uma maioria no mercado que acredita em manutenção da Selic na reunião deste mês, embora ainda existam aqueles que aguardam dados de atividade e o IPCA-15 de maio para fechar suas apostas.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato do depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (150.395 contratos) tinha taxa de 10,853%, de 10,875% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (126.280 contratos) estava em 10,98%, de 11,02% no ajuste de ontem. Na ponta mais longa da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (226.685 contratos) projetava 12,12%, de 12,20% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (39.505 contratos) marcava máxima de 12,38%, de 12,41%. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos estava em 2,622%, de 2,612% no fim da tarde de ontem.

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,67%, ante uma variação de 0,92% em março, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,67% a 0,85%, com mediana de 0,80%. No ano, o IPCA acumulou uma alta de 2,86%. Em 12 meses, a taxa ficou em 6,28%, abaixo do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. Já a FGV informou que o IGP-M subiu apenas 0,06% na primeira prévia de maio, de +0,72% na mesma coleta de abril, um pouco abaixo do piso das estimativas, de 0,07%.

A queda dos juros só não foi maior em função da alta no yields dos Treasuries e da valorização do dólar. A divisa norte-americana tem ganhos generalizados no exterior, em função dos receios com a crise na Ucrânia, enquanto aqui os operadores locais aproveitam para recompor posições em dólar, após a moeda ter caído nas três sessões anteriores. O real, que vinha subindo também em função das especulações sobre a corrida eleitoral, hoje devolve parte dos ganhos após a pesquisa Datafolha confirmar queda de Dilma Rousseff e alta de Aécio Neves. Nesse cenário, aumentou a possibilidade de segundo turno.

Os juros futuros fecharam perto dos ajustes nesta quarta-feira (7), em uma dia de agenda carregada, apesar da pequena oscilação da taxas. A queda do dólar e a retração nos yields dos Treasuries durante boa parte da sessão ajudaram a manter conter uma elevação nos prêmios. Pela manhã, a forte desaceleração do IGP-DI de abril acabou sendo ofuscada por um repique no IPCA ponta na coleta diária da FGV, enquanto a produção industrial de março colaborou para a volatilidade.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (36.530 contratos) marcava 10,859%, de 10,851% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (54.105 contratos) tinha taxa de 10,98%, de 10,97% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (253.810 contratos) estava em 12,12%, de 12,11%. O vencimento para janeiro de 2021 (51.335 contratos) tinha taxa de 12,33%, de 12,32% antes. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos recuava para 2,590%, de 2,594% no fim da tarde de ontem.

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O dólar fechou em queda de 0,27% hoje, a R$ 2,2200 no mercado de balcão. Um discurso "dovish" da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, pressionou a divisa norte-americana. Ela disse que a situação do mercado de trabalho está longe de ser a ideal e que a política acomodatícia será justificável por um período considerável de tempo. Segundo ela, as compras mensais de bônus devem ser encerradas no outono (no Hemisfério Norte), ou seja, entre o fim de setembro e o fim de dezembro - isso se a economia continuar melhorando. Mesmo assim, ela expressou preocupação com a desaceleração do mercado imobiliário.

No noticiário nacional, a FGV revelou que o IGP-DI de abril desacelerou para 0,45%, após registra uma alta de 1,48% em março. O resultado ficou abaixo da mediana dos analistas ouvidos pelo AE projeções, de 0,63%. Já o IBGE informou que a produção industrial caiu 0,50% em março ante fevereiro. O resultado veio no teto das expectativas, que iam de queda de 0,50% a retração de 3,90%, o que resultou em mediana negativa de 2,50%.

As taxas de juros futuras terminaram a sessão desta terça-feira (6), em queda, conduzidas pelo declínio do dólar, sinais de desaceleração da inflação e especulações sobre o cenário eleitoral. A pesquisa eleitoral Datafolha deverá ser divulgada até o fim da semana e mercado prevê que o levantamento mostrará que as eleições presidenciais terão um segundo turno, como foi apontado pela sondagem do Sensus no último sábado (3). Essa expectativa estava entre os fatores que contribuíram para a queda do dólar ante o real hoje. O dólar à vista no balcão terminou o pregão com queda de 0,89%, a R$ 2,2270.

Entre os dados divulgados hoje, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) disse que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, encerrou o mês de abril com alta de 0,53%, ante avanço de 0,74% em março. Já o IPCA ponta, calculado diariamente pela Funda Getúlio Vargas (FGV), desacelerou de 0,96% na última sexta-feira para +0,82% ontem.

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Segundo analistas, as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante evento em São Paulo, não provocaram reações fortes na curva dos juros. Tombini, ressaltou que o "BC está aparelhado para manter a estabilidade monetária à frente", como já vem desempenhando. "Em havendo alguma ou outra distorção, vamos trabalhar para corrigi-la", destacou. Ele ressaltou que o BC está atuando desde abril do ano passado, num processo de alta de juros que já elevou a Selic em 375 pontos-base. Segundo ele, o BC tem visto "algum progresso" e a inflação deve continuar recuando.

"Ele repetiu declarações anteriores e não apresentou nenhum fato novo no curto prazo, o que ajudou a reforçar a leitura de que a autoridade monetária interromperá o ciclo de alta da taxa Selic", destacou Rogério Braga, da Qualitas Assets.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (56.985 contratos) estava em 10,97%, de 10,99% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2017 (191.355 contratos tinha taxa de 12,11%, de 12,24% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2021 (42.305 contratos) projetava taxa de 12,32%, de 12,52% ontem.

As taxas de juros futuras terminaram perto da estabilidade, após uma sessão marcada por uma agenda de indicadores pesada no Brasil e nos EUA. Indicadores norte-americanos, somados a resultados melhores das contas do governo central, provocaram queda das taxas de juros futuras no início do dia. No entanto, o aumento do IPCA, medida de inflação coletada diariamente pela FGV, e os números mais fracos das contas do setor público levaram as taxas a reduzirem as perdas mais tarde e operarem perto dos ajustes. Esse movimento se prolongou pelo resto da sessão, diante da falta de novos fatores para conduzir o mercado.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual sazonalmente ajustada de 0,1% no primeiro trimestre, segundo a primeira leitura do dado feita pelo Departamento do Comércio. A alta ficou muito abaixo da expansão prevista por analistas, de 1,1%. Também foi divulgado nesta quarta-feira, 30, o relatório da ADP sobre a criação de empregos no setor privado norte-americano, que mostrou a abertura de 220 mil vagas em abril. A previsão era de 210 mil. O número costuma sinalizar tendências para o relatório geral de emprego ("payroll"), que será divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Trabalho.

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No Brasil, um relatório mostrou que o superávit primário da Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central somou R$ 3,173 bilhões, ficando acima da mediana projetada, de R$ 1,2 bilhão, e situando-se perto do teto do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que ia de R$ 500 milhões a R$ 4 bilhões.

Em um comunicado separado, o BC afirmou que o setor público consolidado apresentou superávit primário de R$ 3,580 bilhões em março, dentro das estimativas dos analistas, que iam de zero a superávit primário de R$ 7 bilhões. Em fevereiro, o resultado havia sido positivo em R$ 2,130 bilhões. Em março do ano passado, houve superávit de R$ 3,500 bilhões.

Além disso, a coleta diária do IPCA apontou alta de 0,92% hoje, ante o aumento de 0,86% na segunda-feira. No mesmo período, o grupo Alimentação & Bebidas acelerou a alta para 1,80%, de 1,63%.

Por volta das 12h20, na BM&F Bovespa, o DI para julho de 2014 (75.485 contratos) tinha taxa de 10,862%, de 10,859% no ajuste de ontem; o vencimento para janeiro de 2015 (121.835 contratos) tinha taxa de 10,99%, de 11,01% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2017 (180.955 contratos) estava em 12,26%, de 12,28%, enquanto o DI para janeiro de 2021 (27.705 contratos) tinha taxa de 12,57%, igual ao ajuste de ontem.

Em meio a uma liquidez bastante restrita, nem mesmo os dados de inflação acima do previsto conseguiram garantir alguma tendência mais clara para os juros futuros, que terminaram perto da estabilidade. Pela manhã, chegaram a subir um pouco devido ao IGP-10, mas o movimento não se sustentou, também devido ao dólar, que oscilou em margens pequenas e sem direção clara.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em julho de 2014 (4.290 contratos) tinha taxa mínima de 10,81%, de 10,82% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (124.665 contratos) projetava 11,15%, de 11,16% na sexta-feira. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (131.425 contratos) indicava 12,57%, de 12,55%. O DI para janeiro de 2021 (4.400 contratos) estava em 13,03%, de 12,98% no ajuste anterior.

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Logo cedo, o mercado tomou conhecimento de dois dados de inflação. O IGP-10 de março acelerou para 1,29%, de 0,30% em fevereiro. Esse resultado superou a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 1,25%. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços das matérias-primas brutas deram o impulso, com alta de 2,83% da soja (-8,66% em fevereiro) e de 26,11% do café em grão (+6,37% no mês anterior).

O IPC-S, por sua vez, avançou 0,84% na segunda leitura deste mês, após subir 0,71% na primeira quadrissemana. Tal movimento fez o coordenador do índice, Paulo Picchetti, elevar a projeção para o dado fechado do mês para perto de 1,00%, de 0,70% anteriormente. "Com esse comportamento de Alimentação, é inevitável não fazer a revisão", argumentou. Os preços do grupo subiram 1,59% na segunda quadrissemana de março ante 1,17% na anterior.

Como se não bastasse, no IPCA ponta, da FGV, a inflação de Alimentação e bebidas saltou para 2,14% no último sábado (15). Na sexta-feira, estava em 1,92%, de acordo com fonte que teve acesso ao dado. O IPCA integral ponta passou para 1,01%, de 0,88%, no mesmo período.

Mas em meio à liquidez menor, as taxas acabaram voltando para os ajustes, uma vez que o mercado também não enxergou nesses números, por enquanto, motivos para alterar o que já precificam para a condução da política monetária - ou seja, mais uma elevação de 0,25 ponto porcentual da Selic em abril, com o aumento podendo se repetir em maio.

Mesmo porque, uma fonte do governo disse ao Broadcast, na sexta-feira, que os efeitos da seca sobre os alimentos devem puxar os preços para cima, mas que esse impacto depois será devolvido. A fonte afirmou ainda que os juros básicos só vão parar de subir quando a inflação voltar a ficar confortável dentro do horizonte relevante para a política monetária, ou seja, oito trimestres a frente. Segundo a fonte, a produção industrial em janeiro, as vendas varejistas no mesmo mês, a produção e as vendas de carros em fevereiro e o IBC-Br do primeiro mês do ano "estão melhores do que o esperado".

Também hoje, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que a balança comercial brasileira iniciou o mês de março com superávit de US$ 401 milhões nas duas primeiras semanas (até o dia 16). Com isso, o déficit acumulado no ano caiu para US$ 5,783 bilhões.

As taxas futuras de juros voltaram a subir nesta sexta-feira (14) dando continuidade ao movimento de ontem. Mas se na véspera o avanço foi resultado da expectativa pelo pacote para o setor elétrico e o impacto que poderia ter sobre a inflação, hoje o comportamento está atrelado às incertezas em relação às medidas, uma vez que o governo tomou ações que jogam o problema para 2015 em diante. Não por acaso, os juros longos sobem com mais intensidade. Além disso, ainda que em menor grau, o IBC-Br de janeiro acima do consenso ajudou no avanço das taxas futuras. O acúmulo de prêmios, no entanto, foi limitado pela desvalorização do dólar ante o real, em meio a um aparente fluxo de entrada de recursos no País.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em julho de 2014 (91.275 contratos) tinha taxa máxima de 10,82%, de 10,81% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (140.030 contratos) projetava 11,16%, de 11,15% na véspera. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (319.765 contratos) indicava 12,55%, de 12,50% ontem. O DI para janeiro de 2021 (34.060 contratos) estava em 12,98%, de 12,92% no ajuste anterior.

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Ontem, com o mercado de juros já nos últimos minutos da sessão estendida, o governo anunciou que as distribuidoras terão um socorro de R$ 12 bilhões para arcar com o aumento do custo da energia trazido pela estiagem que atinge o Brasil, demandando o acionamento das térmicas, cuja energia produzida é mais cara. O governo realizará ainda um leilão de energia e o custo chegará ao consumidor em 2015. Serão R$ 4 bilhões do Tesouro para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que serão compensados por aumento de tributos. Outros R$ 8 bilhões virão de um financiamento de R$ 8 bilhões que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) buscará junto aos bancos. Esse último valor será embutido nas contas de luz a partir de 2015.

A desconfiança do mercado reside no fato de o governo não ter informado quais tributos serão elevados para compensar os R$ 4 bilhões adicionais do Tesouro, além dos R$ 9 bilhões que já estavam previstos no orçamento. Além disso, não se sabe qual o impacto que tais ações podem ter na inflação a partir de 2015, nem por quanto tempo. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o pacote ao setor foi "bem recebido". Foi a única declaração dele, pela manhã, ao deixar a sede do Ministério, em Brasília, para vir para São Paulo.

Logo cedo, o Banco Central anunciou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de janeiro, com alta de 1,26% ante dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (1,00%). Na comparação entres os meses de janeiro de 2014 e 2013, o avanço de 0,93%, sem ajuste, também superou a mediana das previsões (0,55%). Para alguns analistas, o dado corrobora mais uma alta de 0,25 ponto porcentual da Selic em abril.

E hoje o dólar não foi fator de pressão adicional aos juros. A moeda dos EUA operou em baixa durante boa parte da sessão, influenciado pelo exterior e também por um fluxo de entrada de recursos no País. Vale lembrar que, recentemente, a Petrobras e o Daycoval fizeram captações no exterior, enquanto o Marfrig reabriu a emissão de um bônus.

A despeito de o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro ter superado um pouco a mediana das estimativas, as taxas futuras de juros terminaram em baixa, sobretudo nos vencimentos mais longos. Tal movimento esteve atrelado à queda do dólar e também à alguma relativização em relação ao IPCA, uma vez que o indicador de difusão recuou e o índice cheio não veio tão distante assim do consenso.

Ao término da negociação regular, o DI com vencimento em julho de 2014 (53.735 contratos) tinha taxa de 10,79%, de 10,80% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (204.165 contratos) projetava 11,11%, de 11,13% na véspera. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (219.990 contratos) indicava 12,47%, de 12,55% ontem. O DI para janeiro de 2021 (41.970 contratos) estava em 12,90%, de 12,97% no ajuste anterior.

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O dólar interrompeu nesta quarta-feira (12) uma sequência de três altas consecutivas diante do real, período no qual acumulou valorização de quase 2%, e recuou 0,13%, cotado a R$ 2,360 no mercado à vista de balcão. O movimento esteve relacionado não apenas a uma pressão menor vinda do exterior, mas principalmente ao fluxo cambial positivo verificado na primeira semana de março. O fluxo cambial mostrou forte reversão neste começo de mês, depois de ficar negativo em US$ 1,856 bilhão em fevereiro. Segundo o Banco Central, a entrada líquida de recursos no País em março até o dia 7 somou US$ 2,702 bilhões. Agora, no acumulado do ano, o fluxo está positivo em US$ 2,457 bilhões.

Devido a esse movimento do dólar, os investidores em juros minimizaram os dados de inflação conhecidos hoje. Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de fevereiro subiu 0,69%, dentro das estimativas e um pouco acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,65%. O indicador de difusão do IPCA, segundo cálculos da Rosenberg & Associados, caiu para 63,6% no índice de fevereiro, após bater em 71,5% no mês anterior.

Antes do IPCA, a primeira prévia do IGP-M de março veio com taxa de 1,16%, o que representa uma forte aceleração de 0,22% na primeira prévia do mesmo índice de fevereiro. A taxa ficou acima da mediana das estimativas, de 0,98%. No setor agropecuário, a inflação ficou em 3,81%, depois da deflação de 1,63% em fevereiro. O IPA-M subiu 1,55%, de 0,04% e as matérias-primas brutas, 2%, ante -0,70%. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o impulso veio dos grãos. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,57% na primeira quadrissemana de março, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A mediana, neste caso, era de 0,50%.

Vale notar que, no exterior, as preocupações com os emergentes continuaram no radar, incluindo os temores sobre o crescimento da China e a contínua crise da Ucrânia. Com isso, a busca por segurança ajudou na queda dos yields dos Treasuries, o que também teve peso sobre a queda das taxas de juros longas no Brasil. Às 16h30, o juro do T-note de 10 anos cedia a 2,719%, de 2,764% no fim da tarde de ontem.

As taxas futuras de juros terminaram a terça-feira (11), em baixa, mas muito distantes das mínimas alcançadas na sessão. Pela manhã, o recuo do dólar contribuía para a queda das taxas ao mesmo tempo em que, segundo profissionais, investidores estrangeiros se desfaziam de juros longos e compravam títulos prefixados, o que provocava um ajuste ante o avanço de ontem. Passado esse movimento e com a alta do dólar do meio da tarde para frente, algumas taxas de juros se reaproximaram dos ajustes.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em julho de 2014 (47.605 contratos) tinha taxa de 10,80%, de 10,81% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (197.200 contratos) projetava 11,13%, igual à véspera. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (340.285 contratos) indicava 12,55%, de 12,60% ontem. O DI para janeiro de 2021 (32.785 contratos) estava em 12,97%, de 12,98% no ajuste anterior.

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Esse movimento de baixa dos juros ocorreu a despeito de alguns números positivos de atividade. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que a produção da indústria em janeiro cresceu 2,9% na margem (mediana das estimativas em 2,5%) e caiu 2,4% na comparação com igual mês de 2013 (mediana de -3,4%). Alguns agentes, no entanto, notaram que a produção de dezembro foi revisada para queda de 3,7%, ante leitura original de -3,5%, o que acabou minimizando o otimismo que o dado de janeiro poderia ter sobre o mercado.

Além disso, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro cresceu 18,7% em fevereiro na comparação com janeiro e avançou de 16,9% ante fevereiro de 2013. No acumulado do ano, porém, caiu 2,7% ante igual período do ano passado.

Por fim, a utilização da capacidade instalada na indústria de transformação ficou em 82,7% em janeiro, segundo os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em dezembro, o indicador estava em 82,1% e em janeiro de 2013, em 83,5%. No caso do dólar, depois de operar em baixa durante uma boa parte do dia, a moeda, a exemplo do que ocorreu ontem, se firmou em alta no meio da tarde até terminar com valorização de 0,47%, a R$ 2,3630 no mercado à vista de balcão. Esse comportamento esteve atrelado, mais uma vez, ao movimento do dólar no exterior, que subiu ante boa parte das divisas ligadas a commodities e emergentes devido às tensões na Ucrânia e à desconfiança com a economia chinesa.

Lá fora, por sinal, não houve nenhuma notícia nova sobre Ucrânia e China, mas as preocupações geopolíticas com o país e econômicas com o gigante asiático continuaram fazendo preço nos ativos, o que resulta em queda das bolsas norte-americanas e busca por segurança no dólar.

As taxas futuras de juros voltaram a subir nesta segunda-feira (10) em um movimento que teve início no começo do dia, após o IGP-DI de fevereiro ficar acima do teto das projeções dos analistas. À tarde, o dólar passou a subir diante do real, o que fez com que as taxas, apesar do avanço relativamente discreto, terminassem perto das máximas da sessão.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em julho de 2014 (67.345 contratos) tinha taxa máxima de 10,81%, de 10,80% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (158.020 contratos) projetava 11,17%, de 11,13% na sexta-feira. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (147.245 contratos) indicava 12,60%, de 12,55%. O DI para janeiro de 2021 (20.270 contratos) estava em 12,98%, de 12,95% no ajuste anterior.

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Logo cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o índice mostrou forte aceleração para 0,85% em fevereiro, contra 0,40% em janeiro. O resultado ficou acima do teto das estimativas do levantamento AE Projeções (0,71%). Segundo a FGV, a aceleração foi impulsionada pelos preços no atacado (+1,0% do Índice de Preços ao Produtor Amplo, IPA, ante 0,12% no mês anterior).

Além disso, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,71% na primeira quadrissemana de março, de 0,66% na leitura imediatamente anterior, também segundo a FGV. O resultado ficou 0,05 ponto porcentual acima do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,66%. O grupo Alimentação, que avançou de 0,82% na quarta quadrissemana de fevereiro para 1,17% na primeira de março, foi o que mais contribuiu para a aceleração do IPC-S.

Vale destacar a liquidez reduzida no mercado de juros, em meio à cautela adotada pelos investidores diante dos indicadores a serem conhecidos nesta semana (produção industrial, vendas no varejo e IPCA) e por conta da visita da Standard & Poor's ao Brasil, para colher informações que podem resultar no rebaixamento da nota brasileira. Amanhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne com empresários em São Paulo, a fim de ouvir a avaliação do setor privado em relação à economia.

Em meio a alguns estímulos divergentes, o dólar terminou o dia com alta diante do real, influenciado pela aversão ao risco global e, consequentemente, pela saída do investidor estrangeiro da Bovespa. Nesse ambiente, o dólar à vista no balcão encerrou com valorização de 0,13%, a R$ 2,3520.

O clima ruim no exterior desde o começo da sessão, diante do déficit comercial da China de US$ 22,98 bilhões e que contrariou a expectativa de um superávit, teve continuidade com o presidente do Fed da Filadélfia, Charles Plosser, que falou nesta manhã em um evento em Paris e argumentou que o ritmo de redução de compras mensais de ativos do Fed talvez precise ser acelerado.

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