Tópicos | taxas futuras

Os juros futuros fecharam em alta nesta sexta-feira (7) impulsionados pelos dados melhores do que o esperado sobre o mercado de trabalho nos EUA, que devem fazer com que o Federal Reserve mantenha sua trajetória de redução dos estímulos monetários. Além disso, o movimento acompanhou a valorização do dólar, com os investidores correndo para a moeda norte-americana em busca de proteção antes do fim de semana, em função dos receios de um possível ataque da Rússia à Ucrânia.

A economia dos EUA criou 175 mil empregos em fevereiro, acima da previsão de economistas consultados pela Dow Jones, que esperavam 152 mil novos postos de trabalho. O dado de janeiro foi revisado para cima, para 129 mil, da leitura inicial de 113 mil, enquanto a criação de empregos em dezembro subiu para 84 mil, de 75 mil. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego subiu para 6,7% em fevereiro, quando a expectativa era de queda para 6,5%, após a marca de 6,6% em janeiro.

##RECOMENDA##

Nos EUA, o juro da T-note de 10 anos atingiu hoje o nível mais alto desde meados de janeiro, a 2,818%. Após o payroll, Bill Gross, gestor do maior fundo de bônus do mundo e fundador da Pacific Investment Management Co. (Pimco) orientou no Twitter que seus clientes vendam Treasuries. "Venda o que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) está comprando, porque eles não vão mais estar comprando isso quando o tapering acabar em outubro", escreveu.

Como os vencimentos mais longos da curva de juros brasileira tinham caído muito recentemente, havia espaço para alguma recuperação, avaliaram operadores. No caso das taxas curtas, o movimento de alta foi mais comedido, mas ganhou força a perspectiva de que a Selic seja elevada novamente em 0,25 ponto porcentual no encontro de abril do Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em julho de 2014 (300.165 contratos) tinha taxa de 10,80%, de 10,79% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (210.975 contratos) projetava 11,13%, de 11,08% na véspera. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (324.885 contratos) indicava 12,55%, de 12,37% ontem. O DI para janeiro de 2021 (20.405 contratos) estava em 12,95%, de 12,80% no ajuste anterior. (

Em um pregão mais curto e de liquidez estreita, as taxas futuras de juros terminaram muito perto da estabilidade, com os investidores em compasso de espera pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No documento, os agentes estarão em busca de indícios sobre o quão perto está o fim do ciclo de aperto monetário.

Nesta quarta, nem mesmo a queda do dólar ante o real e a retração dos yields dos Treasuries conseguiram garantir uma direção mais firme aos juros domésticos. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2014 (13.060 contratos) tinha taxa de 10,77%, exatamente no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (40.320 contratos) projetava 11,06%, de 11,07% na sexta-feira. No trecho mais longo da curva a termo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (84.605 contratos) indicava 12,28%, de 12,26%. O DI para janeiro de 2021 (3.905 contratos) estava em 12,72%, de 12,70% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

"O mercado já teve um ajuste importante na semana passada, agora vai observar a ata, mas também não deve haver grandes surpresas e a tendência é de que o BC justifique a redução do ritmo de aperto, mas deixe a porta aberta para uma nova elevação da Selic", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.

No noticiário interno, o HSBC informou que o PMI de serviços do Brasil voltou a se expandir, ao subir de 49,6 em janeiro para 50,8 em fevereiro, e o Banco Central divulgou hoje os resultados da pesquisa Focus, que normalmente saem na segunda-feira. A projeção para a inflação este ano foi mantida em 6,00%, mas a expectativa para a Selic no fim de 2014 caiu para 11,13%, de 11,25%, enquanto a previsão para o PIB teve alta para 1,70%, de 1,67%. A atenção do mercado está voltada para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai amanhã.

Nos EUA, a ADP revelou que o setor privado criou 139 mil vagas de trabalho em fevereiro, abaixo da previsão de 160 mil postos dos analistas ouvidos pela Dow Jones. O ISM, por sua vez, divulgou que a atividade no setor de serviços caiu para 51,6 em fevereiro, ante projeção de uma leitura de 53,5. Já o relatório Livro Bege, do Federal Reserve, não trouxe grandes novidades, afirmando apenas que a economia se expandiu em um ritmo de modesto a moderado em janeiro e início de fevereiro e que o frio intenso em Nova York e Filadélfia prejudicou a atividade.

Enquanto isso, o PMI composto da zona do euro, que inclui os setores industrial e de serviços, subiu para 53,3 em fevereiro, atingindo o maior nível em 32 meses, segundo dados da Markit. Já a China confirmou as metas para este ano de crescimento do PIB (7,5%), inflação (3,5%) e aumento da base monetária M2 (13%), todas iguais às do ano passado, anunciadas na abertura da sessão anual do Congresso Nacional do Povo.

As taxas futuras de juros terminaram o dia em queda, ajustando-se à decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom), de reduzir o ritmo de alta da Selic para 0,25 ponto porcentual. O resultado do PIB do quarto trimestre e de 2013 acima das estimativas, porém, limitou o recuo das taxas, uma vez que abre espaço para que o BC continue com o aperto monetário por mais algum tempo. No caso dos juros longos, a queda do dólar e dos yields dos Treasuries foi determinante para a baixa um pouco maior.

No fim da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2014 (707.695 contratos) tinha taxa de 10,74%, ante 10,79% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (308.575 contratos) projetava 10,97%, de 11,02% na véspera. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (414.825 contratos) indicava 12,05%, de 12,11% ontem. O DI para janeiro de 2021 (53.365 contratos) estava em 12,48%, de 12,60 no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

Os números do PIB no último trimestre do ano passado figuraram entre os fatores de pressão de baixa sobre o dólar hoje. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 2,3% em 2013 ante 2012, no teto do intervalo das estimativas. No quarto trimestre do ano passado, o PIB cresceu 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou acima das estimativas dos analistas.

A expansão da economia acima do esperado ajudou, por outro lado, a limitar a queda da taxa de juros, depois da decisão do Copom, ontem, e de um ajuste natural da curva devido às apostas de elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic que ainda restavam. Mesmo porque, com uma atividade melhor, o BC teria espaço para seguir subindo os juros e ancorar melhor as expectativas de inflação.

Na avaliação dos analistas consultados pelo Broadcast, a manutenção do termo "dando prosseguimento" e a retirada da expressão "neste momento" do comunicado que acompanhou a decisão de ontem do Copom, que elevou a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, afasta, momentaneamente, a ideia de encerramento do ciclo de aperto.

O dólar fechou no menor nível ante o real desde o início de dezembro do ano passado, pressionado pela entrada de recursos no mercado ao longo do dia, pelo resultado do PIB e por declarações da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, no Senado dos EUA. No fechamento, o dólar à vista no mercado de balcão recuou 1,36%, cotado a R$ 2,3220 - menor nível desde 17 de dezembro de 2013.

Outra dado anunciado nesta quinta-feira foi a leitura de fevereiro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). O indicador desacelerou de 0,48% em janeiro para 0,38% em fevereiro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa ficou dentro do intervalo de estimativas. Agora, as atenções se voltam para os números fiscais, a serem conhecidos amanhã.

Com o mercado em compasso de espera pela decisão desta quarta-feira (26) do Comitê de Política Monetária (Copom), a valorização do dólar ajudou a impulsionar discretamente as taxas de juros de longo prazo, que recuavam até o começo da tarde. Os vencimentos mais curtos fecharam quase estáveis, com o mercado precificando chances majoritárias de a Selic subir 0,25 ponto porcentual no encontro do Copom que termina logo mais, após o fechamento dos negócios.

E sem indicadores importantes ou notícias relevantes que alterassem essa perspectiva majoritária entre analistas e investidores, a liquidez ficou limitada. No fim do pregão regular do mercado na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 (495.755 contratos), que melhor reflete as apostas para a Selic, apontava 10,600%, ante 10,590% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (197.615 contratos) indicava 11,02%, igual ao ajuste da véspera. No trecho longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (173.470 contratos) tinha taxa de 12,11%, ante 12,08% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (13.250 contratos) apontava 12,60%, de 12,59% ontem.

##RECOMENDA##

As taxas futuras de longo prazo caíram até o meio da tarde, ainda que muito discretamente, dando continuidade ao movimento visto nos últimos dias e também devido ao recuo dos yields dos Treasuries. Depois, porém, o dólar passou a renovar sucessivas máximas e acabou colocando viés de alta para os juros longos.

A moeda dos EUA no mercado à vista de balcão, após cinco sessões consecutivas de baixa, encontrou espaço para uma recuperação, segundo operadores. O dólar também acentuou a alta em relação a outras divisas ligadas a commodities no exterior, impulsionado pelas preocupações com a China e por questões políticas na Rússia, Turquia e Ucrânia. Assim, a divisa dos EUA no balcão encerrou com valorização de 0,64%, cotada a R$ 2,3540.

Hoje, o Banco Central informou que o fluxo cambial está positivo em US$ 94 milhões em fevereiro até o dia 21. No acumulado do ano até 21 de fevereiro, o fluxo está positivo em US$ 1,704 bilhão. Na semana de 17 a 21 de fevereiro, o fluxo cambial registrou saldo negativo de US$ 224 milhões.

Ainda entre os indicadores domésticos, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou queda de 1% em fevereiro. O indicador seguiu abaixo da média histórica pelo 11º mês consecutivo. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por sua vez, ficou estável em 84,6% no mesmo período.

Os indicadores em linha com o esperado e a queda do dólar ajudaram a manter as taxas de juros mais longas em baixa, enquanto os contratos mais curtos terminaram com viés de queda, mas perto da estabilidade, à medida que os investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (25). As apostas majoritárias embutidas nas taxas são de que a Selic subirá 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, ainda que uma alta de 0,50 ponto não esteja descartada.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (103.955 contratos) projetava 10,591%, ante 10,578% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (242.360 contratos) apontava 11,02%, de 11,05% no ajuste anterior. No trecho intermediário e longo, o DI para janeiro de 2017 (350.860 contratos) tinha taxa de 12,08%, de 12,16% ontem. O DI para janeiro de 2021 (41.720 contratos) estava em 12,59%, de 12,71% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

Além do dólar, que encerrou com baixa de 0,21% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,3390 - menor valor desde 17 de dezembro de 2013 e mesma cotação de 20 de janeiro -, o declínio dos juros também teve influência do resultado positivo de um leilão de NTN-Bs. O Tesouro vendeu quase todo o lote ofertado, que era de até 1,75 milhão, e pagou um valor bem abaixo do registrado em outro leilão deste mesmo papel no início do mês.

Enquanto o mercado aguarda a decisão de política monetária do Banco Central, os indicadores não trouxeram surpresa, entre eles os da arrecadação federal. De acordo com a Receita, a arrecadação de contribuições e impostos federais somou R$ 123,667 bilhões em janeiro dentro do intervalo das estimativas. O valor é recorde e representou uma alta real (com correção da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 3,91% em relação a dezembro de 2013 e um avanço de 0,91% ante janeiro do ano passado.

Ainda entre os dados conhecidos hoje no Brasil, a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou em 0,58% na terceira quadrissemana de fevereiro, o que corresponde à desaceleração ante a leitura anterior e representou o piso das estimativas (0,58%). Pelo Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também perdeu força (0,44% em fevereiro, ante 0,70% no mês anterior e ligeiramente abaixo da mediana de 0,45%).

À tarde, o Tesouro Nacional informou que a Dívida Pública Federal (DPF) caiu R$ 76,506 bilhões em janeiro, apresentando uma queda de 3,60% ante dezembro. O estoque recuou para R$ 2,046 trilhões. A participação de investidores estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu de 16,1% do estoque em dezembro para 17,2% em janeiro, totalizando R$ 335,37 bilhões.

A melhora de percepção em relação ao Brasil, após o governo ter anunciado nesta quinta-feira, 20, a meta fiscal para 2014, continuou tendo reflexos no mercado de juros, onde as taxas futuras mais longas caíram com intensidade. Em meio a isso, o recuo do dólar, que voltou para a casa de R$ 2,35, contribuiu para o movimento na renda fixa, ajudando na desinclinação da curva a termo.

Nesse ambiente, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2014 (35.515 contratos) apontava 10,570%, ante 10,554% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (372.620 contratos) indicava 11,06%, de 11,04% no ajuste anterior. No trecho longo e intermediário da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (335.425 contratos) tinha taxa de 12,22%, ante 12,33% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (34.095 contratos) estava em 12,79%, ante 12,89% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

O dólar à vista ante o real no mercado de balcão terminou com desvalorização de 0,76%, cotado a R$ 2,3560. De acordo com um operador, após a meta fiscal um pouco mais realista anunciada pelo governo, de 1,9% do PIB e com um corte de R$ 44 bilhões no Orçamento, houve um desmonte importante de posições compradas em dólar, o que tem favorecido o recuo da moeda. Somou-se a isso os dados do setor externo. Apesar de o déficit em transações correntes do País ter atingido US$ 11,591 bilhões em janeiro, o maior em 34 anos, o número ficou abaixo da mediana encontrada em levantamento do AE Projeções (US$ 11,75 bilhões). Além disso, o IED surpreendeu positivamente e somou US$ 5,098 bilhões em janeiro, acima da mediana (US$ 4,0 bilhões).

Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em teleconferência com analistas internacionais para detalhar o corte no Orçamento e a meta fiscal de 2014, rebateu a avaliação de que o Brasil está no grupo das economias mais frágeis. "Tenho visto várias análises equivocadas que colocam o Brasil como uma das economias mais frágeis. Os critérios utilizados para chegar a essas conclusões não foram os melhores possíveis. Há uma ênfase na volatilidade da desvalorização do real e, mesmo nesse item, há um equívoco", afirmou. Segundo ele, nos últimos seis meses, o real se valorizou 1%, enquanto várias outras moedas se desvalorizaram.

E para evitar uma frustração da meta fiscal, Mantega acenou, inclusive, com aumento de impostos este ano. Segundo ele, essa é uma espécie de reserva que o governo tem para ser usada, se for necessário, para melhorar a arrecadação. O ministro destacou ainda que a projeção de aumento de receitas é realista.

Por aqui, mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,70% em fevereiro, após avançar 0,67% em janeiro. O resultado superou a mediana das estimativas (0,67%) do AE Projeções, amparando um viés inicial de alta para as taxas futuras, que depois foi dissipado com o recuo do dólar.

As taxas futuras de juros tiveram mais um dia de queda, resultando em novo reforço das apostas de que a Selic pode subir menos, 0,25 ponto porcentual, na reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom). Em meio a uma liquidez menor, devido ao feriado do Dia do Presidente nos EUA, os investidores olharam para dados mais suaves de inflação e também para a revisão em baixa do PIB trazida na pesquisa Focus.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2014 (136.320 contratos) apontava 10,559%, de 10,568% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (159.735 contratos) tinha taxa de 11,22%, ante 11,32% no ajuste de sexta-feira. No trecho intermediário e longo, o DI para janeiro de 2017 (73.525 contratos) estava em 12,58%, de 12,69% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (4.970 contratos) indicava 13,06%, ante 13,12%.

##RECOMENDA##

Segundo um operador, há uma série de eventos nos próximos dias que deixam o mercado cauteloso, mas os indicadores conhecidos nesta segunda-feira, 17, abriram espaço para uma nova correção em baixa dos juros. A inflação pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) ficou em 0,30% em fevereiro, ante 0,58% em janeiro, informou nesta manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou perto do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,29% a 0,48%, com mediana de 0,35%. Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 0,78% na segunda quadrissemana de fevereiro, menos que na anterior (0,96%).

Enquanto isso, no Boletim Focus, a mediana das estimativas para o IPCA em 2014 passou de 5,89% para 5,93%. Para o IPCA 12 meses à frente, a projeção suavizada subiu de 6,00% para 6,05%. Já as previsões para a Selic seguiram indicando um aumento de 0,25 pp na semana que vem, para 10,75% ao ano.

Vale destacar, no entanto, que as perspectivas para a atividade seguiram em deterioração, o que ajuda a reforçar a percepção de que o ritmo de alta da Selic pode ser reduzido. Após os dados do varejo e do IBC-Br divulgados na semana passada, os analistas reduziram suas previsões para o PIB de 1,90% para 1,79% em 2014 e, para o ano que vem, de 2,20% para 2,10%, indicou a Focus.

Com a agenda de indicadores esvaziada, as taxas futuras de juros subiram com os comentários em relação à questão energética no País e também devido a movimentos técnicos e à alta do dólar. A questão da seca e seus reflexos sobre os preços da energia e dos alimentos tem ganhado um pouco mais de atenção, ampliando as dúvidas em relação aos fundamentos do País.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (39.825 contratos) projetava 10,582%, ante 10,572% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (325.670 contratos) indicava 11,37%, ante 11,33% na véspera. No trecho longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (198.095 contratos) indicava 12,84%, de 12,77% no ajuste anterior e o DI para janeiro de 2021 (12.755 contratos) marcava 13,32%, de 13,25% ontem.

##RECOMENDA##

A ameaça de um aumento dos custos da energia foi um dos fatores que ajudaram a impulsionar os contratos futuros dos juros na sessão. Uma eventual crise energética no País elevaria custos de produção de energia através de termoelétricas e poderia resultar em aumento de tarifas ao consumidor (de cerca de 4,6%), o que certamente adicionaria pressão sobre a inflação.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência estado, o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (GV Agro), Roberto Rodrigues, disse que a forte estiagem em regiões agrícolas do Brasil deve prejudicar mais produtores rurais que os consumidores. Ele avaliou que a seca pode até se refletir na inflação, com as altas nos preços de alimentos, mas a perda de renda rural trará maior impacto à economia.

Os DIs também reagiram à alta do dólar e a movimentos técnicos. Segundo uma fonte da área de renda fixa, uma grande tesouraria fez um movimento mais concentrado no contrato com vencimento em janeiro de 2015.

Os juros futuros fecharam em queda nesta sexta-feira (7), e registram retrações significativas nesta semana, durante a qual os receios com os mercados emergentes deram uma trégua, apesar de não terem desaparecido de vez. O movimento foi impulsionado pela inflação de janeiro abaixo do esperado, pelas expectativas em torno da questão fiscal e, principalmente, pelos dados ruins sobre o mercado de trabalho nos EUA. O dólar, por sua vez, teve uma sessão bastante volátil, oscilando entre pequenas perdas e ganhos, mas caiu no dia e na semana.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em abril de 2014 (40.180 contratos) projetava taxa de 10,560% - na mínima do dia -, ante 10,586% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (466.085 contratos) indicava 11,38%, de 11,49% no ajuste da véspera. No trecho longo da curva, o DI para janeiro de 2017 (262.555 contratos) tinha taxa de 12,65%, ante 12,73% ontem. O DI para janeiro de 2021 (16.830 contratos) estava em 13,10%, de 13,16% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou janeiro com alta de 0,55%, ante uma variação de 0,92% em dezembro de 2013, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o menor para meses de janeiro de 2009 e ficou abaixo do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,57% a 0,74%, com mediana de 0,60%. Mesmo assim, alguns analistas apontam que o dado pode enganar, já que o índice de difusão aumentou e a depreciação do dólar deve impulsionar os preços nos próximos meses.

Outro fator que permeou o mercado de juros foi a questão fiscal. Depois de quase seis horas, terminou na tarde desta sexta a reunião da Junta Orçamentária, que estava discutindo o corte no orçamento deste ano. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada, com a presença dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Aloizio Mercadante, do Planejamento, Miriam Belchior, e do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. A presidente Dilma Rousseff também participou da reunião durante quase todo o tempo.

Nos EUA, o Departamento do Trabalho informou que foram criadas 113 mil vagas de trabalho em janeiro, bem abaixo da estimativa, de 189 mil. Mesmo assim, a taxa de desemprego recuou para 6,6%, o menor nível em cinco anos. Apesar do frio intenso nos últimos meses, a fragilidade do mercado de trabalho não pode ser atribuída inteiramente ao fator climático e alguns investidores acreditam que uma continuidade dessa tendência pode levar o Federal Reserve a rever o ritmo da redução dos estímulos monetários.

Os juros futuros fecharam em queda nesta quarta-feira (5), após a decisão do Tesouro de cancelar um leilão nesta quinta-feira, 6, além de um movimento técnico depois das altas recentes e da retração do dólar ante o real. A moeda norte-americana, por sua vez, foi impactada pela especulação no mercado futuro em torno dos dados de emprego no setor privado dos EUA.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em abril de 2014 (228.500 contratos) projetava 10,589% (na mínima), ante 10,585% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (476.490 contratos) indicava 11,46%, ante 11,57% no ajuste de ontem. No trecho mais longo da curva a termo, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (248.745 contratos) apontava 12,75%, ante 12,91% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 (14.975 contratos) estava em 13,19%, ante 13,30% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

Na noite de terça-feira, 4, o Tesouro anunciou o cancelamento do leilão de títulos prefixados que seria realizado na quinta. Segundo o economista da LCA Consultores, Antônio Madeira, a medida mostra que o Tesouro está tentando acalmar os mercados e não corroborar as taxas elevadas atuais. "O Tesouro não quer pressionar o mercado oferecendo mais papéis, dado que a inclinação da curva aumentou bastante. Os prêmios estão muito altos e o Tesouro prefere esperar uma normalização", comenta.

A queda dos juros no início da sessão se somou ao recuo do dólar e acabou gerando algumas ordens de 'stop loss' de taxas, que amplificaram o movimento de baixa. "Até recentemente, esses 'stops' eram para cima'. Agora, com muita gente vendendo aquilo que tomou nos últimos dias, o 'stop' é para baixo", comenta um operador.

Há pouco a agência de classificação de risco de crédito Moody's elevou o rating do México para A3, de Baa1, elogiando as reformas estruturais adotadas pelo país. A notícia ajudou a reduzir os temores com uma crise emergente e impulsionou ainda mais o real.

Os contratos futuros dos juros terminaram em queda, nesta terça-feira (4), conduzidos pela desvalorização do dólar ante o real e, principalmente, pelo fraco resultado da produção industrial em dezembro. O dólar encerrou o dia cotado na casa de R$ 2,41 devido à uma realização de lucros, mas chegou a operar no nível de R$ 2,40.

No fim do pregão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (136.310 contratos) projetava 10,585% às 12h08, ante 10,599% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (413.095 contratos) indicava 11,57%, ante 11,73%. No trecho mais longo da curva a termo, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (148.160 contratos) apontava 12,91%, ante 13,07% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 (21.400 contratos) tinha taxa de 13,30%, ante 13,42%.

##RECOMENDA##

O movimento de baixa dos DIs teve início pela manhã, após a divulgação dos números da produção industrial. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial caiu 3,50% em dezembro de 2013 ante novembro do mesmo ano, na série com ajuste sazonal. A queda foi pior do que o piso do intervalo das expectativas dos analistas. Em relação a dezembro de 2012, a produção recuou 2,3%.

O enfraquecimento da atividade industrial fez com que os analistas reavaliassem as projeções para alta da taxa de juros pelo Banco Central. A curva a termo precifica agora mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual da Selic, em fevereiro e abril, e mais uma de pelo menos 0,25 ponto, em maio. Ontem, as taxas terminaram indicando alta de 0,50 ponto em fevereiro, com chances minoritárias de 0,75 pp, além de mais duas altas consecutivas de 0,50 ponto, em abril e maio.

Um leilão extraordinário de papéis prefixados (LTN) do Tesouro Nacional também ajudou a aliviar a pressão sobre os contratos. O órgão recomprou 10 mil LTN com vencimento em 1/1/2015, 220 mil LTN para 1/7/2015, 10 mil LTN para 1/1/2016 e 300 mil LTN para 1/1/2017, em uma operação que totalizou R$ 414,1 milhões. Foram rejeitadas todas as ofertas para as LTN com vencimento em 1/7/2016.

Segundo um operador, o fato de o Tesouro ter comprado apenas pouco mais de 10% do volume ofertado não é tão importante. O essencial é a sinalização que o órgão passa ao mostrar que está disposto a recomprar títulos sempre que for preciso. Outra fonte lembra que o Tesouro não pode recomprar a qualquer preço, já que a intenção é justamente dizer ao mercado que os preços estão muito altos.

Os contratos futuros dos juros fecharam em alta nesta terça-feira (28), conduzidos pelas incertezas em relação às metas fiscais do governo brasileiro neste ano. A valorização do dólar ajudou a dar suporte para o avanço dos DIs, apesar das tensões nos países emergentes terem diminuído após o Banco Central da Índia surpreender os mercados ao elevar a taxa de juros do país.

Os contratos iniciaram os negócios em queda, em meio a especulações de que o governo estaria disposto a fazer um esforço maior em relação às contas públicas. Informações divulgadas pelos principais jornais brasileiros apontaram que a meta de superávit primário em 2014 ficaria entre 1,7% e 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), podendo alcançar os 2%. Já o contingenciamento de recursos no Orçamento de 2014 ficaria entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Mas o fato de Mantega ter negado que os números estejam definidos aliviou a pressão de baixa sobre os DIs. Os contratos inverteram a direção e bateram máximas no início da tarde.

##RECOMENDA##

No fim do pregão regular, a taxa do DI para abril de 2014 avançava para 10,500% (119.535 contratos), de 10,491% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2015 apontava 11,24% (243.870 contratos), de 11,20% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (275.950 contratos) estava em 12,82%, de 12,73%. O DI para janeiro de 2021 (24.425 contratos) registrava 13,35%, de 13,27% no ajuste da véspera.

O banco norte-americano Goldman Sachs disse, em uma teleconferência, nesta terça-feira que muitos países emergentes terão que elevar os juros para conter fugas de capital e lidar com inflação. Segundo executivos do banco, esses países não devem ter um ano fácil em 2014 e suas moedas e ativos financeiros deverão continuar pressionadas.

Na segunda o Banco Central da Índia surpreendeu os mercados ao anunciar uma elevação da taxa de juros em 0,25 ponto porcentual, para 8%. Na noite desta terça-feira o Banco Central da Turquia realizará uma reunião extraordinária. O presidente da autoridade monetária turca, Erdem Basci, deu uma forte indicação de que a instituição fará um aperto significativo em sua política monetária, numa tentativa de conter a onda de desvalorização da lira turca ante o dólar. Na quarta-feira o Banco Central da África do Sul anunciará sua decisão sobre os juros.

Em mais um dia de aversão ao risco nos mercados globais e temores com os emergentes, os juros futuros subiram nesta segunda-feira (27), acompanhando a apreciação do dólar. Após indicadores negativos sobre a economia dos EUA, cresceram as expectativas com a reunião do Federal Reserve esta semana, enquanto o presidente do BC, Alexandre Tombini, tentou acalmar os ânimos dos investidores.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (42.955 contratos) marcava 10,491%, de 10,475% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2015 (116.605 contratos) estava em 11,20% - na máxima do pregão -, de 11,13% no ajuste de sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (118.505 contratos) apontava 12,73%, de 12,61%. O DI para janeiro de 2021 (6.505 contratos) mostrava 13,27%, de 13,13% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

Em meio às expectativas de que o Fed anuncie nesta quarta-feira um novo corte de US$ 10 bilhões nas suas compras mensais de bônus, a queda de 7% das vendas de moradias novas nos EUA em dezembro levou os investidores a temerem que o banco central possa estar sendo precipitado na retirada dos estímulos. Analistas esperavam uma redução bem menor, de 1,9% nas vendas.

Mais cedo, Tombini tentou acalmar os investidores, afirmando, durante um evento na conceituada London School of Economics, que a depreciação do real desde o pico de julho de 2011 até agora é um movimento normal e que é possível ver alguns progressos no combate à inflação. "Há progresso na inflação mesmo com o mercado de trabalho forte", garantiu. Segundo ele, a autoridade está usando a política monetária e outros instrumentos "de um modo parcimonioso".

"Tombini apresentou um discurso um pouco mais 'dovish'", disse um operador. Porém, continuou, "os investidores tentam descobrir o que realmente é verdade e o que é apenas 'gogó'. O mercado continua em dúvida e aguarda uma ação concreta com relação aos fundamentos para se acalmar", completou.

Além das expectativas com o Fed, seguem na pauta dos mercados os receios com economias emergentes. Na Turquia, o banco central anunciou uma reunião extraordinária para amanhã, o que não acontecia há três anos, e na Argentina novas medidas no mercado cambial passaram a valer hoje, mas as incertezas fizeram com que o volume de negócios fosse muito baixo.

Depois de passarem a maior parte da sessão em queda, em reação aos dados do IPCA-15 abaixo do piso das estimativas, os contratos dos juros fecharam em alta nesta quinta-feira (23). A mudança na trajetória dos DIs ocorreu à medida que o dólar atingiu o nível psicologicamente importante de R$ 2,40 e os investidores começaram a reavaliar os números da inflação como não tão bons assim.

No fim da sessão regular do mercado de juros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 (201.795 contratos) marcava 10,506%, de 10,492% no ajuste desta quarta-feira (22). A taxa do DI para janeiro de 2015 (708.475 contratos) estava em 11,16%, de 11,07% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (436.185 contratos) apontava 12,65%, de 12,49%. O DI para janeiro de 2021 (73.230 contratos) mostrava 13,25%, de 13,10%.

##RECOMENDA##

Os DIs abriram a sessão em queda após os números da inflação neutralizarem a sensação de que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) teve um tom mais duro. O consenso dos investidores foi o de que o documento do Banco Central deixou a porta aberta em relação a seus próximos passos em relação à Selic.

A ata do Copom, inicialmente, dividiu os investidores. Os argumentos que justificariam um aperto mais agressivo em fevereiro, de 0,50 ponto, estariam no parágrafo 26. Nele o Copom ponderou que "a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos doze meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência, que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava."

O trecho que se refere à necessidade de que os superávits primários se mantenham iguais às médias de anos anteriores também chamou a atenção. Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, houve uma sinalização um pouco mais firme da autoridade monetária em relação à política fiscal. "O Copom mostra que esses resultados ajudariam a melhorar a percepção sobre a economia e ele não precisaria subir tanto os juros", disse.

As sinalização mais 'dovish' da ata, por sua vez, está nos trechos em que o BC trata da atividade. Em primeiro lugar, a autoridade monetária passou a enxergar uma expansão da atividade doméstica relativamente estável em 2014. Até então, o BC falava em aceleração do ritmo. Além disso, conforme destacou Gonçalves, do Fator, houve uma mudança na análise da demanda agregada, no parágrafo 21.

A inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 0,67% em janeiro, ante 0,75% em dezembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela ficou abaixo do piso das expectativas obtidas por levantamento do AE Projeções, de 0,75%. Em 12 meses, acumula alta de 5,63%. Profissionais consultados pelo Broadcast avaliaram que houve um exagero na queda das taxas futuras pela manhã, em reação ao IPCA abaixo do previsto. Isso porque, o índice de difusão do indicador, por exemplo, continua pressionado, acima de 75%, o que não significa nenhuma mudança na dinâmica de inflação.

Os juros futuros oscilaram perto da estabilidade ao longo de toda a sessão nesta quarta-feira (22), terminando o pregão sem grandes variações. Os investidores aguardam a divulgação nesta quinta-feira (23), da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do IPCA-15 de janeiro. Nem mesmo a alta do dólar ante o real e o avanço nos yields dos Treasuries foram suficientes para puxar as taxas.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para abril de 2014 (37.010 contratos) marcava 10,492%, de 10,489% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (172.210 contratos) apontava 11,07%, exatamente no ajuste de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (111.920 contratos) estava em 12,49%, também igual à véspera. O DI para janeiro de 2021 (18.295 contratos) indicava 13,10%, de 13,07% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

É grande a expectativa dos investidores com a divulgação da ata do Copom amanhã. Após o Banco Central ter surpreendido parte do mercado este mês, ao elevar os juros em 0,5 ponto porcentual e acrescentar o termo "neste momento" ao explicar a decisão de aperto monetário, analistas e operadores esperam ver no documento algumas pistas sobre as próximas decisões da autoridade. Também será conhecido nesta quinta-feira o IPCA-15 de janeiro. Além disso, na sexta-feira a presidente Dilma Rousseff discursa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, quando tentará cortejar os investidores internacionais.

Hoje, a Receita Federal divulgou que arrecadação em dezembro teve alta anual de 8,25%, a R$ 118,364 bilhões, acima do teto das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de R$ 116,7 bilhões, e um recorde para o mês. Já no ano passado inteiro o recolhimento somou o volume inédito de R$ 1,138 trilhão, levemente acima da mediana das previsões, de R$ 1,136 trilhão, e com um aumento real de 4,08%.

Segundo um operador, os números positivos da arrecadação já estavam precificados pelo mercado, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar que os dados de dezembro seriam muito bons. Além disso, as receitas extraordinárias tiveram um papel nessa melhora, com R$ 21,785 bilhões arrecados de outubro a dezembro com o Refis e mais R$ 2,5 bilhões no último mês do ano com lançamento de ofício e acréscimos legais do recolhimento de IRPJ/CSLL.

A firme valorização do dólar ante o real, de quase 1%, puxou junto os juros futuros, que foram impulsionados também por outros fatores, incluindo a elevação na taxa CDI. Em meio a isso, as incertezas em relação ao desempenho da economia brasileira, reforçadas hoje por um novo corte nas projeções de crescimento trazidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), contribuíram para manter as taxas, sobretudo longas, pressionadas.

Nesse cenário, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para abril de 2014 (63.495 contratos) marcava 10,490%, de 10,464% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (336.020 contratos) apontava 11,07%, de 11,01% no ajuste de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (165.370 contratos) estava em 12,49%, de 12,39% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (7.495 contratos) indicava 13,07%, de 12,98% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

O dólar avançou ante o real nesta terça-feira, 21, em um movimento de correção após a queda desta segunda-feira (20), para o menor nível em mais de um mês, e acompanhando a valorização da moeda norte-americana frente a outras rivais, em meio à expectativa de que o Federal Reserve reduza novamente suas medidas de estímulo este mês. Assim, o dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,3620, uma alta de 0,98%.

Outro fator que impulsionou os juros futuros foi a elevação da taxa CDI, que após ter passado para 10,34% na sexta-feira, se manteve em um nível alto ontem, a 10,35%. Ao mesmo tempo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou hoje suas projeções de crescimento para o Brasil, a 2,3% este ano e 2,8% em 2015, o que colaborou para manter as taxas, sobretudo longas, pressionadas.

No noticiário doméstico, o Ministério do Trabalho divulgou momentos atrás que foram fechadas 449.444 vagas em dezembro no âmbito do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), resultado levemente melhor que a mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de eliminação de 451.371 vagas. O resultado de 2013, com criação de 1.117.171 postos de trabalho, foi o pior desde 2003.

Mais cedo, a Serasa Experian informou que seu indicador de inadimplência registrou em 2013 queda de 2% na comparação com o ano anterior, o primeiro recuo anual desde 2000, início da série histórica do indicador. Em dezembro, a inadimplência do consumidor caiu 6,5% em relação ao mesmo mês de 2012 - sétima queda mensal consecutiva nessa base de comparação -, mas teve alta de 2,7% ante novembro.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando