Tópicos | taxa de juros

O resultado do relatório de trabalho dos Estados Unidos (payroll), indicando a criação de menos vagas do que o previsto, foi determinante para o recuo dos juros futuros domésticos. Desde cedo, os investidores depreenderam que a redução dos estímulos à economia norte-americana pode não acontecer neste ano, o que exerceu pressão de queda sobre o dólar, bem como sobre a taxa dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos EUA. Nesse ambiente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) um pouco aquém da mediana das estimativas também favoreceu a devolução de prêmios na curva de juros. Vale destacar ainda que o fator Síria segue no radar.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (375.910 contratos) marcava mínima de 9,22%, de 9,27% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (443.135 contratos) indicava taxa de 10,29%, de 10,47% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (232.405 contratos) apontava 11,53%, de 11,79%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (3.415 contratos) estava em 11,97%, de 12,18% no ajuste anterior. Apesar da queda das taxas de juros nesta sessão, o mercado segue apostando em mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual para a Selic neste ano, para 10%.

##RECOMENDA##

"Os indicadores dos EUA determinaram o movimento de queda dos juros. Parece que a retirada dos estímulos pode mesmo demorar um pouco mais diante deste payroll. E isso acabou afetando o dólar e os Treasuries, derrubando também os juros locais", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou que a economia norte-americana criou 169 mil novas vagas de emprego em agosto, ante uma previsão de 175 mil. A taxa de desemprego, no entanto, caiu para 7,3%, ante previsão de que ficaria estável em 7,4%. De qualquer forma, a leitura feita pelos agentes é de que a economia dos EUA ainda não mostra consistência suficiente para que o Federal Reserve comece a reduzir as compras de US$ 85 bilhões por mês em ativos.

O quadro fez com que o dólar caísse ante boa parte das demais divisas, incluindo o real. Por aqui, a moeda dos EUA no mercado à vista de balcão terminou a R$ 2,307, com queda de 0,65%. Os juros dos Treasuries de 10 anos, após superarem a marca de 3% antes do resultado do payroll, marcavam 2,931% às 16h38 (horário de Brasília), de 2,991% no fim da tarde da véspera.

Os juros domésticos abriram o pregão em baixa, reagindo ao dado levemente aquém do esperado para a inflação medida pelo IPCA, que ficou em 0,24% em agosto, ante 0,03% em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mediana calculada pelo AE Projeções com base nas estimativas dos analistas era de 0,25%. Também a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o resultado do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que acelerou de 0,14% em julho para 0,46% em agosto. O índice ficou acima do teto das projeções do mercado financeiro, de 0,40%.

O crescimento acima das expectativas do Produto Interno Bruto (PIB) e o avanço do dólar ante o real conferiram nesta sexta-feira, 30, mais um dia de alta para as taxas futuras de juros. A leitura depreendida do PIB do segundo trimestre é de que a atividade não deve ser uma barreira para que o Banco Central (BC) dê prosseguimento ao aperto monetário, ainda que muitos analistas projetem uma desaceleração importante da economia no terceiro trimestre. Em meio a isso, uma possível intervenção militar na Síria continuou sugerindo cautela, ainda mais após o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, dizer nesta sexta-feira que qualquer ação contra o regime do presidente Bashar Assad será limitada.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (131.800 contratos) marcava máxima de 9,28%, de 9,23% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (383.230 contratos) indicava taxa de 10,53%, de 10,41% nesta quinta-feira, 29. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (160.125 contratos) apontava 11,82%, ante 11,74% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (3.475 contratos) estava em 12,17%, de 12,10% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

"O PIB mais forte favoreceu a leitura de que o aperto monetário não será limitado, por enquanto, pela fraqueza da atividade", afirmou um operador. "Isso, junto com o dólar, trouxe o viés de alta para os juros, ainda que não tenha mudado as apostas embutidas na curva a termo de que a Selic deve terminar o ano em cerca de 10%", continuou, destacando que a alta do dólar também foi influenciada pelo feriado do Dia do Trabalho nos EUA, na segunda-feira, 2. De acordo com ele, como o risco envolvendo a Síria é alto, o investidor puxou a taxa de dólar antecipadamente.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou, logo no começo do dia, que o PIB cresceu 1,5% no segundo trimestre ante os três primeiros meses de 2012. O resultado superou o teto das estimativas colhidas pelo AE Projeções (1,3%). Na comparação com igual trimestre de 2012, a atividade econômica teve expansão de 3,3% - dentro do intervalo das estimativas (2% a 3,8%) e acima da mediana, de 2,5%.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil está na "rota da recuperação econômica". "Nossa trajetória para 2013 é uma trajetória de crescimento moderado, vamos continuar com esse crescimento moderado até o final do ano. Claro que isso não é uma reta, não é linear." Mantega também falou sobre câmbio. "Temos muita bala na agulha, muitos instrumentos que poderão moderar essa mudança de câmbio", disse, sem citar quais seriam os instrumentos para segurar o dólar ante o real num contexto de alteração na política do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano). Nesta sexta, por sinal, o BC fez uma série de intervenções e anunciou outras para a segunda-feira. Mas nem isso segurou o dólar, que seguiu sob influência das incertezas sobre a Síria, e subiu 0,21% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,3830.

Nesta tarde, as preocupações com uma possível intervenção na Síria voltaram a ganhar corpo. Apesar de o Parlamento britânico ter rejeitado, na noite desta quinta-feira, um ataque, os EUA parecem dispostos a intervir no país. Depois das declarações de Kerry, o presidente americano, Barack Obama, disse nesta tarde que o ataque de armas químicas na Síria "precisa ter uma resposta". Segundo Obama, os EUA ainda estão em processo de planejamento sobre como responder ao ataque sírio.

De volta ao Brasil, as taxas futuras de longo prazo subiram também por causa das desconfianças com a política fiscal. Hoje, o BC anunciou que o setor público consolidado apresentou superávit primário R$ 2,3 bilhões em julho, resultado abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de R$ 2,9 bilhões. Foi o pior para o mês desde 2010 (+ R$ 1,5 bilhão).

As taxas futuras de juros encerraram nesta sexta-feira, 23, em forte baixa, alinhadas com o dólar e a queda dos juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos. O anúncio do Banco Central (BC), na noite passada, de fazer leilões diários no mercado de câmbio, recolocou a cotação do dólar na casa de R$ 2,35, ajudando a reduzir um pouco as apostas para a alta da Selic em 2013 e 2014. O ambiente externo mais ameno também fez desabar os juros de longo prazo.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (362.675 contratos) marcava 9,16%, de 9,28% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (569.925 contratos) indicava taxa mínima de 10,24%, de 10,59% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.975 contratos) apontava mínima de 11,44%, ante 11,87%. O DI para janeiro de 2021 (33.895 contratos) estava na mínima de 11,76%, de 12,18% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

"Não sabemos até onde vai o dólar, mas, pela ação do Banco Central, fica cada vez mais evidente que o ritmo de aperto monetário será de 0,5 ponto em 0,5 ponto", afirmou um operador. "Por isso, a autoridade monetária decidiu atuar também com outros instrumentos que não a taxa de juros para minimizar os efeitos do dólar sobre a inflação", completou.

Mais cedo, dentro da nova estratégia, o BC fez um leilão de venda de dólares com recompra programada de até US$ 1 bilhão - montante que será repetido todas as sextas-feiras até o fim do ano. Também já anunciou a oferta de US$ 500 milhões em swap cambial para segunda-feira, o que se repetirá nos pregões de segunda a quinta até dezembro. O dólar à vista no balcão terminou a R$ 2,3560, com um deslize de 3,36%.

No exterior, um indicador norte-americano trouxe a percepção de que a redução dos estímulos poderá demorar mais um pouco, o que resultou em queda dos juros dos Treasuries. Trata-se das vendas de moradias novas, que recuaram 13,4% em julho, na comparação com junho, para a média anualizada de 394 mil unidades - o menor nível em 9 meses. Além disso, a queda foi bem maior do que o previsto.

Os dados domésticos ficaram em segundo plano. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) atingiu 0,16% na terceira quadrissemana de agosto, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado está 0,11 ponto porcentual acima da leitura imediatamente anterior (+0,05%).

A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) trouxe sinais difusos. Pela reação das taxas de juros e do dólar, entretanto, prevaleceu a leitura de que o banco central norte-americano deva começar a reduzir os estímulos à economia dos Estados Unidos no curto prazo, ainda sem clareza quanto à data. O dólar disparou e superou R$ 2,45, fazendo os juros futuros acelerarem a alta e encerrarem nas máximas desta quarta-feira, 21.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (327.495 contratos) marcava 9,20%, de 9,15% no ajuste anterior e 9,16% instantes antes de a ata do Fed ser conhecida. O vencimento para janeiro de 2015 (509.965 contratos) indicava taxa de 10,46%, de 10,26% na véspera e 10,37% antes do Fed. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (235.290 contratos) apontava 11,86%, ante 11,52% na véspera e 11,69% pré-Fed. O DI para janeiro de 2021 (7.540 contratos) estava em 12,16%, de 11,82% no ajuste anterior e 12,03% antes do Fed.

##RECOMENDA##

De acordo com o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, os investidores em juros reagem conforme o câmbio. "Com o dólar na casa de R$ 2,40, o que representa uma valorização de cerca de 20% no ano, o impacto na inflação seria de 1,50 ponto porcentual", afirmou Serrano. "A atividade mais fraca pode amenizar esse impacto do câmbio, mas não seria o suficiente para absorver tudo isso", continuou.

A disparada da divisa dos EUA, após o Fed, forçou o BC a convocar um novo leilão de até 40 mil contratos de swap cambial, após uma operação de rolagem de 20 mil contratos feita pela manhã. O BC colocou 35,6 mil contratos (US$ 1,774 bilhão) e ajudou o dólar a perder intensidade. A moeda dos EUA no mercado à vista de balcão, contudo, fechou com alta de 1,75%, a R$ 2,4360 - maior valor desde 2 de março de 2009.

As incertezas fizeram o presidente do BC, Alexandre Tombini, cancelar a viagem que faria aos Estados Unidos, onde participaria do "2013 Economic Policy Symposium", promovido pelo Federal Reserve Bank of Kansas City, em Jackson Hole (Wyoming). Segundo a assessoria do BC, Tombini decidiu ficar para acompanhar de perto os mercados.

Nem mesmo a inflação relativamente comportada e a atividade fraca seguraram os juros. O IPCA-15 subiu 0,16% em agosto, ante 0,07% em julho, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O saldo líquido de empregos formais gerados em julho foi de apenas 41.463 vagas, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo é o menor para o mês desde 2003 (sem ajuste) e ficou abaixo do piso das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 70 mil vagas.

A queda do dólar e dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries, mas principalmente as palavras na noite passada de Alexandre Tombini fizeram cair fortemente as taxas futuras de juros nesta terça-feira, 20, e recolocaram as apostas de que o aperto monetário continuará no passo de 0,50 ponto porcentual.

O presidente do Banco Central, por meio de nota, disse que "os movimentos recentemente observados nas taxas de juros de mercado incorporam prêmios excessivos". Foi a deixa para que os investidores tirassem esses "prêmios excessivos" da curva a termo.

##RECOMENDA##

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (819.330 contratos) marcava 9,15%, de 9,33% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (629.020 contratos) indicava taxa mínima de 10,26%, de 10,66% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (215.545 contratos) apontava 11,52%, também na mínima, ante 11,84%. O DI para janeiro de 2021 (10.505 contratos) estava na mínima de 11,82%, de 12,02% no ajuste anterior.

De acordo com um operador, as atuações de BC e Tesouro, somadas ao discurso de Tombini, trouxeram certo alívio para os negócios nesta véspera de ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). "Obviamente, um sinal de que a retirada dos estímulos nos EUA é iminente deve recolocar as taxas de juros e o dólar em alta. Mas, pelo menos no caso dos juros de curto prazo, não acredito que voltarão aos patamares de ontem", disse a fonte.

Na segunda-feira, 19, com os mercados fechados, Tombini voltou a afirmar que a "adequada condução da política monetária contribui para mitigar riscos oriundos da depreciação cambial para a inflação".

Além disso, nesta sessão houve mais uma atuação conjunta de BC e Tesouro. Este último aceitou propostas para recompra de 1,4 milhão de Letras do Tesouro Nacional (LTN) para 01/07/2016 e ainda para recompra de 150 mil LTN para 01/01/2017. O Tesouro também aceitou recomprar 73 mil Notas do Tesouro Nacional - série F (NTN-F) para 01/01/2021 e 124 mil NTN-F para 01/01/2023.

Já a autoridade monetária vendeu cerca de US$ 2 bilhões em dois leilões de swap cambial - o primeiro relativo a uma oferta nova e o segundo referente à terceira parcela de rolagem do vencimento de US$ 5,04 bilhões para 2 de setembro. O BC fez ainda duas operações no mercado à vista através da oferta de dólares com recompra futura programada, num total ofertado de até US$ 4 bilhões. Com isso, o dólar, também influenciado pelo exterior, recuou 0,83% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,3940.

Nos EUA, em mais um dia de poucos indicadores, a cautela com a ata do Fed, a ser conhecida na tarde de quarta-feira, 21, voltou a ditar o ritmo dos negócios. Neste pregão, no entanto, as Bolsas exibem ganhos enquanto os juros dos Treasuries cedem.

As taxas futuras de juros dispararam nesta sexta-feira e passaram a indicar apostas em uma Selic de, pelo menos, 10% no fim do ano. O movimento resulta da forte valorização do dólar ante o real, que se aproximou de R$ 2,40 neste pregão, apesar de duas intervenções do Banco Central. Além disso, os juros dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos) tiveram alta expressiva, contribuindo para o acúmulo de prêmios nos vencimentos mais longos. Segundo operadores, o comportamento do mercado é "exagerado", mas pode permanecer, caso o dólar mantenha o vigor atual.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (856.110 contratos) marcava 9,20%, de 9,01% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (594.175 contratos) indicava taxa de 10,33%, de 10,06% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (209.475 contratos) apontava 11,61%, ante 11,45% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (20.555 contratos) estava em 11,89%, de 11,79%.

##RECOMENDA##

"Quando Mantega afirmou que o dólar tem um novo patamar e que isso beneficiará a economia, o mercado aproveitou para puxar mais as cotações. Isso, obviamente, tem reflexo sobre os juros, uma vez que adiciona pressão sobre a inflação", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, em referência à entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em evento em São Paulo, o ministro também falou sobre câmbio. Ele disse que "o novo câmbio torna o produto brasileiro mais competitivo" e que "o câmbio tem novo patamar por causa do Fed e redução da balança comercial". Para ele, "no curto prazo, o cenário é de talvez uma desvalorização (do real ante o dólar)".

O dólar à vista no mercado de balcão terminou com alta de 2,09%, cotado a R$ 2,3920. Nesta sexta-feira, o juro do T-note de 10 anos bateu na máxima de 2,866%, mas desacelerou um pouco à tarde e marcava 2,836% às 16h35 (horário de Brasília), de 2,768% no fim da tarde da véspera.

O avanço do dólar e dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries, diante de indicadores melhores do que o esperado nos EUA, garantiu alta consistente para os juros futuros na primeira metade dos negócios nesta quinta-feira. O Tesouro Nacional, no entanto, ao optar por oferecer um lote menor de títulos prefixados em seu leilão tradicional, amenizou o movimento. Ainda assim, o viés de alta prevaleceu, uma vez que também pesou no mercado a preocupação com um possível reajuste dos combustíveis e seus efeitos sobre a inflação.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (300.675 contratos) marcava 9,01%, de 8,98% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (483.300 contratos) indicava taxa de 10,06%, de 10,02% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (253.765 contratos) apontava 11,45%, ante 11,41%. O DI para janeiro de 2021 (8.095 contratos) estava em 11,79%, de 11,77% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

"Se o Tesouro tivesse mantido um lote grande para o leilão de LTN, automaticamente sancionaria o avanço dos juros futuros, pois ao comprar o título público, o investidor também compraria taxa para fazer a contraparte. Como o lote foi pequeno, não houve mais compras e o investidor entendeu que o Tesouro não concorda com aquele patamar de juros", disse um operador. No leilão, em que se propunha a ofertar Letras do Tesouro Nacional (LTN) para três vencimentos e Letras Financeiras do Tesouro (LFT) para um vencimento, o Tesouro ofereceu apenas 300 mil LTN para 1/07/2015 e nenhum papel para resgate em 2017.

Comentários sobre um possível reajuste da gasolina continuam mexendo com as apostas em taxas. O Bradesco, por exemplo, revisou para cima sua projeção de alta para a inflação (IPCA) em 2013 em 0,15 ponto porcentual, passando de 5,75% para 5,90%, considerando um possível aumento no preço dos combustíveis. À tarde, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que não há novidades sobre um possível aumento dos combustíveis, mas os agentes não deram muita bola.

No mercado cambial, o dólar fechou a R$ 2,3430, com valorização de 0,86%, o que pode pressionar ainda mais a inflação. A arrancada das cotações ocorreu a despeito de o Banco Central ter promovido um novo leilão de swap cambial no qual colocou 40 mil contratos, equivalentes a US$ 2 bilhões. Além disso, o juro da T-note de 10 anos subia para 2,767%, de 2,711% no fim da tarde da véspera e após bater na máxima de 2,813% nesta sessão.

Os juros futuros oscilavam na manhã desta quarta-feira próximos da estabilidade e sem rumo definido. No início do dia, o resultado aquém do esperado das vendas do varejo em junho no Brasil trouxe viés de baixa. Depois disso, o dólar valorizado ante o real garantia ligeira alta às taxas. "O mercado anda de lado hoje", resumiu um profissional de renda fixa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista no conceito restrito subiram 0,5% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, menos que a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções. As expectativas iam de recuo de 0,20% a avanço de 1,80% nas vendas, com mediana de 0,60%. Na comparação com junho de 2012, as vendas cresceram 1,7%. A mediana era de 2,20%, com base em um intervalo de 0,50% a 4,50.

##RECOMENDA##

Às 11h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) tinha taxa de 8,97%, ante 8,95% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 indicava 9,91%, ante 9,88% no ajuste da véspera e o DI para janeiro de 2017 apontava 11,19%, igual ao ajuste de ontem. O dólar à vista no balcão tinha alta de 0,17%, a R$ 2,313.

Com o dólar em alta e ainda repercutindo as declarações da véspera do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Carlos Hamilton, as taxas futuras de juros voltaram a subir nesta terça-feira. Cresceram as apostas em uma nova alta de 0,50 ponto porcentual para a Selic em outubro, uma vez que tal magnitude é dada como certa para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) no fim deste mês. Além disso, o avanço dos juros dos títulos da dívida dos Estados Unidos (Treasuries) foi outro fator a impulsionar as taxas domésticas, sobretudo, as de longo prazo.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (132.245 contratos) marcava 8,95%, de 8,90% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (534.605 contratos) indicava taxa máxima de 9,88%, de 9,72% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (180.035 contratos) apontava 11,19%, ante 10,95%. O DI para janeiro de 2021 (180.035 contratos) estava em 11,19%, também na máxima, de 11,44% no ajuste anterior. Por enquanto, a curva a termo embute chance de quase 50% de a Selic subir 0,50 ponto também em outubro.

##RECOMENDA##

"As palavras de Hamilton foram na direção de um aperto monetário mais longo, o que puxa os juros. Além disso, temos um dólar flertando com R$ 2,31 e, por ora, o BC mantém sua nova estratégia, de atuar apenas quando o real está valorizando", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Segundo ele, chamou a atenção o fato de o diretor do BC ter contrariado as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da presidente Dilma Rousseff.

Hamilton declarou que as políticas fiscal e parafiscal são expansionistas, enquanto Mantega havia dito na semana passada que o fiscal é neutro. Ainda segundo o diretor do BC, a inflação de julho, de apenas +0,03%, foi um ponto fora da curva, ainda há riscos inflacionários e as taxas do IPCA tendem a ser maiores nos próximos meses.

De qualquer forma, Hamilton deixou claro mais uma vez que o dólar ajudará a direcionar as decisões do BC. Ele afirmou que há repasse cambial para os preços e chegou a dizer que seria "ilusão falar na sua não existência". Logo depois, reafirmou que a autoridade monetária faz uma condução adequada na política monetária como mitigador dos riscos trazidos pela depreciação do câmbio. Nesta sessão, o dólar à vista no mercado de balcão superou a marca de R$ 2,31 à tarde, mas terminou com alta de 0,96%, cotada a R$ 2,309.

Em meio às incertezas quanto aos próximos passos da autoridade monetária no Brasil, os investidores viram ganhar força a corrente que acredita em redução de estímulos no curto prazo nos EUA. Isso devido ao resultado das vendas no varejo norte-americano em julho. Nesse ambiente, o juro do T-note de 10 anos superou a marca de 2,70%.

Seis meses depois de os bancos públicos iniciarem a política do governo de redução das taxas de juros, o custo dos empréstimos bancários atingiu o menor patamar das estatísticas oficiais. Apesar do crédito mais barato, a inadimplência de consumidores e empresas subiu neste período e se mantém há três meses no nível mais alto da série histórica iniciada em junho de 2000 pelo Banco Central.

Dados do BC mostram que, em setembro, a taxa média de juros chegou a 29,9% ao ano. Nos dois últimos trimestres, houve redução dos juros tanto para consumidores quanto para empresas, incluindo linhas como cheque especial, crédito pessoal, veículos e capital de giro.

##RECOMENDA##

O nível de atrasos, no entanto, segue no nível recorde de 5,9% desde julho, puxado pela inadimplência das pessoas físicas, que corresponde a 7,9% das suas dívidas, maior porcentual desde o fim de 2009. Houve alta nos atrasos do cheque especial, crédito pessoal, cartão de crédito e no financiamento de veículos.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, disse que a expectativa do governo continua a ser de queda da inadimplência até o fim do ano. "A nossa expectativa é que o crescimento da renda, do emprego e esses mutirões mais recentes de renegociação ajudem", afirmou.

Maciel disse que os empréstimos para compra de veículos concedidos neste período de IPI zero, por exemplo, não vão gerar futuramente uma onda de atrasos nessa modalidade, como ocorreu entre 2010 e 2011. "A qualidade do crédito concedido hoje, com você financiando uma parte menor do bem, assegura comportamento melhor da carteira de veículos. Os prazos também são menores."

Felipe Queiroz, economista da Austin Asis, avalia que a inadimplência deve subir um pouco até o fim deste ano e terminar 2013 no nível em que está hoje. Ele não vê, no entanto, esse dado com preocupação, por causa do nível elevado de emprego e renda. Queiroz diz ainda que os bancos estão bem capitalizados e podem assimilar esse nível de atrasos. O economista Adriano Lopes, do Itaú Unibanco, diz que as novas concessões de crédito devem contribuir para que as taxas de inadimplência, em breve, apresentem tendência de queda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir de janeiro de 2013, o Cadastro Positivo passa a vigorar no Brasil. O banco de dados circulará na rede varejista e nas instituições financeiras com informações sobre os bons pagadores.

A ideia é que a lista ajude os consumidores que mantém as contas em dia na negociação por menores taxas de juros. Para os economistas, essa redução pode mesmo ocorrer, já que o perfil do cliente será analisado, o que diminui os riscos de calote.

##RECOMENDA##

Para ter as informações cadastradas, o próprio consumidor terá que solicitar a inserção. Para quem fizer essa opção, será analisado o histórico dos últimos quinze anos, para garantir que não haja pendências no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), Serasa e Banco Central.

A Lei 12.414 que cria o Cadastro Positivo foi aprovada no Senado em dezembro de 2010 e seguiu para a sanção presidencial. Dilma Rousseff sancionou a lei com vetos, em junho deste ano. Para vigorar, no entanto, era necessário que a legislação fosse regulamentada. No Diário Oficial da União dessa quinta-feira (18) foi publicado o decreto que disciplina a formação do cadastro e a consulta ao banco de dados.

Cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) editar uma resolução para organizar o acesso às informações dos consumidores. De acordo com o Ministério da Fazenda, isso deve ocorrer ainda neste ano, dando a possibilidade de formação do cadastro a partir de janeiro de 2013.

O Reino Unido vai revisar a forma como são definidas as principais taxas de juros interbancárias do país e pretende criminalizar a fixação das taxas, afirmou neste sábado (30) o ministério de finanças, diante de um escândalo protagonizado nesta semana pelo grande emprestador britânico Barclays. A análise pretende restaurar a confiança na taxa interbancária de referência Libor, que influencia uma série de outros custos de empréstimos, depois que o Barclays recebeu uma multa recorde de US$ 452 milhões na quarta-feira (27) por tentativa de manipulação.

"Estabelecemos uma revisão independente sobre a regulação da Libor, que também vai avaliar as sanções que poderiam ser adotadas se alguém tentar manipulá-la", declarou o ministro do Tesouro, Mark Hoban, em entrevista à rede de televisão BBC.

##RECOMENDA##

Segundo ele, a análise será realizada em caráter de urgência "para fazer as mudanças necessárias e garantir que as pessoas tenham confiança na Libor e também para que as pessoas estejam confiantes de que, se traders buscarem manipular a Libor no futuro, haverá sanções criminais". Mais detalhes sobre o projeto serão divulgados na semana que vem.

A notícia de que traders do Barclays tentaram fixar as taxas Libor abalou o centro financeiro de Londres nesta semana e derrubou o valor de mercado do banco de investimentos. O CEO Bob Diamond foi convocado a depor diante do comitê do Tesouro no Parlamento, mas até o momento descartou a possibilidade de renunciar ao cargo.

As informações são da Dow Jones.

O Banco do Japão (BOJ) decidiu hoje manter inalterada a política monetária pelo terceiro mês seguido, ao mesmo tempo em que reduziu as previsões para o crescimento econômico nipônico. Por unanimidade, no final do seu segundo dia de reunião, a diretoria do banco central japonês votou pela manutenção da sua taxa de juros na faixa entre 0% e 0,1%.

"A atividade econômica do Japão tem estado mais ou menos estável, principalmente devido aos efeitos da desaceleração nas economias internacionais e à valorização do iene", informou o BOJ, em comunicado divulgado junto com a decisão sobre a taxa de juros.

##RECOMENDA##

O banco central informou ainda que rebaixou as previsões para o PIB real, a uma contração de 0,4% para este ano fiscal e um ganho de 2,0% para o próximo ano, a partir de suas projeções anteriores de alta de 0,3% e ganho de 2,2%, respectivamente.

O BOJ ainda espera que a mudança ano a ano no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), excluindo alimentos voláteis, seja de 0,5% no ano fiscal de 2013. Este é um sinal de que o banco central acredita que a deflação persistirá em 2014, fato que deverá fazer o BOJ manter afrouxada a política monetária até lá. Para a diretoria do BOJ, um CPI de 1,0% ano a ano é um termômetro da estabilidade de preços.

Muitos economistas esperavam mesmo que o BOJ deixasse a política monetária em compasso de espera, à medida que diminuíram as tensões nos mercados financeiros. Contudo, eles apostam em novas medidas de redução do aperto monetário caso o iene ressurja forte e ameace a recuperação econômica da nação.

O Banco do Japão (BOJ, banco central) decidiu se abster de tomar medidas adicionais de afrouxamento, apesar das preocupações com a crise na Europa e com a valorização do iene, enquanto tenta medir o impacto da sua recente flexibilização de crédito.

Após reunião de dois dias, o Comitê de Política Monetária do BOJ decidiu nesta quarta-feira, por unanimidade, manter a taxa básica de juros japonesa na faixa entre 0,0% e 0,1%. Em comunicado, o banco também reduziu a avaliação sobre a situação doméstica, dizendo que "a economia japonesa continua evoluindo, mas em ritmo moderado, principalmente devido aos efeitos da desaceleração das economias no exterior".

##RECOMENDA##

Muitos economistas ainda esperam que o BOJ tome mais medidas para facilitar o crédito, como a de expandir seu programa de compra de ativos. No final de outubro, a instituição decidiu aumentar o tamanho do seu programa de compra de ativos de 5 trilhões de ienes para 55 trilhões de ienes (US$ 713,73 bilhões). O BOJ já havia comprado uma variedade de ativos financeiros na tentativa de reduzir as taxas de juros e prêmios de risco. As informações são da Dow Jones.

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje, durante viagem a Pernambuco, que "começa a ver" a possibilidade de redução dos juros no Brasil. Questionada por jornalistas sobre a elevação em R$ 10 bilhões da meta de superávit fiscal - dinheiro economizado pelo governo para pagar os juros da dívida pública -, Dilma afirmou que manterá todos os investimentos, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida, as obras para a Copa do Mundo e os programas sociais.

"Esses R$ 10 bilhões decorrem do esforço que nós fizemos tanto no que se refere ao gasto de custeio como ao gasto de receita", explicou Dilma. "Nós preferimos utilizá-lo para abrir um novo caminho, além do caminho de aumentar o investimento. A partir deste momento, nós começamos a ver a possibilidade de redução dos juros no Brasil. Hoje, o Brasil pratica as mais altas taxas", acrescentou a presidenta, em entrevista a rádios locais ao chegar a Caruaru, no agreste pernambucano. Em seguida, ela seguiu para a cidade de Cupira, a cerca de 180 quilômetros da capital Recife.

##RECOMENDA##

Segundo Dilma, um caminho para a queda dos juros e dos impostos está se abrindo. "Já começamos o programa como o Supersimples. Com ele, nós reduzimos os impostos e aumentamos o limite das rendas. Isso vai permitir que as pessoas, ao invés de declararem pelo imposto presumido, declarem pelo Supersimples, que reúne todos os impostos e os torna menores."

CRISE

A presidenta também defendeu cuidados com o mercado interno e os investimentos no País como uma defesa em relação à crise econômica internacional. "A melhor defesa contra a crise é o nosso mercado interno. É ele que permite ao País manter seus empregos e sua economia crescendo. A melhor defesa contra a crise é o crescimento, mas precisamos melhorar as condições, e o Brasil quer a diminuição dos impostos".

Dilma alertou sobre importações indesejadas. "Nosso mercado interno é um dos mais vigorosos. Se torna importante proteger esse mercado e garantir que não usem mecanismos desleais de preços para chegar ao País e destruir toda uma linha de produção", disse a presidente, alertando sobre o problema do consumo em baixa nos países ricos.

"Os países desenvolvidos prejudicam o Brasil, porque não têm onde colocar seus produtos, não têm consumidor consumindo e não têm emprego suficiente. Quando isso acontece nos Estados Unidos, União Europeia e Japão, somos invadidos por uma quantidade imensa de produtos baratos. Temos que ter consciência que devemos defender nossa indústria," disse, apontando como saída a redução dos impostos e a melhoria do crédito e das taxas de juros.

Veja a galeria de fotos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando