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Apesar da leve queda do dólar na reta final dos negócios, os juros conseguiram sustentar os ganhos, favorecidos por um movimento técnico desencadeado justamente pela valorização da moeda dos EUA na maior parte do dia. Segundo profissionais da área de renda fixa, a incerteza em relação à política fiscal nesta semana de reunião do Copom e de divulgação dos resultados das contas públicas forneceram suporte para a alta dos contratos futuros dos juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (52.810 contratos) estava em 9,725%, de 9,715% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (194.555 contratos) indicava 10,89%, de 10,87% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (154.190 contratos) apontava 12,18%, ante 12,09%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.999 contratos) marcava 12,61%, de 12,49% no ajuste anterior. O mercado segue convicto de que a Selic subirá 0,50 ponto porcentual na quarta-feira, com chances de mais duas elevações de igual intensidade em janeiro e fevereiro.

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Os DIs não foram impactados pelo relatório do Tesouro, que mostrou que o estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,69% em outubro ante setembro (o equivalente a R$ 33,661 bilhões), atingindo R$ 2,022 trilhões. Em setembro, o estoque estava em R$ 1,988 trilhão.

O dólar acentuou a alta no exterior no fim da manhã e puxou junto as cotações internas, após oscilar entre margens estreitas ante o real desde a abertura. A valorização mais forte da divisa dos EUA foi amparada pelo acordo firmado no domingo entre o Irã e seis países sobre o programa nuclear de Teerã. No fim do dia, porém, o dólar caiu 0,04%, cotado em R$ 2,2840 no mercado à vista de balcão, também em linha com a perda de fôlego da divisa no exterior.

Os indicadores conhecidos nesta segunda-feira, 25, ficaram em segundo plano, o IPC-S subiu 0,67% na terceira quadrissemana deste mês, de 0,64% na anterior, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dentro da pesquisa Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano caiu de 5,84% para 5,82%, enquanto no ano que vem subiu de 5,91% para 5,92%. A estimativa suavizada para o IPCA 12 meses à frente permaneceu em 6,14%. Vale destacar alteração na projeção do mercado financeiro para a Selic em 2014, de 10,25% para 10,50%, aproximando as apostas dos analistas das embutidas no mercado.

Os juros futuros, que normalmente acompanham a direção do dólar e também são influenciados pelo movimento dos Treasuries, operaram com volatilidade desde o início da sessão desta sexta-feira (22), oscilando perto da estabilidade. A leitura é de que as receitas extraordinárias com o leilão dos aeroportos não eliminam o risco fiscal e, por isso, as taxas fecharam perto dos ajustes anteriores.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (58.995 contratos) estava em 10,12%, de 10,10% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (203.660 contratos) indicava 10,87%, de 10,88% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (241.710 contratos) apontava 12,09%, ante 12,05%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (182.728 contratos) marcava 12,49%, de 12,46% no ajuste anterior.

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"Na próxima semana, teremos mais números das contas fiscais. Como o quadro não é bom nessa área, há uma certa cautela entre os investidores", afirmou um gestor, destacando que o mercado chegará à semana da reunião do Copom precificando mais três altas consecutivas de 0,50 ponto porcentual para a Selic, atualmente em 9,50%.

Nesta sexta o BC divulgou que o resultado das transações correntes seguiu negativo em outubro, ao registrar um déficit de US$ 7,132 bilhões, o pior resultado para o mês na história. O resultado ficou dentro das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de um saldo negativo de US$ 5 bilhões a US$ 7,6 bilhões, e pouco acima da mediana, que estava em US$ 7 bilhões. Nos dez primeiros meses do ano, o déficit em conta corrente está em US$ 67,548 bilhões, o que representa 3,63% do Produto Interno Bruto (PIB).

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado pelas expectativas de entrada de recursos no País, em função da participação de investidores estrangeiros nos consórcios que venceram o leilão para a concessão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG). O consórcio liderado pela Odebrecht Transport venceu a concessão do Aeroporto de Galeão, ao ofertar R$ 19,018 bilhões, o que representa um ágio de 293,9%. O Aeroporto de Confins foi vencido pelo grupo liderado por CCR com uma proposta de R$ 1,82 bilhão, ou ágio de 66%. O dólar à vista no balcão terminou a sessão com queda de 0,95%, a R$ 2,2850.

Os contratos futuros dos juros terminaram a sessão desta quinta-feira (14), véspera de feriado, em queda. Esse movimento foi determinado já no início da manhã pelos dados abaixo do esperado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). As declarações "dovish" de Janet Yellen em audiência no Senado dos EUA também ajudaram a conter os juros, após conduzirem para baixo o yield dos Treasuries e o dólar ante o real.

No fim do dia, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 tinha taxa de 10,09%, ante 10,11% no ajuste de quarta-feira (13). O DI para janeiro de 2015 apontava 10,84%, na máxima, de 10,86% no ajuste da véspera. No trecho mais longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 indicava 11,90%, ante 11,97% de quarta-feira, 13, e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,30%, ante 12,38% na véspera.

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O IBC-Br registrou taxa de -0,01% em setembro, em bases mensais, ante alta de 0,09% em agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas de aumento de 0,20%. Em bases anuais, o avanço de 3,33% também ficou abaixo da mediana (+3,65%). Os números ajudaram a reforçar as projeções de Produto Interno Bruto (PIB) ligeiramente negativo no terceiro trimestre deste ano.

O recuo nos juros futuros ocorreram em linha também com o movimento dos yields dos Treasuries, que abriram a sessão em queda e reforçaram as perdas à medida que iam sendo divulgados dados ruins da economia americana e detalhes da fala de Yellen no Senado. Como era esperado pelo mercado, após o texto de seu discurso ter vazado na quarta-feira, 14, ela confirmou sua posição favorável a políticas monetárias relaxadas.

Os juros futuros fecharam em queda nesta quarta-feira (13), após um resultado pior do que o esperado das vendas no varejo em setembro e dando prosseguimento à correção dos exageros recentes. A retração das taxas também acompanhou os yields dos Treasuries e a queda do dólar durante grande parte da sessão. Vale notar, porém, que a moeda zerou suas perdas nos minutos finais de negócios, reduzindo a queda de alguns vencimentos de juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (118.560 contratos) estava em 10,11%, exatamente o mesmo nível do ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (317.380 contratos) indicava 10,86%, de 10,96% da terça-feira, 12. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (174.530 contratos) apontava 11,97%, ante 12,08% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (3.270 contratos) marcava máxima de 12,38%, de 12,48% no ajuste anterior.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quarta-feira, 13, que as vendas subiram 0,5% em setembro ante agosto, abaixo da mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,70%. No conceito ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, as vendas recuaram 0,7% no mesmo período, também abaixo do esperado, que era estabilidade. Tais resultados trouxeram a leitura de que o aperto monetário em curso não pode ser estendido por muito mais tempo, como precifica a curva de juros, sob o risco de comprometer ainda mais a atividade.

Hoje, o dólar se manteve em queda durante grande parte do pregão e também deu sua contribuição para os juros. Apenas nos minutos finais, a moeda zerou as perdas, o que pode estar relacionado, segundo um operador, à zeragem de posição por algum participante no fim do dia, um comportamento semelhante ao observado no pregão de terça-feira, 13. O dólar à vista no balcão terminou exatamente estável, a R$ 2,3340.

O juro do T-note de 10 anos estava em 2,732%, de 2,774% na terça-feira (12). Nesta quarta-feira (13), Janet Yellen, indicada para a presidência do Fed, estará em audiência do Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos para confirmá-la à frente da autoridade monetária no ano que vem.

O avanço firme do dólar ante o real e a liquidez bastante reduzida dos mercados por causa do feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos fizeram as taxas futuras de juros terminarem esta segunda-feira (11), em alta. À tarde, na medida em que a moeda dos EUA ante o real passou a renovar sucessivas máximas, os juros apagaram as perdas da primeira metade dos negócios e passaram a subir, até terminar com alta razoável nos vencimentos mais longos. Além disso, a taxa para janeiro de 2015 voltou a superar o nível de 11% no intraday, mas desta vez fechou acima desse patamar.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (31.455 contratos) estava na máxima de 10,14%, de 10,12% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (163.795 contratos) indicava 11,01%, de 10,96% no ajuste de sexta-feira (8), e ante máxima intraday de 11,02%. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (67.075 contratos) apontava 12,22%, ante 12,11%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (9.225 contratos) marcava 12,62%, de 12,51% no ajuste anterior.

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O dólar em relação ao real terminou cotado a R$ 2,3350, com valorização de 0,86% no mercado à vista de balcão. A moeda, passada a formação da taxa Ptax, passou a subir com mais intensidade, acompanhando o exterior e influenciada pela baixa liquidez. Nem mesmo a notícia, dada na sexta-feira à noite, de que o Banco Central (BC) começará a rolar nesta terça-feira, 12, os vencimentos de swap de novembro, conseguiu impedir a valorização do dólar.

Pela manhã, os poucos indicadores domésticos conhecidos foram relegados ao segundo plano. De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,55% na primeira quadrissemana de novembro, ficando perto do teto do intervalo das previsões colhidas pelo AE Projeções, de 0,56%, e acima da mediana (0,53%).

Dentro do Boletim Focus, as projeções de inflação não tiveram mudanças significativas. Para 2013, a mediana das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguiu em 5,85%. Para 2014, houve aumento de 5,92% para 5,93%. As estimativas para a Selic seguiram inalteradas em 10% para 2013 e em 10,25% para 2014. No exterior, apesar de as bolsas operarem neste feriado do Dia do Veterano, não houve negócios com Treasuries, o que deixou o mercado de juros doméstico sem um importante referencial.

As taxas futuras de juros, num pregão de liquidez bastante reduzida, terminaram nesta segunda-feira (4), praticamente estáveis nos vencimentos mais longos e com leve queda nos prazos curtos e intermediários. As oscilações foram ditadas, em grande medida, pelo comportamento do dólar. A moeda, que chegou a operar abaixo de R$ 2,24 pela manhã, desacelerou a queda na reta final de negócios, fazendo os juros longos abandonarem o sinal de baixa. Além disso, os investidores esperaram pelas declarações, em Fortaleza, do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, que ainda haviam ocorrido até as 16h30.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (51.180 contratos) estava em 10,03%, de 10,02% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (133.135 contratos) indicava 10,62%, de 10,67% no ajuste de sexta-feira, 1. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (86.960 contratos) apontava 11,65%, ante 11,67%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (13.900 contratos) marcava máxima de 12,05%, de 12,02% no ajuste anterior.

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"O volume foi muito pequeno, um dos menores do ano, o que facilitou a puxada das taxas longas para os ajustes à tarde. Mesmo porque o dólar caía mais pela manhã", pontuou um operador. Ao longo do pregão, o recuo do dólar ante o real, em linha com o exterior e corrigindo a forte valorização da semana passada, manteve os juros em baixa durante boa parte do dia. No fim, o dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,2460, com queda de 0,35%. Mais cedo, no entanto, chegou a operar abaixo de R$ 2,24.

Nesta segunda-feira, após encontro com as centrais sindicais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ter discutido a elevação dos gastos do governo com seguro-desemprego e abono salarial e voltou a afirmar que dois pontos trazem esse aumento nos aportes públicos. "O aumento da rotatividade ou fraude podem estar sendo cometidos por empresários", disse. De acordo com Mantega, os gastos com essas modalidades corresponderão a R$ 47 bilhões este ano, ou 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Na sexta-feira, o Ministério do Trabalho já havia informado algumas mudanças em relação ao seguro-desemprego. O trabalhador que entrar com o pedido do benefício pela segunda vez em dez anos, por exemplo, será candidato automático aos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Se não frequentá-los, pode perder o benefício.

Os investidores em juros também adotam certa cautela antes da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, na quinta-feira, 7. Mesmo porque, os últimos indicadores de preços surpreenderam para cima. Nesta segunda, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,48% no fechamento de outubro, ante alta de 0,25% em setembro - no teto do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções.

Nos Estados Unidos, indicadores mistos de atividade e declarações de diretores do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), sugerindo que ainda não há nada definido sobre a redução dos estímulos, fazem os juros dos Treasuries devolverem um pouco da alta vista no fim da semana passada. O yield do T-note de 10 anos marcava 2,606% às 16h30, de 2,624% no fim da tarde de sexta-feira.

Sem indicadores relevantes, os juros futuros terminaram em alta na maioria dos vencimentos, revertendo o movimento da manhã, quando a desvalorização do dólar determinou a queda das taxas de longo prazo. A liquidez reduzida facilitou a puxada das taxas no período da tarde, segundo operadores. Além disso, comentários de que a presidente Dilma Rousseff seria contrária à autonomia do Banco Central foram monitorados nesta segunda-feira (28).

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (59.745 contratos) estava na máxima de 9,59%, de 9,574% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (95.940 contratos) indicava máxima de 10,51%, de 10,47% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (115.795 contratos) apontava 11,30%, ante 11,28%. A taxa do DI para janeiro de 2023 (10.910 contratos) estava em 11,72%, ante 11,74% no ajuste anterior.

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Um operador destacou que a liquidez foi muito baixa e, à tarde, alguns investidores puxaram as taxas para cima. "Como o giro estava fraco, esses negócios maximizaram o avanço de alguns vencimentos e o viés de alta prevaleceu", afirmou. "Mas o clima foi de cautela antes da reunião do Fed, que termina na quarta-feira", completou.

Pela manhã, o dólar em baixa fez com que os juros longos tivessem quedas, ainda que discretas. A moeda dos EUA recuou 0,32% ante o real, cotada a R$ 2,182 no balcão. Os investidores seguiram trabalhando sob a expectativa da rolagem de swaps que vencem em 1º de novembro.

Outra informação monitorada foi que a Petrobras pretende adotar uma nova metodologia para reajuste dos combustíveis. O assunto será discutido pela direção da estatal no próximo dia 22, mas a ideia é reduzir a disparidade dos preços no mercado doméstico e internacional.

O mercado segue convicto de que a Selic subirá 0,50 ponto porcentual no fim de novembro, com grandes chances de a dose se repetir em janeiro. Dos analistas do mercado financeiro, segundo o boletim Focus, as expectativas para o juro básico no fim de 2013 foram mantidas em 10% ao ano e, no fim de 2014, em 10,25% - ou seja, haveria apenas mais um ajuste pontual de 0,25 ponto porcentual da Selic no começo do próximo ano.

No exterior, apesar de alguns dados negativos dos EUA, os prêmios dos Treasuries ficaram quase estáveis, com os investidores esperando pelo desfecho da reunião do Fed, na quarta-feira, 30. O juro do T-note de 10 anos marcava 2,511% às 16h37 (horário de Brasília), de 2,503% no fim da tarde de sexta-feira.

As taxas futuras de juros terminaram majoritariamente em alta nesta segunda-feira, 21, em um pregão com volume limitado. A discreta valorização do dólar, à tarde, e o avanço dos prêmios dos Treasuries, os títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, forneceram suporte aos juros domésticos. Além disso, a inflação em patamares elevados continuou sustentando a precificação de que a Selic chegará a 10,50% no começo de 2014. A expectativa pelo leilão do campo de Libra e o impacto que o resultado poderia ter sobre o dólar permearam os negócios, mas acabou em segundo plano após a ausência de surpresas.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (18.975 contratos) marcava 9,563%, igual ao ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (216.250 contratos) indicava taxa de 10,57%, de 10,51% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (128.355 contratos) apontava 11,53%, ante 11,43%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.320 contratos) estava em 11,95%, ante 11,86% no ajuste anterior.

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Um profissional lembrou que os dados recentes de inflação ajudaram a sustentar as taxas futuras em alta, reforçando a precificação de que a Selic subirá 0,50 ponto porcentual em novembro, dose que seria repetida em janeiro de 2014. "O mercado teve volume pequeno e oscilou em alta de acordo com o dólar e com os juros dos Treasuries", frisou um outro operador.

No meio da tarde, houve aceleração a alta das taxas futuras de juros, sobretudo as de longo prazo, acompanhando o movimento do dólar, que abandonou o terreno negativo e passou a subir. O movimento do dólar se deu na esteira da expectativa pelo resultado do leilão do pré-sal. Depois de confirmada a participação de um único consórcio, que terá Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC, o dólar até voltou a cair por alguns instantes, para em seguida voltar ao patamar anterior, mais perto de R$ 2,18.

Ainda no que diz respeito ao impacto da moeda dos EUA nos juros, às 17 horas, os investidores vão monitorar uma pesquisa de demanda, pelo Banco Central, por swap cambial, com vistas à rolagem de contratos que vencem em 1º de novembro. O dólar à vista terminou a R$ 2,1780, com alta de 0,18%.

No âmbito internacional, os EUA divulgaram alguns dados que tiveram a publicação atrasada pela paralisação parcial do governo. O principal relatório oficial de emprego (payroll) de setembro, no entanto, está previsto para terça-feira, 22. Mais cedo, foi informado que as vendas de moradias usadas no mesmo mês tiveram queda de 1,9%, acima da expectativa (-3,3%). Os juros dos Treasuries responderam em alta, puxando as taxas domésticas. Às 16h33 (horário de Brasília), o juro da T-note de dez anos estava em 2,620%, de 2,589% na tarde de sexta-feira.

As taxas futuras de juros tiveram pequenas oscilações, nesta quarta-feira (9), prevalecendo a espera pelo resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado seguiu convicto de que a Selic, o referencial do juro no País, será elevada em 0,5 ponto porcentual, para 9,5% ao ano. O interesse recai sobre o comunicado que acompanhará a decisão desta noite, a fim de conferir se a percepção recente, de que o Banco Central (BC) pode reduzir o ritmo do aperto monetário em novembro, realmente se confirma. O IPCA em linha com as projeções e o dólar estável ante o real não exerceram pressão adicional sobre os juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (274.560 contratos) marcava 9,453%, de 9,442% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (302.380 contratos) indicava taxa de 10,09%, de 10,08%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (160.620 contratos) apontava mínima de 11,08%, de 11,16% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (7.760 contratos) estava em 11,64%, ante 11,71% no ajuste anterior.

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Na avaliação de profissionais da área de renda fixa, a ata do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos)divulgada à tarde não trouxe sinalização mais firme de que os estímulos à economia dos EUA possam ser reduzidos neste mês. Além disso, com a indicação de Janet Yellen, atual vice-presidente do Fed, para suceder Ben Bernanke, uma boa parte do mercado enxerga possibilidade de a mudança na política monetária dos EUA ser gradual. A perspectiva ganhou força à medida que o governo norte-americano segue paralisado pela falta de acordo sobre um Orçamento para o ano fiscal de 2014.

No âmbito doméstico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,35% em setembro, ante 0,24% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, porém, ficou em linha com a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 0,34%. Até setembro, o IPCA acumula altas de 3,79% no ano e de 5,86% em 12 meses - a primeira vez em 2013 que fica abaixo de 6%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede os preços na cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,29% na primeira quadrissemana de outubro, exatamente em linha com a mediana das projeções. No fechamento de setembro, a taxa foi de 0,25%.

Em relação à atividade, a capacidade instalada da indústria ficou em 82,0% em agosto, ante 82,3% em julho, segundo os Indicadores Industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em agosto de 2012, a capacidade instalada na indústria de transformação era de 82,1%. Já as vendas de papelão ondulado cresceram 1,93% em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). Em relação a agosto deste ano, porém, o volume de vendas caiu 1,33%, totalizando 287,618 mil toneladas. Os dados são preliminares.

As taxas futuras de juros mantiveram na tarde desta terça-feira, 8, o comportamento da manhã, de leve alta nos vencimentos mais curtos e queda nos prazos longos. Enquanto o discreto recuo do dólar e as tensões envolvendo a questão fiscal dos Estados Unidos seguiram ditando o ritmo de baixa das taxas longas, os curtos subiram por motivos técnicos e internos.

O mercado seguiu em ajuste ao patamar do CDI acima de 8,80% e, além disso, houve declarações da presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre a possibilidade de reajuste dos combustíveis ainda em 2013. Mas no dia que antecedeu a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a cautela também permeou os negócios.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (362.500 contratos) marcava 9,442%, de 9,416% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (299.550 contratos) indicava taxa de 10,08%, igual a esta segunda-feira, 7. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (121.950 contratos) apontava 11,16%, de 11,24% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (6.735 contratos) estava em 11,71%, ante 11,77% no ajuste anterior.

Apesar de alguns indicadores de inflação conhecidos nesta terça-feira, não foram eles a determinar o movimento dos juros. De acordo com um profissional da área de renda fixa, ainda há investidores fazendo ajustes ao novo patamar do CDI. Na sexta-feira, 4, a taxa saltou para 8,83%, de 8,7% um dia antes. Nesta segunda-feira, no primeiro dia da nova metodologia de cálculo adotada pela Cetip, o CDI terminou em 8,81%. Por ora, a curva de juros segue precificando mais uma elevação de 0,5 ponto porcentual da Selic nesta quarta-feira, 9, bem como apostas majoritárias em nova alta desta intensidade no encontro de novembro do Copom.

Vale destacar que nesta quarta-feira o mercado tomará conhecimento, logo cedo, da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro. Esse será mais um fator a ser considerado pelo Copom na reunião, mas, teoricamente, não deve ter influência decisiva na resolução da autoridade monetária, a menos que ocorra uma surpresa muito grande. Nesta terça, a Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) de setembro subiu 1,36%, após avançar 0,46% em agosto. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas, de 1,47%. Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,38% na primeira quadrissemana de outubro, segundo a FGV, de 0,30% no fechamento de setembro.

Enquanto isso, as tensões envolvendo a paralisação do governo dos Estados Unidos e a aproximação da data-limite para que ocorra o aumento do teto da dívida dos EUA seguiram trazendo cautela. O líder da maioria republicana e presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, apelou hoje aos democratas para que sentem à mesa com o objetivo de negociar e pôr fim à paralisação do governo do país. Conforme Boehner, os democratas não aceitam negociar. À tarde, o presidente norte-americano, Barack Obama, após conversa com ele, disse ser preciso "parar com as desculpas e colocar o projeto em votação".

Em meio a isso, os juros dos Treasuries operaram perto da estabilidade. A taxa do T-note para 10 anos marcava 2,639% às 16h34, de 2,634% no fim da tarde desta segunda. O dólar, por sua vez, também mostrou oscilações pequenas, mas terminou com leve baixa de 0,05% no mercado à vista de balcão, a R$ 2,2060.

A natural cautela numa semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se somou aos temores em relação à questão fiscal dos Estados Unidos, resultando num dia de volume baixo de negócios. Assim, as taxas intermediárias e longas caíram nesta segunda-feira, 7, acompanhando a queda do dólar e dos yields dos Treasuries. Os juros com prazos mais curtos, no entanto, subiram por causa de fatores técnicos. A taxa do CDI da sexta-feira, 4, voltou a subir de forma brusca, para 8,83%, ante 8,7% um dia antes, 3, o que provoca ajustes no trecho mais curto da curva de juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (136.410 contratos) marcava mínima de 9,416%, de 9,409% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (264.745 contratos) indicava taxa de 10,08%, ante 10,14% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (75.445 contratos) apontava 11,24%, de 11,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.895 contratos) estava em 11,77%, ante 11,82% no ajuste anterior.

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De acordo com profissionais da área de renda fixa, o cenário atual inspira essa cautela e o mercado de juros segue reagindo mais ao fatores externos do que aos domésticos. "A queda do dólar e dos juros dos Treasuries continuaram influenciando a parte intermediária e longa da curva a termo, fazendo as taxas caírem", afirmou um operador.

Em meio a isso, os investidores promoveram ajustes de alta nas taxas mais curtas por causa da disparada do CDI na sexta-feira - a taxa terminou em 8,83%, de 8,7% na quinta-feira. Isso explica o fato de o contrato de juro futuro para janeiro de 2014 ser um dos poucos a subir nesta segunda-feira. "Ainda assim, a correção é discreta devido ao volume baixo, à cautela antes do Copom e à mudança no cálculo do CDI que começou a valer hoje", afirmou o operador.

No exterior, o governo dos EUA seguiu paralisado, sem um acordo entre republicanos e democratas que assegure a aprovação do orçamento. Além disso, a aproximação do prazo-limite para que o teto da dívida seja ampliado, no dia 17, adicionou aversão ao risco nos mercados. Nesta segunda, o líder da Câmara, o republicano John Boehner, atrelou mais uma vez o debate sobre a elevação do teto da dívida à definição do Orçamento para 2014, enquanto o secretário do Tesouro, Jack Lew, alertou que o Congresso brinca com fogo. Nesse ambiente, o yield da T-note de 10 anos cedia a 2,634% às 16h31, de 2,652% no fim da tarde de sexta-feira. Enquanto isso, o dólar à vista ante o real recuou 0,18%, cotado a R$ 2,2070 no balcão.

As taxas futuras de juros terminaram majoritariamente em alta nesta sexta-feira, 04, acompanhando a valorização do dólar ante o real e o avanço da remuneração dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, chamados de Treasuries. O volume de negócios foi reduzido diante da cautela dos investidores com fatores domésticos e externos.

As palavras da véspera do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a inflação está sob controle no País, continuaram reverberando e colocaram um ponto de interrogação no mercado sobre a dose de aperto monetário que será dada na última reunião do ano, em novembro. Nos EUA, o imbróglio envolvendo o Orçamento do governo e o teto da dívida persistiram, apesar de alguns sinais de que um acordo seja possível.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.310 contratos) marcava 9,41%, de 9,382% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (203.195 contratos) indicava taxa de 10,14%, ante 10,17%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (89.700 contratos) apontava 11,28%, igual à véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.180 contratos) estava em 11,82%, ante 11,81% no ajuste anterior.

Os investidores seguem apostando em mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual da Selic nos encontros do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, na próxima semana e em novembro. Das instituições do mercado financeiro, 79 de 80 consultadas pelo AE Projeções esperam que a Selic passe de 9,00% para 9,50% na próxima quarta-feira, 09. Para o fim do ano, no entanto, a maioria das estimativas mostra o juro básico em 9,75% (49 de 76 casas).

De acordo com um profissional da área de renda fixa, a ausência de indicadores e a cautela antes do Copom travaram os negócios e foi o dólar e os Treasuries que garantiram a alta para o juros. Segundo a fonte, o mercado aguarda o comunicado e a ata da próxima reunião da autoridade monetária com o intuito de ajustar as apostas para o tamanho do ciclo de alta da Selic.

Dos indicadores domésticos conhecidos mais cedo, a produção de veículos caiu 2,5% em setembro ante agosto, mas subiu 15,2% na comparação com setembro de 2012, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar da queda na margem, o dado dessazonalizado mostrou crescimento de 8,1%, nos cálculos da Tendências Consultoria Integrada. A produção de caminhões avançou 2,8% na margem, ainda segundo a Tendências.

No exterior, a paralisação do governo dos EUA entrou no quarto dia e, por isso, o relatório oficial de emprego (payroll) deixou de ser divulgado. Uma reunião dos republicanos na Câmara dos Representantes para estudar um amplo acordo, que já poderia incluir o aumento do teto da dívida, não resultou em muito progresso, mas indica uma luz no fim do túnel. À tarde, os democratas da Câmara concluíram uma petição para forçar a votação do Orçamento e reabrir o governo. Assim, o juro da T-note de 10 anos marcava 2,653% às 16h30 (horário de Brasília), de 2,614% no fim da tarde de quinta-feira. O dólar voltava a ganhar terreno diante das principais moedas e subiu 0,45% em relação ao real, cotado na máxima de R$ 2,2110 no mercado à vista de balcão.

As taxas futuras de juros longos recuaram nesta quarta-feira, 02, devido à queda do dólar e à baixa na remuneração dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os chamados Treasuries. O comportamento se deveu ao impasse na questão fiscal norte-americana, bem como às incertezas em relação ao teto da dívida do país. A leitura é que o imbróglio enfraquecerá a economia dos EUA e, por consequência, a economia global.

Os juros de curto prazo, por sua vez, oscilaram menos e se mantiveram perto dos ajustes, com o mercado apostando majoritariamente em mais duas elevações de 0,5 ponto porcentual da Selic nas reuniões de outubro e novembro do Comitê de Política Monetária (Copom), apesar da produção industrial mais fraca na comparação interanual.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (apenas 44.580 contratos) marcava máxima de 9,39%, de 9,379% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (528.795 contratos) indicava taxa de 10,27%, ante 10,31%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (177.980 contratos) apontava 11,37%, de 11,48%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (9.275 contratos) estava em 11,83%, ante 11,86% no ajuste anterior.

A produção da indústria, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou estável em agosto frente a julho, em linha com a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,00%). Na comparação com igual mês do ano passado, caiu 1,2%, resultado pior do que a mediana das estimativas, de -0,85%.

Quanto à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a evolução dos preços na cidade de São Paulo, subiu 0,25% em setembro, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A taxa coincidiu com a mediana das expectativas (0,25%). Para outubro, a Fipe espera aceleração do IPC para 0,48%, principalmente pela recuperação de preços do grupo Alimentação. Para 2013, revisou em baixa sua projeção (de 4,80% para 4,30%).

Mais cedo, em entrevista à agência de notícias Bloomberg, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, teria afirmado que o dólar já afeta a inflação no atacado e que o BC vai monitorar o repasse disso para o consumidor, segundo um operador que teve acesso à informação. Conforme o relato, Tombini também disse que deseja o IPCA o mais perto possível do centro da meta de 4,5%, mas sem estipular uma data para que isso ocorra. As palavras ajudaram a reduzir a queda das taxas mais longas, colocando os juros curtos nas máximas. Nesta sessão, o dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,1980, com baixa de 1,12%.

No exterior, pesaram os indicadores econômicos divulgados nos EUA e preocupações com as dificuldades na elevação do teto da dívida do país, que será alcançado no próximo dia 17. Além do impacto da paralisação parcial do governo norte-americano na economia, há temores sobre os efeitos desse "fechamento" na negociação em torno do teto da dívida. O presidente Barack Obama convidou líderes do Congresso de ambos os partidos à Casa Branca para discutir a paralisação. Às 16h41 (horário de Brasília), o juro do T-note de 10 anos marcava 2,621%, de 2,643% no fim da tarde da véspera.

As taxas futuras de juros tiveram avanço consistente nesta quinta-feira (26) influenciadas por fatores domésticos e externos. Chamou atenção, contudo, a alta dos juros mais curtos, que andavam travados nos últimos dias em virtude da leitura de que o Banco Central subiria a Selic em 0,50 ponto porcentual em outubro, podendo repetir a dose em novembro ou reduzi-la para 0,25 ponto porcentual.

De terça-feira (24), para quarta, 25, no entanto, a taxa do CDI subiu 10 pontos-base, o que provocou ajustes na taxa dos contratos de DI para janeiro de 2014. Além disso, o desemprego abaixo do piso das estimativas e a alta do dólar e dos juros dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos EUA) ajudaram a puxar para cima todos os vencimentos.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (692.325 contratos) marcava 9,30%, de 9,24% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (387.785 contratos) indicava taxa de 10,15%, ante 10,04% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (177.140 contratos) apontava 11,38%, de 11,24%. A taxa do DI para janeiro de 2023 (6.780 contratos) estava na máxima de 11,93%, ante 11,79% no ajuste anterior.

Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego em agosto atingiu 5,3%, ante 5,6% em julho e o piso de 5,4% encontrado pelo AE Projeções nas estimativas do mercado financeiro. O número já traria viés positivo para os juros, mas a alta incomum da taxa do CDI, de 8,70% para 8,81%, acabou amplificando o movimento dos juros curtos, uma vez que os investidores têm que fazer ajustes em suas carteiras, segundo um operador.

O dólar, por sua vez, seguiu em alta, o que deu sustentação ao avanço dos juros, sobretudo intermediários e longos. A moeda dos EUA sofre influência de uma série de fatores, entre os quais a percepção de que o BC não quer a divisa abaixo de R$ 2,20. Além disso, a disputa entre comprados e vendidos para a formação da taxa Ptax pressionou o dólar para cima. Por fim, a moeda dos EUA operou em alta também no exterior, influenciando o mercado doméstico. O dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,2460, com valorização de 0,85%.

No exterior, alguns números positivos da economia dos EUA, reforçando a percepção de que o Fed pode reduzir os estímulos em breve, declarações de membros da instituição e a tensão envolvendo a questão fiscal norte-americana acabaram puxando os juros dos Treasuries. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego, por exemplo, caiu para 305 mil na semana até 21 de setembro, após ajustes sazonais. Analistas esperavam que o número ficasse em 330 mil. Assim, a taxa do T-note de 10 anos marcava 2,648% às 16h40 (horário de Brasília), de 2,619% no fim da tarde de quarta-feira.

Em meio ao avanço firme do dólar em relação ao real, as taxas futuras de juros subiram nesta quarta-feira (25). A moeda dos EUA sofreu influência das incertezas quanto ao teto da dívida e ao orçamento norte-americanos, o que trouxe certa aversão ao risco. Além disso, o fato de o Banco Central ter vendido parcialmente os contratos de swap, pela primeira vez desde que anunciou o programa de intervenção diária, criou um ruído que amplificou a valorização do dólar. Os índices de inflação domésticos conhecidos mais cedo mostraram aceleração, o que contribuiu, ainda que de forma secundária, para o avanço dos juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (134.790 contratos) marcava mínima de 9,24%, de 9,23% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (309.645 contratos) indicava taxa de 10,04%, ante 9,99% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (196.735 contratos) apontava 11,24%, de 11,09%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.650 contratos) estava em 11,66%, de 11,53% no ajuste anterior.

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"O mercado de juros trabalhou de olho no dólar, que sobe influenciado pelas incertezas em relação à questão fiscal nos Estados Unidos", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostgano. O dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,227, com alta de 1,37%.

Nesta manhã, o Departamento do Tesouro dos EUA informou que vai exaurir as medidas emergenciais que tomou para garantir o pagamento de obrigações federais até 17 de outubro, quando o governo contará com apenas US$ 30 bilhões em caixa. Vale destacar que o Senado dos EUA aprovou nesta tarde a deliberação sobre uma versão alterada do Orçamento para o ano fiscal de 2014. Mas existem outras votações informais que terão de ser realizadas antes da votação final do projeto no plenário, que pode não ocorrer antes de domingo, 29.

Dos dados de inflação conhecidos, o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, registrou alta de 0,20% na terceira quadrissemana de setembro, após taxa de 0,16% na segunda leitura do mês e acima da mediana da estimativas coletadas pelo AE Projeções (0,17%). O Índice Nacional de Custos da Construção - Mercado (INCC-M) subiu 0,43% em setembro, mostrando aceleração ante a alta de 0,31% de agosto e com taxa acima do teto do intervalo das estimativas do AE Projeções (0,37%). E o Índice de Preços ao Produtor (IPP) em agosto subiu 1,48%, de 1,21% em julho, mostrando que a desvalorização cambial é sentida nos preços do atacado.

A quarta-feira também foi marcada por palestras da equipe econômica em Nova York, tentando atrair investidores estrangeiros para os projetos de infraestrutura no Brasil. O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação no Brasil está se retraindo e que a autoridade monetária vai assegurar que continue em trajetória declinante. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o investimento em infraestrutura, assim como ocorreu na China, vai dar dinamismo à economia brasileira e a participação no Produto Interno Bruto (PIB) pode sair do nível atual de 18% a 19% para atingir 23% ou 24%.

As taxas futuras terminaram em queda nesta terça-feira, 24, em linha com o comportamento do dólar ante o real e dos juros dos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries. A moeda dos EUA passou a cair ante o real depois que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçou, no Senado, que a estratégia de intervenção diária no câmbio deve ser mantida. Enquanto isso, os juros dos Treasuries reagiram a indicadores negativos dos EUA, bem como a incertezas sobre a redução dos estímulos à economia norte-americana por parte do Federal Reserve.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (134.320 contratos) marcava 9,23%, de 9,24% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (307.925 contratos) indicava taxa mínima de 9,99%, ante 10,09% na véspera e no menor nível desde 13 de agosto, quando terminou em 9,88%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (134.890 contratos) apontava 11,09%, de 11,15% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 3.855 contratos) estava em 11,53%, de 11,57% no ajuste anterior.

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Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tombini, ao se referir ao programa de leilões diários no mercado de câmbio, "a estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e de maior crescimento da economia global e do comércio internacional". "E como já afirmei, em nossa perspectiva, o programa está adequado, funcionando bem. Então, não há do nosso lado novidades sobre esse assunto", continuou. O dólar à vista no balcão fechou a R$ 2,1970, com baixa de 0,14%.

Ainda no cenário interno, o Índice da Confiança do Consumidor (ICC) avançou 1,0% na passagem do mês passado para este mês, aos 114,2 pontos, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse é o maior nível desde fevereiro (116,2 pontos), mas ainda está abaixo da média histórica (114,9 pontos).

No exterior, alguns indicadores abaixo do previsto nos EUA voltaram a trazer a percepção de que a redução dos estímulos por parte do Fed possa não ocorrer neste ano. Com isso, os juros dos títulos de 10 anos cederam ao menor nível em seis semanas em meio a ajustes de posições. O juro da T-note de 10 anos marcava 2,659% às 16h46 (horário de Brasília), de 2,704% no fim da tarde da véspera.

O índice de confiança do consumidor norte-americano medido pelo Conference Board caiu para 79,7 em setembro, de uma leitura revisada de 81,8 em agosto e ante projeções de que ficaria em 79,8. O índice de atividade industrial medido pelo Federal Reserve de Richmond, por sua vez, recuou para zero em setembro, de 14 em agosto.

Em um dia de liquidez reduzida e indicadores domésticos dentro do esperado, as taxas futuras de juros seguiram mercados externos e declarações de alguns membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). À tarde, o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, voltou a defender a redução dos estímulos pelo Fed e fez críticas à Janet Yellen, candidata à sucessão de Ben Bernanke na presidência da instituição. As declarações e a desmontagem de posições no fim da sessão desta segunda-feira, 23, ajudaram a colocar as taxas longas em discreta alta. Os vencimentos mais curtos, no entanto, ficaram quase estáveis.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (128.680 contratos) marcava 9,24%, igual ao ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (181.685 contratos) indicava taxa de 10,09%, de 10,07% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (76.710 contratos) apontava 11,15%, de 11,10%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.115 contratos) estava em 11,57%, de 11,54% no ajuste anterior.

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No mercado de títulos da dívida do Tesouro dos EUA, o juro do T-note de 10 anos, marcava 2,705% às 16h40 (horário de Brasília), de 2,740% no fim da tarde de sexta-feira.

"Como não houve surpresas com os indicadores conhecidos, os juros reagiram às declarações de membros do Fed", afirmou um operador. "Não há uma explicação clara para que o pequeno avanço das taxas mais longas no período da tarde. Como a liquidez é baixa, uma ou outra operação de desmontagem pode ter distorcido um pouco a curva", completou outro profissional da área de renda fixa.

O dia foi marcado por uma série de declarações de membros do Fed, que ora colocaram as taxas para baixo, ora para cima. Pela manhã, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que "a economia (dos EUA) ainda precisa de suporte de uma política monetária acomodatícia". No começo da tarde, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse, em entrevista ao Wall Street Journal, que é difícil ver na economia condições que permitam reduzir o programa de estímulo em outubro.

Depois, Fisher veio a público e criticou a decisão do Fed na semana passada, dizendo que adiar a redução dos estímulos colocou a credibilidade da instituição em dúvida. Ele, que não vota neste ano, mas participará das decisões do Fed em 2014, também afirmou que Janet Yellen "é uma boa pessoa, mas está errada sobre a política do Fed".

O dólar operou em queda ante a maioria das moedas, incluindo o real. A baixa também contou com a contribuição do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que, em teleconferência com a imprensa internacional, sinalizou a manutenção das intervenções no câmbio, dizendo que a estratégia tem sido bem-sucedida. O dólar à vista no balcão recuou 0,86%, cotado a R$ 2,20.

Na ausência de indicadores domésticos relevantes nesta terça-feira, 17, os investidores em juros optaram pela cautela antes do término da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), na quarta, 18. As taxas futuras oscilaram em intervalos pequenos e com pouca liquidez. O sinal de queda, no entanto, foi garantido pelo recuo do dólar ante o real, bem como pela baixa dos juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos EUA.

A expectativa majoritária é de que o Fed anuncie o início da redução dos estímulos, mas em volume pequeno. Ainda há quem acredite que, diante de alguns indicadores recentes nos EUA, as compras de ativos possam ficar intactas.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (147.675 contratos) marcava 9,27%, de 9,28% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (223.585 contratos) indicava taxa de 10,36%, de 10,44% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (134.810 contratos) apontava 11,65%, de 11,70%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.035 contratos) estava 12,05%, de 12,10% no ajuste anterior.

"O mercado se moveu ao sabor do dólar e dos Treasuries. Não houve indicador capaz de mexer com a percepção dos investidores", resumiu um operador. "E ainda que o Fed anuncie de fato a redução dos estímulos, acho que a reação dos juros se dará nos vencimentos mais longos", continuou o profissional de renda fixa.

O dólar caiu ante a maioria das demais divisas e voltou para a casa de R$ 2,25, com queda de 0,79% no mercado à vista de balcão, a R$ 2,259. O Banco Central voltou a vender integralmente os 10 mil contratos de swap, dentro do cronograma previsto. Os juros dos Treasuries, por sua vez, acentuaram as perdas ao longo da manhã, após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor dos EUA.

Tanto o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) quanto seu núcleo, que exclui as categorias de alimentos e energia, subiram 0,1% em agosto ante julho, exatamente como esperado por analistas. Depois, no entanto, os prêmios dos Treasuries reduziram a queda, na sequência de um leilão fraco de títulos soberanos da Alemanha. O juro da T-note de 10 anos marcava 2,850% às 16h33 (horário de Brasília), de 2,877% no fim da tarde da segunda-feira.

Dos indicadores domésticos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu para 54,2 pontos em setembro. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, é o segundo mês consecutivo de crescimento do índice, o que representa um "sinal importante para a recuperação da indústria". Em agosto, o Icei tinha atingido 52,5 pontos. Em julho, o indicador ainda estava no terreno do pessimismo (49,9 pontos).

Em mais um dia de liquidez reduzida no mercado de juros, as taxas futuras terminaram outra vez perto da estabilidade nesta sexta-feira, 13. Segundo operadores, a cautela antes da reunião do banco central norte-americano (Federal Reserve), nas próximas terça e quarta-feira, 17 e 18, travou os negócios ao longo da semana, que teve giro baixo e oscilações contidas. Nesta manhã, o resultado do IBC-Br de julho melhor do que o esperado reforçou as apostas de que o Banco Central (BC) elevará a Selic mais duas vezes, em 0,50 ponto porcentual cada.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (93.560 contratos) marcava 9,28%, de 9,29% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (175.835 contratos) indicava taxa de 10,46%, de 10,49% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (112.020 contratos) apontava 11,69%, de 11,72%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.645 contratos) estava em 12,10%, de 12,12%.

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Logo cedo saiu o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que caiu 0,33% em julho ante junho, após alta de 1,03% em junho ante maio (dado revisado), na série com ajuste sazonal. A mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções era de queda de 0,60%. No período de maio a julho ante fevereiro a abril o indicador ficou estável. Isso e os números do varejo divulgados na quinta, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deram força à percepção de que a desaceleração da atividade no terceiro trimestre pode ser menos intensa do que se antecipava.

Apesar do cenário em tese não resultar no efeito desinflacionário que se esperava com a atividade mais fraca, os investidores estão convictos de que o BC não está disposto a ir muito além no aperto monetário, uma vez que, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária o BC citou neutralidade quanto à política fiscal. A partir disso, o mercado depreendeu que a autoridade monetária conta com o resultado primário para não continuar elevando a taxa básica em 2014.

"O mercado está se movendo pouco. Em primeiro lugar, os investidores estão convictos de que o aperto monetário acaba neste ano. E há ainda o fator externo, com a cautela antes da reunião do Federal Reserve", afirmou um operador. "Caso a redução dos estímulos seja iniciada, podemos ter movimentos mais intensos, a depender da magnitude do movimento", continuou.

Alguns indicadores nos EUA voltaram a colocar em dúvida a possibilidade de redução das compras de ativos pelo Fed. A confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan caiu para 76,8 em setembro, de 82,1 em agosto e ante previsão de 81,8. Assim, o juro do T-note de 10 anos cedia para 2,895% às 16h30, de 2,905% no fim da tarde da véspera. O dólar, nesse ambiente, oscilou em margens estreitas, mas com alguma volatilidade. No fim, a moeda à vista no mercado de balcão terminou a R$ 2,2810, com alta de 0,35%.

Apesar da queda do dólar nesta segunda-feira, 9, as taxas futuras de juros de curto prazo não acompanharam o comportamento com a mesma intensidade e terminaram perto dos ajustes de sexta-feira. As taxas longas, por outro lado, mostraram algum viés de queda ao longo do dia, influenciadas pela moeda dos Estados Unidos, mas principalmente pelo recuo dos juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos EUA. No fim da sessão, no entanto, também se reaproximaram dos ajustes. Em um dia de pouco indicadores no âmbito doméstico e de liquidez reduzida, os movimentos foram sempre acompanhados pela cautela permanente com a Síria. O resultado positivo da balança comercial chinesa trouxe alívio para o dólar e evitou qualquer pressão altista sobre o mercado de juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (149.055 contratos) marcava 9,23%, de 9,22% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (175.070 contratos) indicava taxa de 10,29%, igual à sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (106.755 contratos) apontava 11,52%, de 11,53%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.150 contratos) estava em 11,96%, de 11,97% no ajuste anterior.

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Assim, o mercado segue apostando em mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual para a Selic em 2013, para 10% anuais. No entanto, já há uma minoria que considera uma redução do ritmo, para 0,25 ponto porcentual, no encontro de novembro. "A fraca liquidez de hoje pode ter limitado a continuidade da queda das taxas mais curtas. Qualquer operação acaba distorcendo o mercado", ponderou um operador.

Em meio a mais um leilão de swap cambial do Banco Central (BC), no qual vendeu os 10 mil contratos ofertados, o principal estimulante para a queda do dólar veio da China. O superávit comercial do gigante asiático subiu para US$ 28,6 bilhões em agosto, superando a projeção de saldo positivo de US$ 20,4 bilhões e alcançando o maior nível do ano. Assim, o dólar à vista no mercado de balcão terminou a R$ 2,27, com queda de 1,30%.

Outro fator que concorre para a relativa tranquilidade dos mercados vem de sexta-feira, quando a criação de vagas de emprego nos Estados Unidos, de 169 mil em agosto, ficou abaixo das projeções de 175 mil e levou os investidores a trabalhar com a hipótese de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) não reduzir os estímulos à economia neste mês. Com isso, os juros dos Treasuries seguiram em queda e às 16h34 (horário de Brasília) a taxa do T-note de 10 anos estava em 2,902%, de 2,935% no fim da tarde de sexta-feira.

Enquanto isso, os dados domésticos acabaram relegados ao segundo plano. A Fundação Getulio Vargas informou que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) na primeira quadrissemana de setembro subiu 0,25%, de 0,20% no fim de agosto. O grupo Alimentação, que avançou de 0,17% para 0,30% no período, foi o que mais contribuiu para a aceleração do IPC-S.

Pelo lado da atividade, o Indicador Antecedente de Emprego, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, avançou 2,6% em agosto, considerando os dados com ajuste sazonal.

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