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Maria da Conceição Zacarias de Souza, Teta, Ceça. O fato dela ser conhecida por tantos nomes parece ser uma demonstração de como ela viveu também tantas vidas. Hoje, dá palestras e trabalha no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no centro do Recife, mesmo local em que foi levada algemada três vezes.

 “Teta” é como a mulher, de 48 anos, é conhecida no bairro dos Coelhos, no centro da cidade, onde cresceu em uma palafita, convivendo com o barulho do rio, ratos e a falta de saneamento básico. Era a alcunha também de quando ela roubava lojas, traficava e abria a bolsa das mulheres subtraindo pertences sem que percebessem - atividade que começou a fazer desde os 12 anos. 

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Em seu local de trabalho, entretanto, é Ceça. Também é chamada assim pela companheira, Maria Madalena, que a conheceu em 2002 na Colônia Penal Bom Pastor.

Maria começou seu processo de reinserção a partir de um projeto de uma professora de Direito da Universidade Católica de Pernambuco, que queria gravar um documentário com detentas. Foi a professora quem também ajudou Ceça a conseguir o emprego de auxiliar de serviços gerais que ela tem hoje. 

A ex-presidiária já contou um pouco da sua história na Faculdade de Direito do Recife (FDR), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Pernambuco (UPE) e no Seminário Internacional de Pesquisa em Prisão. No dia 30 de novembro, Maria palestrou no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Santa Luzia, para adolescentes do sexo feminino.  

“Teve uma menina lá que disse que a mãe dela já tirou cadeia comigo e hoje a menina também está presa. Mas ela disse que no futuro quer ser como eu”, disse Ceça, sem esconder o orgulho. A multiplicidade da vida de Maria da Conceição Zacarias de Sousa, que é querida por todos os profissionais do Fórum, do colega de serviços gerais ao magistrado diretor do local, é retratada na reportagem especial em vídeo abaixo:

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