Tópicos | Trabalhos manuais

Um dos momentos mais importantes para o desenvolvimento das crianças é a educação escolar. Além de processos pedagógicos que constroem a formação das pessoas, a educação infantil possibilita atividades com elementos de afetividade, como os antigos trabalhos escolares. Neste Dia das Crianças, o LeiaJá traz a história de quem, mesmo adulto, preserva com carinho e lembranças as atividades de papel pautado, cartolina e outros objetos que marcaram época nos colégios.

As lembranças de Júlia Tainá Marinho de Salles Menezes, de 32 anos, soam nostálgicas, quando remetem aos trabalhos realizados, muitas vezes, de forma manual na época de escola. Boa parte do material produzido ainda é guardado sob muito cuidado pela administradora e internacionalista.

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“As minhas recordações sobre as atividades são sempre boas. Era um momento que eu me dedicava muito na escola. Eu peguei a transição, quando eu tinha 11 e 12 anos, quando a escola começou a obrigar a usar o computador e eu não gostava, porque não era minha letra, a capa tinha que ser do computador, eu tentar ser criativa dentro do que podia”, conta, em entrevista ao LeiaJá.

Os trabalhos são guardados com muito cuidado por Júlia. Foto: Arquivo pessoal

Ela relembra que, além das aulas de arte, a instituição de ensino na qual estudava realizava feira de ciências, gincanas e apresentações de trabalhos para os demais colegas de turma. Muito participativa, Júlia fazia questão de estar presente em todas as atividades. ”Eu participava de tudo na escola”, conta.

Das recordações das feiras, ela fala com orgulho da confecção das maquetes na época. “Eu me lembro que nas feiras de ciências, a gente tinha que fazer maquetes e eu me dedicava bastante quando tinha que fazer alguma maquete, eu me lembro de um trabalho que eu tinha que fazer animais, e poderia buscar objetos de casa para montar, animais de brinquedos que a gente já tinha em casa. Eu fiz um lago com gel, pintava com tinta guache e pincéis", recorda.

Júlia comenta que os trabalhos escolares não eram apenas restritos à sala de aula. Muito do que aprendia e produzia nas instituições de ensino era levado para casa e se tornava brincadeira de criança. “Eu tenho lembrança em casa dando aula aos meus bichos de pelúcia, às barbies. Eu pegava os trabalhos do colégio e aplicava como se fossem provas para os meus bonecos. Eu me sentia tão confortável, eu gostava tanto, me dedicava tanto que nos momentos de brincadeira eu lembrava daquilo ali e queria fazer em casa", diz.

As camisas usadas pela administradora na época das gincanas promovidas pelas escolas. Foto: Arquivo pessoal

Para Anita Lilian Zuppo Abed, psicóloga, psicopedagoga, neuroeducadora, mestre em psicologia, doutoranda em educação e saude pela Unifesp, essas atividades são importantes para o desenvolvimneto tanto educacional quanto pessoal. "As crianças vivenciam experiência corporais, papéis pautados, escrever, aprender a trabalhar com limites no espaço, porque aí limita sua ação motora no espaço. Ao mesmo tempo que você está fazendo um produto que é seu, você vê aquilo que você pensou e fez, concretizado numa imagem que você produziu, é lindo, isso dá uma sensação de autoria enorme", explica a especialista.

E complementa: "É importante na aprendizagem esse sentimento de autoria, de estimular as crianças a serem autoras, resgatando todas possibilidade, como o trabalho na cartolina, no trabalho em equipe e trabalho individual". 

Com entrevistas de Thaynara Andrade

Quem gosta de artesanato tem duas opções de feiras para visitar, neste mês de setembro, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Em Paulista, a 3ª Feira de Artes e Artesanato expõe o trabalho de 80 artesãos locais até o dia 20 deste mês. Logo em seguida, no dia 30, terá início a 4ª Feira de Negócios do Artesanato de Camaragibe - Fenearc, na Vila da Fábrica.

A 3ª Feira de Artes e Artesanato, em Paulista, expõe os trabalhos de profissionais que fazem parte de oito associações de artesanato do município. A feira está sendo realizada na Praça João Pessoa, no centro da cidade, das 9h às 21h e é um resultado da parceria entre a Prefeitura do Paulista e o Programa de Artesanato de Pernambuco (PAPE)

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Já do outro lado da RMR, a 4ª Fenearc promete montar uma grande estrutura no bairro Vila da Fábrica, em Camaragibe, a partir do dia 30 de setembro. Serão cinco dias de feira com o envolvimento direto e indireto de mais de 300 profissionais na organização e comercialização. Também será lançada a segunda edição da Revista Fenearc que presta uma homenagem aos Patrimônios Imateriais de Camaragibe. A Fenearc será realizada entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro.  

Serviço

3ª Feira de Artes e Artesanato 

Até 20 de setembro | 9h às 21h

Praça João Pessoa - Paulista

Gratuito

 

4ª Feira de Negócios do Artesanato de Camaragibe - Fenearc

De 30 de setembro a 4 de outubro

Praça de eventos - Vila da Fábrica 

Gratuito

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