Os rodoviários de Pernambuco participam nesta segunda-feira (19) de um julgamento, em Brasília, sobre o reajuste salarial concedido pelo Tribunal Regional do Trabalho de PE. Esse encontro irá decidir se a mudança salarial – dissídio coletivo - conferida em 15 de julho deste ano será mantida ou a decisão será desfeita.
O julgamento, presidido por Antônio José de Barros Levenhagen, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), tratou o processo corresponde aos valores que devem ser pagos até o julgamento final do dissídio coletivo 2015.
##RECOMENDA##Havia sido realizada uma alteração salarial que contava com a diminuição do aumento salarial de 12% para 9% e o tíquete para alimentação de 59% para 9%.
Em nota, o Sindicato dos Rodoviários emitiu uma nota com pontos defendidos pela categoria.
Confira:
1.Os Rodoviários sabem que a Direção do Sindicato e sua Assessoria Jurídica estão lutando incansavelmente na justiça para tentar manter, em Brasília, a vitória na decisão do Tribunal de Pernambuco que garantiu o reajuste salarial e o tíquete em valores favoráveis aos trabalhadores. Os 12% no salário e R$ 300 no tíquete alimentação.
2. O recurso interposto pelo Sindicato dos Rodoviários contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho que suspendeu o aumento concedido pelo TRT6 foi julgado na tarde de hoje e parcialmente provido. O TST decidiu conceder reajuste linear dos salários e tíquetes de 9,3% - vale lembrar que corresponde à um valor inferior do conquistado nas mesas de negociações entre o Sindicato, a patronal e os grupos de oposição.
3. Apesar do aumento, entendemos que o valor ainda é bastante tímido. A disputa judicial se dará agora no processo principal do dissídio que já está no TST.
4. Tudo que estava ao alcance do Sindicato foi e está sendo feito para evitar que aconteça, em 2015, o que ocorreu em 2014 e em anos anteriores, quando o TST reformou a decisão do TRT.
5. Notas Técnicas do DIEESE, contratação de advogados em Brasília, apresentação de embargos, agravos, recurso e contrarrazões, e até uma agenda com o Presidente do TST em Brasília foi e está sendo feito para demonstrar que os patrões podem sim suportar o reajuste nos salários e nos tíquetes.
6. A missão não é fácil, mas estamos lutando com unhas e dentes! Lembramos que ir para a disputa nos tribunais, demorada e árdua, não foi uma opção da direção do sindicato.
7. Mesmo não sendo “dos sonhos”, especialmente diante do histórico de defasagem do nosso tíquete, que teria sido reajustado em 27% desde julho, a proposta de acordo extraída em mesa de negociação com a presença de todas as forças políticas da categoria era considerada um avanço.
8. Entretanto, a oposição vem prejudicando e muito os trabalhadores rodoviários! Oposição que fez parte, repetimos, da comissão de negociação desde o começo da campanha salarial 2015, oposição que tumultuou a Assembleia de 10 de julho que não aceitou a proposta de acordo, que semeia mentiras e que agora tenta se esquivar da culpa pela demora no julgamento.
9. Interesses de partidos políticos e centrais sindicais não podem nunca estar acima dos interesses dos trabalhadores rodoviários, e a oposição infelizmente não entende isso.
10. Mas vamos avante! O efeito suspensivo foi julgado e agora virá o julgamento principal do dissídio propriamente dito.
11. O Sindicato dos Rodoviários permanece firme na missão de defender os melhores interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, seja nos tribunais, ou fora dele.