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Um público seleto foi conferir a primeira noite da 22ª edição do Abril Pro Rock (APR), realizada nesta sexta-feira (25) no Chevrolet Hall. Mesmo com uma setlist que trouxe nomes de referência nacional e internacional, a plateia se mostrou apática e cansada em boa parte da programação - que na noite de abertura durou cerca de nove horas de apresentações ininterruptas. A surpresa ficou por conta das homenagens. Reginaldo Rossi recebeu um tributo com seus maiores clássicos, mas quase todos os shows foram dedicados à memória do produtor cultural Sérgio 'Pezão', que faleceu nesta sexta-feira (25) em decorrência de um câncer.
##RECOMENDA##As bandas foram divididas em dois palcos. No do Som na Rural se apresentaram as atrações Joanatan Richard, Daniel Groove e Trummer SSA, esta última liderada por Fábio Trummer, da Eddie. “Essa banda não tem nem um ano de vida, mas a gente toca com muito amor. Muito obrigado”, agradeceu o cantor, que se apresentou ao lado dos músicos Dieguito Reis e Luca Bori, da Vivendo do ócio (BA).
Atrações de São Paulo
A primeira banda a se apresentar no palco principal do APR foi a cantora paulista Tulipa Ruiz, que entrou na programação deste ano para substituir Karina Burh, atração anunciada no começo de 2014, mas que por motivos de agenda não pode vir dessa vez.
"Boa noite Abril Pro Rock. É uma satisfação muito grande estar aqui pela segunda vez. Obrigada por vocês da plateia terem chegado tão cedo. Ir pra balada às 22h é osso”, brincou Tulipa com o público, depois de cantar a primeira música do repertório, a canção É. Em seguida, ela embalou com os hits Ok e Like This. Também de São Paulo, a cantora Bárbara Eugênia fez sua primeira apresentação em solo pernambucano, mas ousou menos do que Tulipa no sentido criatividade no palco.
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Falhas no som
Um problema que teve início a partir do show da Bárbara, e que persistiu durante toda a noite, foi a falha técnica no som das atrações. Quando não era aquela velha microfonia, acontecia desequilíbrio nos volumes dos microfones. A Orquestra Betodélica sofreu desse mal, mas fez um show de estreia com boa participação do público, apesar das falhas no áudio da guitarra e dos microfones. “Foi massa tocar com os meninos. São vários projetos que a gente tentou unir e trabalhar em cima disso. É muito legal tocar no APR, porque é uma plateia que vem pra ver o que está no palco. Falta isso na cidade”, opina Aninha Martins.
A noite seguiu com Sebadoh (EUA), que nunca se apresentou no Brasil e sentiu dificuldades para interagir com a plateia no começo do show, além de também ter sofrido no começo com problemas no som. Para compensar, 'olás' e 'obrigados' foram distribuídos sem economia. Neste momento, o cansaço já batia pesado naqueles que chegaram mais cedo e muita gente já começava a ir embora ou a sentar.
Polêmica com Hooker e dispersão do público
A volta do cantor pernambucano Johnny Hooker ao palco do Abril Pro Rock foi bastante intensa. De um lado Hooker protagonizou um dos shows mais bem recebidos pela plateia durante o primeiro dia do festival. Do outro, o cantor fez duras críticas à produção do festival e exigiu mais respeito depois de ter a apresentação interrompida com o fechar das cortinas no palco. Logo depois do ocorrido, a guitarra de Felipe Cordeiro começou a tocar músicas como Ela é Tarja Preta, Legal e Ilegal e Eu Quero Gozar, quando boa parte do público já havia se dispersado.
Já era tarde na hora que os Autoramas começaram o show ao lado de Renato Barros, e por conta disso a apresentação passou um pouco batida. Os problemas no som também incomodaram bastante os tímpanos dos ouvintes, mas hits como Menina Linda e Não Há Dinheiro que Pague fizeram valer a apresentação dos roqueiros.
O tributo a Reginaldo Rossi, que deveria ser um dos pontos altos da noite, foi começar lá pelas 4h da manhã. Formada por músicos que acompanhavam o Rei do Brega, a banda The Rossi abriu o show com Recife, minha cidade. Depois chamaram ao palco Aninha Martins, Zé Manoel, que cantou A Raposa e As Uvas, Isaar, China, que cantou Garçom, Johnnie Hooker e tantos outros artistas para homenagear o rei num formato que tinha tudo pra marcar a história do festival. Pena que isso foi acontecer tão tarde e para tão poucas pessoas.
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