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Quando o chefe da Igreja católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.

Durante seus dois mil anos de história, a Igreja Católica modificou várias vezes as modalidades para a designação de um Papa até chegar tardiamente à fórmula atual do conclave. Nada no Evangelho indica como escolher o sucessor do Santo Padre.

A intervenção de soberanos, de grandes famílias, ou até da força armada na escolha dos Papas levou Nicolau II a reagir publicamente em 1060, publicando a bula In Nomine Domini. Este texto codificou permanentemente a eleição dos Papas, que ficou a cargo exclusivamente dos cardeais.

Em 21 de novembro de 1970, Paulo VI definiu as características atuais do colégio eleitoral: a idade limite de um cardeal para participar da eleição é de 80 anos, e no número máximo de cardeis eleitores é 120. João Paulo II confirmou essas regras em fevereiro de 1996 em sua constituição apostólica "Universi Domini Gregis".

Nos últimos anos, a internacionalização crescente do colégio de cardeais tornou cada vez mais aleatório qualquer previsão sobre a escolha do conclave.

A eleição de um Papa deve acontecer distante de toda pressão externa, para isso, o enclave (cum clave) fica isolado do mundo exterior.

Este isolamento existe desde 1271 quando, em Viterbe (Itália), os cardeais, sem conseguir chegar a um acordo para escolher o sucessor de Clemente IV, foram presos pelos cristãos, que os mantiveram apenas com pão e água, para incitá-los a eleger rapidamente um novo Papa.

O eleito, Gregório X, institui esta prática como regra, a exceção do regime de pão e água.

Atualmente, mudanças especiais foram realizadas no Vaticano a fim de assegurar o isolamento dos "grandes eleitores", mas também para permitir o mínimo de conforto durante a duração do conclave, já que vários deles são idosos.

Os cardeais entram em conclave em no mínimo 15 dias e no máximo 20 dias após a morte ou renuncia de um Papa. Eles passam em cortejo da Capela Paulina até a Sistina. Em seguida, as portas são fechadas, as chaves retiradas, e o isolamento é assegurado pelo cardeal carmelengo no interior, e pelo prefeito da Casa Pontifícia no exterior.

Os cardeais não têm o direito de votar em si mesmo e devem, um de cada vez, prestar juramento de respeito ao voto secreto e de aceitar o resultado. Eles juram igualmente que aquele entre eles que for eleito não renunciará jamais a reivindicar a plenitude dos direitos de pontífice romano.

A eleição acontece na Capela Sistina, com duas votações de manhã e duas à noite. As cédulas de voto são queimadas. O cardeal eleito é aquele que recebe pelo menos dois terços dos votos. Em caso de impasse, uma votação pela maioria absoluta é possível.

Quando o resultado é alcançado, o decano dos cardeais imediatamente pergunta ao eleito se ele aceita a eleição. Se este for o caso, torna-se Papa e sua jurisdição estende-se imediatamente para o mundo católico.

O novo Papa deve declarar o nome que ele escolheu como pontífice.

Durante o processo de votação, uma espécie de fogareiro é instalado na Capela Sistina para informar a multidão de fiéis, tradicionalmente reunida na Praça de São Pedro junto com o batalhão da imprensa, sobre o resultado da votação. Se a fumaça é preta, não há eleito. Se a fumaça é branca, um novo Papa foi escolhido.

Na manhã em que o atual papa anunciou que vai renunciar ao cargo no dia 28 de fevereiro, os Trend Topics (TTs), as frases mais publicadas no Twitter, são, em sua maioria, sobre o anúncio do Sumo Pontífice. Nos TTs mundiais, seis deles são relacionados ao Vaticano: #elpapadimite, #BenedictoXVI , #dimissioniPapa, Feb. 28, Iglesia Católica e até Juan Pablo II, relembrando o penúltimo Papa.

Nos TTs do Brasil, até as 11h desta segunda-feira, quatro dos dez Trend Topics são relacionados ao comunicado de Bento XVI, sendo eles: Papa Bento XVI, Igreja Católica, João Paulo II e Vaticano.

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Neste último domingo (10), o Papa Bento XVI publicou na sua conta do Twitter: “Devemos confiar no poder da misericórdia de Deus. Somos todos pecadores, mas Sua graça nos transforma e nos renova”. Esse é o último post antes de o Sumo Pontífice anunciar sua renúncia.

Até as 11h desta segunda-feira (11), a publicação tinha mais 9 mil retweets e foi marcada como favorita mais de 3 mil vezes.

O conclave para eleição do novo Papa, após a renúncia de Bento XVI anunciada nesta segunda-feira, provavelmente deve ser realizado antes do fim de março, afirmou há pouco o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi. Segundo ele, as autoridades responsáveis pela sede vacante - período em que o colégio de cardeais governa a Igreja - serão responsáveis por definir a duração.

"Não é possível prever, mas parece que a duração da sede vacante em outras ocasiões foi inferior a um mês", afirmou. "Mas antes tínhamos os funerais e desta vez não temos. Acredito que em março haveremos um conclave." Segundo Pe. Lombardi, as celebrações da Páscoa também podem ser comandadas pelo novo Papa. "Bento XVI permanece em pleno governo da Igreja até 28 de fevereiro", recordou o porta-voz. Em 2013, o Domingo de Páscoa será no dia 31 de março.

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O porta-voz do Vaticano acrescentou que o Papa não teme qualquer potencial consequência cismática da sua renúncia, "ele não vê risco de a confusão se espalhar por causa de sua decisão".

Após a renúncia, Bento XVI deve se mudar temporariamente para a residência de verão em Castelgandolfo, perto de Roma, e depois viverá em uma residência isolada no Vaticano, onde se dedicará à estudos, rezar e possivelmente escrever livros. Pe. Lombardi acrescentou que Bento XVI não participará do conclave para eleição do novo Papa.

A renúncia de Joseph Ratzinger ao trono do apóstolo Pedro nesta segunda-feira é histórica. Ele se torna o primeiro papa a renunciar em quase 600 anos. A partir de 28 de fevereiro, quando deixará o cargo, Bento XVI se unirá ao pequeno grupo de papas que abdicaram.

Segundo a tradição cristã e relatos históricos Clemente I (97), Ponciano (235), Silvério (537), João XVIII (1009), Bento IX (1045), Celestino V (1294) e Gregório XII (1415) fazem parte do grupo de bispos de Roma que deixaram o papado, pequeno se for considerado o total de 265 papas ao longo da história.

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"O Papa nos pegou de surpresa", disse há pouco o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, ao confirmar a saída de Bento XVI. Embora essa possibilidade fosse especulada em razão da idade avançada e o evidente cansaço do pontífice, ao mesmo tempo sempre costumava ser vista com certo ceticismo pelos observadores do Vaticano.

Também nos últimos anos de pontificado de João Paulo II havia muitos rumores de que o papa pudesse renunciar, o que não aconteceu. De qualquer forma, há mais de dois anos, Bento XVI afirmou ao jornalista e escritor alemão Peter Seewald não hesitaria em renunciar ao cargo se não se sentisse em condições "físicas, psicológicas e espirituais" para conduzir seu rebanho adequadamente.

O anúncio de Bento XVI ocorreu durante um consistório para a canonização de três mártires, tipo de reunião do Papa com os cardeais que ocorre regularmente. A partir das 20 horas do dia 28 de fevereiro inicia o período chamado de "sede vacante", durante o qual a Igreja Católica é governada pelo colégio de cardeais, especialmente na figura do camerlengo, atualmente o cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.

Entretanto, nenhuma grande decisão pode ser tomada. Neste ano, o conclave (eleição do novo Papa) deve ser convocado rapidamente, considerando que não há a necessidade de organização de um funeral para o antigo Papa. Atualmente são 119 os cardeais eleitores, ou seja, com menos de 80 anos. Todos podem ser eleitos. Ainda não está claro se Bento XVI continuará vivendo em Roma e que atividades realizará nos próximos anos.

Um porta-voz do governo da Alemanha prestou homenagem ao Papa Bento 16 nesta segunda-feira, logo depois que o Vaticano anunciou a demissão do pontífice alemão.

"O governo tem o respeito mais alto pelo Santo Padre por suas contribuições ao longo da sua vida para a Igreja Católica", afirmou porta-voz do governo alemão Steffen Seibert em uma coletiva de imprensa regular do governo. "Ele colocou suas próprias características pessoais como um pensador à frente da igreja e como um pastor", acrescentou.

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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fará provavelmente uma declaração ainda nesta segunda-feira, acrescentou o porta-voz. Mais cedo, o Vaticano disse que Bento XVI pretende deixar o cargo no dia 28 de fevereiro após oito anos de Pontíficie por causa da idade avançada para cumprir suas obrigações no Papado. O Papa tem 85 anos. As informações são da Dow Jones.

São Paulo, 11/02/2013 - O Papa Bento VXI vai renunciar a seu pontificado no próximo dia 28 de fevereiro, anunciou nesta segunda-feira o Vaticano. Leia abaixo a íntegra do anúncio da renúncia do Papa:

"Caríssimos irmãos,

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Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.

Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI"

A "idade avançada" e a necessidade de "vigor" para o cargo levaram o papa Bento XVI à decisão de renunciar. A explicação foi dada pelo próprio pontífice em carta distribuída nesta segunda-feira pela Rádio Vaticano. "Cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério", disse em carta. No texto, ele afirma estar "incapacitado" para o cargo.

Bento XVI afirma que chegou à decisão após "ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus". "Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor, quer do corpo quer do espírito", disse.

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Na carta, o líder católico afirma que este vigor necessário ao cargo "nos últimos meses foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado".

"Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20h horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vaga e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice".

Bento XVI termina a carta pedindo perdão aos católicos por sua decisão. "Verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos", disse. "Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus".

A edição online do El País informa que, segundo um porta-voz do Vaticano, o papa Bento XVI vai renunciar em 28 de fevereiro. Segundo o jornal, o porta-voz confirmou a informação à agência France-Press.

A Ordem de Malta, uma das organizações mais peculiares do mundo, celebrou 900 anos de existência neste sábado com uma colorida procissão na Praça de São Pedro, uma missa e uma audiência com o Papa no Vaticano. Bento XVI também é membro desta ordem que, no passado, foi de cavaleiros da nobreza europeia.

Malta antigamente era uma ordem da Igreja católica, um grupo de ajuda que atualmente administra cantinas sociais, lares para idosos, hospitais e outros serviços de saúde e assistência social em 120 países. É ainda uma entidade soberana com poder para imprimir passaportes e emitir moeda. É membro observador nas Nações Unidas e tem relações diplomáticas com 104 países, apesar de não ter estado próprio.

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Cerca de quatro mil pessoas - voluntários usando ternos laranja; crianças com bonés vermelhos e os membros da ordem com longas capas negras decoradas de cada lado do peito com a cruz de Malta - chegaram à Praça de São Pedro em procissão e entraram na basílica, marcando assim a data em que a Santa Sé reconheceu a ordem, há 900 anos.

Após a missa, celebrada pelo cardeal Tarcísio Bertone, o número dois do Vaticano, Bento XVI foi à basílica para uma audiência, na qual agradeceu à ordem os seus serviços e a exortou a continuar a providenciar serviços de saúde em todo o mundo, para os mais necessitados, mantendo-se fiel aos ideais cristãos. O trabalho da Ordem "não é só filantrópico, mas é uma expressão efetiva e um testemunho vivo do amor evangélico", disse o Papa.

A história da ordem começa no século XI numa enfermaria em Jerusalém criada por um monge para auxiliar peregrinos que visitavam a Terra Santa. Durante o tempo das cruzadas, a ordem espalhou-se e assumiu um papel militar ao proteger os peregrinos dos ataques muçulmanos. Em Fevereiro de 1113, o papa Pascoal II reconheceu a ordem e entregou-lhe uma bula papal que lhe dá um estatuto de soberania e de independência.

Para serem admitidos, os membros tinham de provar a sua origem nobre até à oitava geração. Este requisito já não é tão rígido em alguns países europeus, mas continua a existir, com membros da ordem pertencentes às famílias católicas mais ricas da Europa. Sessenta dos seus 13.500 membros são "cavaleiros professos" porque fazem votos de pobreza, castidade e obediência e vivem como monges, embora não sejam ordenados padres. As informações são da Associated Press.

O ministro do Vaticano para a família, monsenhor Vicenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho da Família, defendeu a família tradicional e reconheceu direitos para os casais "de fato", homossexuais ou não, o que constitui uma abertura por parte da hierarquia da Igreja Católica.

Em um encontro com a imprensa, Paglia explicou que são situações que o Estado deve resolver para impedir injustiças e discriminações.

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"É preciso encontrar soluções no âmbito do código civil para garantir questões patrimoniais e facilitar condições de vida para impedir injustiças com os mais fracos", disse.

"Infelizmente, não sou um especialista em direito, mas, pelo que sei, me parece o caminho que precisa ser percorrido", acrescentou.

Paglia, um dos fundadores da Comunidade de Santo Egídio, organização que mediou conflitos internacionais, entre eles em El Salvador, e defensor da causa de canonização do monsenhor salvadorenho Arnulfo Romero, costuma ter posições abertas sobre temas sociais.

O religioso, designado no ano passado para administrar um dos ministérios-chave do Vaticano, reiterou sua defesa do casamento tradicional, entre um homem e uma mulher, que considera "elemento fundador" da sociedade.

Durante o encontro com a imprensa, Paglia analisou a atual crise atravessada pelo casamento católico frente ao aumento do divórcio, dos pedidos de legalização do casamento homossexual e do aumento do número de mães solteiras.

"As formas de vida comum não familiares constituem um verdadeiro arquipélago de situações", afirmou.

"É claro que é preciso garantir os direitos individuais", acrescentou.

Paglia ilustrou aos jornalistas as próximas iniciativas de seu ministério, entre elas o encontro mundial que será realizado no início de 2015 na Filadélfia (Estados Unidos).

O arcebispo italiano manifestou sua total oposição a formas de discriminação contra os homossexuais em alguns países, em particular no Oriente Médio e na África.

"Em vários países, a homossexualidade é considerada um crime. É preciso combater isso", disse.

Por sua vez, condenou a aprovação da adoção por parte de casais do mesmo sexo.

"A Igreja conhece o preço do que é uma família sem filhos, dos idosos sozinhos e dos doentes. A família se transformou ao longo de décadas, mas nunca vamos abandonar seu 'genoma', ou seja, que é formada por um homem, uma mulher e seus filhos", disse.

A abertura em direção à aprovação de direitos dos gays por parte de um dos hierarcas da Santa Sé divide o movimento italiano de defesa dos homossexuais.

"Pela primeira vez um hierarca da Igreja reconhece direitos de casais homossexuais e denuncia que no mundo há muitos países que consideram a homossexualidade um crime", declarou satisfeito Franco Grillini, da rede Gaynet.

Menos positiva foi a reação de Aurelio Mancuso, líder do movimento Equality Italia.

"Reconhecer os direitos individuais equivale a manter a atual situação. Ou seja, ausência de direitos", disse.

O tema da legalização do casamento gay irrompeu na Igreja católica, que até agora havia mantido uma posição firme sobre o assunto.

"O legislador deve responder a exigências que antes não existiam", afirmou o monsenhor Rino Fisichella, ministro do Vaticano para a "nova evangelização".

O religioso pede que o tema "seja debatido de forma mais ampla, e não imposto" pelos governos como ocorreu na França, Espanha e Portugal, segundo ele.

O papa Bento XVI declarou-se nesta segunda-feira "consternado" pelo trágico incêndio ocorrido em uma boate no sul do Brasil que provocou a morte de 231 pessoas e compartilha "a dor" de todos os atingidos, ao mesmo tempo em que ora e pede conforto para os feridos.

Em um telegrama de pêsames enviado em nome do pontífice pelo secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, ao arcebispo da cidade de Santa Maria, monsenhor Hélio Adelar Rubert, Bento XVI manifestou sua "participação na dor" dos familiares.

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"Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontífice pede que sejam transmitidos aos familiares das vítimas seus pêsames e participação na dor de todos os atingidos", afirma o texto divulgado pelo gabinete de imprensa do Vaticano.

"Confio a Deus Pai Misericordioso os falecidos e peço ao Céu conforto e melhoras para os feridos", escreveu.

Um incêndio em uma boate na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, repleta de estudantes universitários deixou ao menos 231 mortos no domingo, em sua maioria asfixiados no tumulto, assim como 116 feridos, de acordo com o último balanço oficial.

Quatro mulheres arrancaram o sutiã e fizeram um topless neste domingo na praça de São Pedro, em protesto contra a oposição do papa Bento XVI ao casamento gay. O pontífice, que fazia seu discurso de domingo na janela dos aposentos papais para a praça de São Pedro, aparentemente não percebeu direito o que acontecia.

A polícia italiana deteve as quatro mulheres, que pertencem ao grupo feminista ucraniano Femen, enquanto os fiéis que estavam na praça observavam a ação. Bento XVI batizou vinte crianças mais cedo neste domingo, na capela Sistina. As informações são da Associated Press.

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O Papa Bento XVI rezou nesta terça-feira (1°) pela paz no mundo e condenou as desigualdades entre ricos e pobres, assim como o capitalismo financeiro não regulado, durante a tradicional missa de Ano Novo na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O Papa citou os "focos de tensão e de confronto provocados pela crescente desigualdade entre ricos e pobres, e a predominância da mentalidade egoísta e individualista que é também uma das manifestações do capitalismo financeiro não regulado".

Bento XVI, no entanto, afirmou que a humanidade tem "uma vocação inata para a paz" e este ano rezou pelo "dom da paz", citando um trecho da Bíblia: "Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus".

No dia 1º de janeiro, a Igreja Católica celebra a jornada mundial da paz.

Bento XVI participou neste sábado (29) no final da tarde de uma celebração ecumênica na praça da Basílica de São Pedro com a presença de 40.000 jovens cristãos -católicos, protestantes e ortodoxos- que chegaram a Roma para o encontro europeu de Taizé.

Orações, cantos e momentos de silêncio se alternaram durante esta celebração, que faz parte de uma série de encontros que começou na sexta-feira e continuará até quarta.

Por volta de meio-dia muitos jovens estavam reunidos na grande esplanada do Circo Máximo em Roma, escolhido como ponto de encontro antes da peregrinação nas igrejas da capital italiana e da vigília de oração com o Papa.

"Reunir-se com 40.000 jovens de toda a Europa é extraordinário. Eu vim por isso, não para ver o Papa. Na verdade, metade da minha família é protestante e a outra é católica, e eu não sei realmente o que sou", explicou Flora, de 26 anos, vinda de Paris.

"Às vezes com as missas tradicionais, é complicado entender o interesse, as ideias... A oração com cantos, como em Taizé, é simples, permite compartilhar a fé de uma maneira mais simples", disse Georg, um estudante alemão de 23 anos.

A oração e o silêncio, a solidariedade e a paz, a confrontação com o mundo contemporâneo, a dúvida, o exemplo dos primeiros cristãos e o dos "mártires da fé" de hoje, estão no centro desta "peregrinação da confiança pela paz" -como a comunidade Taizé caracteriza seus encontros anuais. O último foi realizado em Berlim no final de 2011.

Estes encontros já aconteceram três vezes em Roma: em 1980, 1982 e 1987.

Em ocasião de um sínodo realizado em outubro sobre a Nova Evangelização, o irmão Alois, pároco de Taizé, havia ressaltado a importância do testemunho de união de cristãos para os jovens: "Eles ficam surpresos à vezes de ter que superar todos os tipos de barreiras culturais e confessionais, não buscam a causa. E encontram em Cristo a fonte de uma unidade que não tem fronteiras. Este ecumenismo da oração não alenta uma tolerância fácil".

Estes encontros foram iniciados em 1978 pelo protestante suíço Roger Schutz (1915-2005), fundador desta comunidade ecumênica instalada em Taizé, Borgonha (centro-leste da França), que a cada ano recebe dezenas de milhares de jovens europeus.

O Papa Bento XVI convocou nesta terça-feira, durante sua tradicional bênção "Urbi et Orbi", os envolvidos no conflito sírio a "procurar uma solução política", e rezou pelos latino-americanos.

"Eu faço um apelo pelo fim do derramamento de sangue, que seja facilitado o socorro aos deslocados e refugiados e que, através do diálogo, procurem uma solução política para o conflito", declarou o Papa, falando da varanda da Basílica de São Pedro, diante de milhares de fiéis reunidos por ocasião do Natal.

"Há esperança no mundo, mesmo em tempos e nas situações mais difíceis", disse, pedindo para "que a paz germine para o povo sírio, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os indefesos e ceifa a vida de vítimas inocentes".

Desde março de 2011, início da revolta popular contra o regime do presidente Bashar al-Assad, a violência causou mais de 44 mil mortes, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Na Síria, a minoria cristã, formada por 1,8 milhão de pessoas, permaneceu distante da revolta popular. Seus líderes e parte da comunidade são a favor do regime por medo dos islâmicos.

Bento XVI fez ainda um apelo aos "novos líderes chineses" para que "valorizem a contribuição das religiões" no país, enquanto que as tensões aumentaram nos últimos anos entre a China e o Vaticano.

"Que o Rei da paz olhe para os novos líderes da República Popular da China, para a alta carga que os espera. Espero que coloquem em valor a contribuição das religiões (...) de modo que possam contribuir para a construção de uma sociedade solidária", declarou.

O Papa também pediu pelos fiéis latino-americanos e por seus governantes em sua luta contra a criminalidade.

"Que o Menino Jesus abençoe os muitos fiéis que celembram o seu nascimento na América Latina. Que faça crescer as suas virtudes humanas e cristãs, sustente aqueles que foram forçados a migrar para longe de suas famílias e suas terras", disse o Santo Padre.

"Que (Jesus) reforçe o compromisso dos governantes com o desenvolvimento e a luta contra o crime", acrescentou Bento XVI.

Bento XVI também pediu por soluções pacíficas na África, Nigéria, Quênia, Mali e República Democrática do Congo.

Ele rezou pelo "retorno da harmonia na Nigéria, onde atrozes atentados terroristas continuam a ceifar vidas, especialmente entre os cristãos, e condenou" os ataques sangrentos contra a população civil e lugares de culto no Quênia.

Os cristãos estão sujeitos a numerosas perseguições no mundo. Os casos que provocam maior preocupação acontecem no Egito, onde os coptas são ameaçados pelos islamitas, na Nigéria, onde o movimento extremista Boko Haram semea o terror, no norte do Mali, ocupado por islamitas, e no Sudão e Paquistão, onde várias pessoas foram mortas por serem cristãs. Também na Índia, Indonésia, China e nas monarquias do Golfo, por vezes, os cristãos são discriminados, ameaçados e marginalizados.

Nesta terça-feira na Indonésia, nas proximidades de Jacarta, mais de 200 muçulmanos indonésios atiraram ovos podres contra cristãos protestantes, que queriam celebrar a missa de Natal em um campo, onde pretendem construir uma igreja.

Segundo o Vaticano, outros ataques contra a liberdade religiosa ocorrem no Ocidente, onde a "intolerância" se espalha e onde a religião é relegada à esfera privada.

Na terça-feira, após a celebração da Missa do Galo, o Papa escreveu no Twitter para seus mais de dois milhões de seguidores sobre o seu gosto pelos presépios de Belém, revelando um interesse que vem desde a sua infância bávara.

Em dois tweets, marcados por um tom pessoal, Bento XVI escreveu sobre a decoração do presépio em sua infância, perguntando aos seus seguidores "que tradição familiar natalina vocês se lembram de sua infância?".

A chegada dos nazistas ao poder em Berlim, quando ele tinha 6 anos, não mudou muito a vida de Ratzinger. Seu pai, visceralmente anti-nazista, optou por mudar-se para uma pequena cidade e os irmãos Ratzinger foram forçados a se juntar à Juventude Hitlerista.

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O Papa Bento XVI celebrou na noite de segunda-feira no Vaticano a oitava Missa do Galo do seu Pontificado.

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A cerimônia de mais de duas horas, realizada tradicionalmente à meia noite, foi antecipada para as 22 horas para evitar um cansaço maior do santo padre, de quase 86 anos.

Durante a missa, acompanhada por um coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI definiu a violência em nome de Deus como uma “doença” da religião. Além disso, afirmou que a rejeição de Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis.

O Papa Bento XVI, 85 anos, acendeu, na noite desta segunda-feira, na janela de seu apartamento, uma vela, símbolo da luz do Natal, em homenagem ao presépio inaugurado na Praça de São Pedro, a poucas horas de uma missa solene na Basílica de São Pedro.

O Sumo Pontífice celebrará todas as cerimônias de Natal e Ano Novo e se prepara para visitar, em 2013, o Rio de Janeiro, onde presidirá a Jornada Mundial da Juventude.

Bento XVI avançou na escuridão até a janela, no terceiro andar do palácio pontifical, e saudou silenciosamente centenas de fiéis reunidos em frente ao presépio iluminado.

Após um ano marcado por uma agenda cheia, o pontífice iniciará o programa de cerimônias natalinas desta segunda-feira com a Missa do Galo de 24 de dezembro.

O Papa, que sofre de artrose devido à idade, costuma ser ajudado quando sobe ou desce escadas, chegará a bordo de uma plataforma móvel à basílica de São Pedro.

Em seu habitual discurso aos cardeais e à Cúria Romana por ocasião do Natal, o Papa condenou com firmeza o casamento gay e afirmou que essa luta "põe em jogo a visão do ser humano".

O mesmo tom da mensagem que será lida no próximo primeiro de janeiro, divulgado anteriormente, em que o pontífice ataca o aborto, o casamento gay e a eutanásia porque, "põem a paz em perigo".

Em uma ofensiva mundial a favor dos valores tradicionais da Igreja católica, o pontífice defendeu com força o conceito de família "composta pelo pai, mãe e filho" e alertou que "se até agora tínhamos visto como causa da crise da família um mal-entendido da essência da liberdade humana, agora está claro que aqui está em jogo a visão do ser, do que significa realmente ser homens", afirmou.

Bento XVI deverá realizar em 2013 sua terceira viagem à América Latina, e segunda ao Brasil, depois das realizadas em 2007 a Aparecida e deste ano ao México e a Cuba.

O Papa deverá celebrar a missa de encerramento em julho de 2013 no Rio de Janeiro para a qual são esperados cerca de dois milhões de jovens, sendo o Brasil o país com mais católicos do mundo: 123 milhões de seus 194 milhões de habitantes.

O Vaticano e a cidade do Rio decidiram celebrar a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude em duas fazendas em Guaratiba (zona oeste), a cerca de 55 km do centro do Rio.

Como um gesto paterno, o Papa perdoou o sábado passado a seu ex-mordomo Paolo Gabriele, condenado em outubro a 18 meses de prisão por ter subtraído documentos confidenciais de Bento XVI, após ter passado 117 dias detido em uma cela do Vaticano.

A maratona de cerimônias continuará no dia de Natal, com a benção "Urbi et Orbi" (à Cidade e ao Mundo) ao meio-dia (horário local), retransmitida ao vivo pela Mundovisión à maior parte dos países.

No dia 31 de dezembro, o chefe da Igreja Católica presidirá um "Te Deum", uma oração de ação de graças pelo ano passado e no dia primeiro de janeiro celebrará a Jornada Mundial da Paz com uma missa, na qual será lida a mensagem divulgada precedentemente.

No dia 6 de janeiro, a festividade dos Reis Magos, o pontífice ordenará vários religiosos arcebispos, entre eles seu secretário pessoal, o monsenhor Georg Gänswein.

O Papa Bento XVI, 85 anos, presidirá as cerimônias de Natal e Ano Novo, e se prepara para visitar o Rio de Janeiro em 2013, quando presidirá a Jornada Mundial da Juventude.

Após um ano marcado por uma agenda cheia, o pontífice iniciará o programa de cerimônias natalinas desta segunda-feira com a Missa do Galo de 24 de dezembro.

O Papa, que sofre de artrose devido à idade, costuma ser ajudado quando sobe ou desce escadas, chegará a bordo de uma plataforma móvel à basílica de São Pedro.

Em seu habitual discurso aos cardeais e à Cúria Romana por ocasião do Natal, o Papa condenou com firmeza o casamento gay e afirmou que essa luta "põe em jogo a visão do ser humano".

O mesmo tom da mensagem que será lida no próximo primeiro de janeiro, divulgado anteriormente, em que o pontífice ataca o aborto, o casamento gay e a eutanásia porque, "põem a paz em perigo".

Em uma ofensiva mundial a favor dos valores tradicionais da Igreja católica, o pontífice defendeu com força o conceito de família "composta pelo pai, mãe e filho" e alertou que "se até agora tínhamos visto como causa da crise da família um mal-entendido da essência da liberdade humana, agora está claro que aqui está em jogo a visão do ser, do que significa realmente ser homens", afirmou.

Bento XVI deverá realizar em 2013 sua terceira viagem à América Latina, e segunda ao Brasil, depois das realizadas em 2007 a Aparecida e deste ano ao México e a Cuba.

O Papa deverá celebrar a missa de encerramento em julho de 2013 no Rio de Janeiro para a qual são esperados cerca de dois milhões de jovens, sendo o Brasil o país com mais católicos do mundo: 123 milhões de seus 194 milhões de habitantes.

O Vaticano e a cidade do Rio decidiram celebrar a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude em duas fazendas em Guaratiba (zona oeste), a cerca de 55 km do centro do Rio.

Como um gesto paterno, o Papa perdoou o sábado passado a seu ex-mordomo Paolo Gabriele, condenado em outubro a 18 meses de prisão por ter subtraído documentos confidenciais de Bento XVI, após ter passado 117 dias detido em uma cela do Vaticano.

A maratona de cerimônias continuará no dia de Natal, com a benção "Urbi et Orbi" (à Cidade e ao Mundo) ao meio-dia (horário local), retransmitida ao vivo pela Mundovisión à maior parte dos países.

No dia 31 de dezembro, o chefe da Igreja Católica presidirá um "Te Deum", uma oração de ação de graças pelo ano passado e no dia primeiro de janeiro celebrará a Jornada Mundial da Paz com uma missa, na qual será lida a mensagem divulgada precedentemente.

No dia 6 de janeiro, a festividade dos Reis Magos, o pontífice ordenará vários religiosos arcebispos, entre eles seu secretário pessoal, o monsenhor Georg Gänswein.

O Papa Bento XVI concedeu neste indulto a seu ex-mordomo Paolo Gabriele, condenado em outubro por ter roubado documentos secretos do Vaticano, anunciou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

"O Santo Padre, em um ato muito paternal, foi ver Paolo Gabriele pessoalmente para informá-lo que ele havia concedido sua graça", indicou o padre Lombardi aos repórteres. O encontro durou cerca de 15 minutos, segundo o Vaticano.

Paolo Gabriele imediatamente recuperou a liberdade e voltou para sua casa, no Vaticano, com sua esposa e três filhos. No entanto, em sua declaração oficial, o Vaticano disse que ele "não poderá retomar seu trabalho anterior, nem continuar a residir no Vaticano". A Santa Sé irá ajudá-lo "a retomar uma vida tranquila com sua família".

"O Santo Padre visitou-o na prisão, para confirmar o seu perdão e comunicar pessoalmente que ele acolheu seu pedido de perdão, apagando a sentença que tinha sido imposta", disse o porta-voz.

Gabriele foi condenado no dia 2 de outubro a 18 meses de prisão pelo tribunal do Vaticano por "furto qualificado" de documentos confidenciais. Ele não recorreu.

O mordomo passou um total de 117 dias na prisão, entre o período de detenção depois de sua prisão em 23 de maio e o período de encarceramento em uma cela da Gendarmaria do Vaticano após o veredicto.

"É um gesto paternal do Santo Padre a uma pessoa com quem o Papa compartilhou por vários anos uma proximidade", explicou o padre Lombardi.

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