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Em 2010, com a propagação de considerado número de versões beta do Windows 7 e o relógio marcando Outubro para a morte oficial do XP, fabricantes de computadores e analistas esperavam que empresas, ansiosas para mudar para o Windows 7, mas relutantes em gastar dinheiro para substituir todos os computadores necessários para executá-lo, investissem pesadamente em desktops virtuais.

O potencial de economia com os gastos com hardware combinado com a redução do custos de manutenção e de segurança muitas vezes associada a desktops virtuais apontavam que 2010 seria o ano da virtualização dos desktops. O que não aconteceu.

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A expectativa então passou a ser 2011, uma vez que muitas empresas abrançaram a virtualização de servidores em 2010, e estariam preparadas para dar o próximo passo. De fato, a adoçao da tecnologia de desktop mais virtual começou a ser usada em grandes empresas, mas não houve nenhuma mudança no atacado como as empresas pensam sobre a virtualização no lado do cliente, de acordo com Sean Hackett, diretor de pesquisas do 451 Group.

"Uma boa parte da indústria continua esperando ansiosamente para ver a adoção em massa dos desktops virtuais, mas eu não vejo nenhum movimento nesse sentido retratado em nossas pesquisas ou em nossas entrevistas com CIOs", diz Hackett.

Entre as grandes barreiras, segundo relatório da Goldman Sachsestá o custo dos sitemas de VDI (Virtual Desktop Infrastructure) e, principalmente, dos sistemas de armazenamento usados para apoiá-los, comparados a outras prioridades no orçamento da maioria das empresas.

Houve um crescimento no uso da virtualização de desktops em algumas áreas específicas, como o VDI para aplicações de streaming e acesso remoto a partir de dispositivos móveis, mas não o suficiente para dizer que ela representa uma mudança fundamental no mercado, de acordo com Ian Song, analista de pesquisa da IDC.

"A tecnologia está ficando muito mais madura e o desempenho melhorou muito, especialmente de produtos da Citrix e da VMware, com a sua mudança para o PC-over-IP," diz Song. "A oferta de produtos aindaé muito fragmentada. Não há uma maneira padrão para a construção de uma infraestrutura de desktop virtual, segundo ele. E os principais fornecedores estão ainda a um ano ou dois de introduzir sistemas de gestão unificados que possam lidar com desktops, mobile, nuvem e servidores virtuais."

O Windows 7 acabou por ser um catalisador pouco eficaz para as vendas de VDI, muito aquém do que os vendedores e os analistas esperavam. O custo envolvido na atualização dos PCs e do OS acabou por não ser muito diferente do que o custo de construção do servidor e de infraestrutura de rede para suportar desktops virtuais.

Tem mais: os desktops virtuais têm um ROI muito mais baixo do que o dos servidores virtuais, por causa da quantidade de tempo que a equipe de TI leva para configurar tantas máquinas e contas. Além disso, as políticas de licenciamento da Microsoft incentivam os usuários a ficarem com uma área de trabalho particular ou usarem laptops em vez de desktops virtuais, embora possamos ver mudanças nessa frente nos próximos meses.

"O ROI do desktop é simplesmente muito mais baixo do que para o servidor [virtualização], especialmente quando você escala acima de 20, 30 ou mais PCs," diz Song. "Com o Windows 7 você provavelmente teve que atualizar o hardware de qualquer maneira, mesmo pensando em virtualizar, porque muitas dessas atualizações de hardware foram postergadas por um ou dois anos e o hardware foi ficando muito para trás."

Tampouco o Windows 8, apesar de ter o Hyper-V embutido, provavelmente não irá aumentar as vendas de desktops virtuais por si só, diz Hackett.

"Há uma série de empresas já usando-o para várias coisas, mas não vimos muito entusiasmo para difundi-lo em toda a empresa," diz Song.

Lenta e constante

"Se você conversar com os CIOS perceberá que a maioria das empresas está muito, muito atrás de onde as pessoas pensam que elas estão", diz Hackett. "A maioria ainda está lutando com os projetos de construção de uma infraestrutura de virtualização mais eficaz. E tão logo obtenham sucesso nesse campo, vão de dedicar a obter uma boa gestão e automação de camadas que possam controlar. Em seguida, vão olhar para as nuvens híbridas e tentar tirar proveito de alguns dos benefícios potenciais lá. Depois disso, talvez, eles comecem a olhar para os DaaS (desktop-como-serviço) ou para o VDI, mas não é uma alta prioridade para as empresas”, diz Hackett.

"A virtualização de desktops realmente serve a necessidades pontuais da corporação," Song diz. "Entre os custos, a complexidade, os problemas que persistem sobre o desempenho e a resistência de um monte de usuários finais, parece que haverá um crescimento lento e constante , em vez da explosão esperada e preconizada."

Esta semana, vários gestores de TI explicaram, durante a VMworld, os desafios de gestão de rede e segurança que enfrentam.

A General Mills, por exemplo, pode ser considerada pioneira na utilização do software de virtualização de software View, tendo escolhido o VMware View 4.6 há mais de um ano para o seu primeiro projeto de virtualização de desktops (a versão mais recente é o View 5.0).

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A necessidade de rapidamente equipar uma unidade na Índia com poder de computação foi um fator importante na decisão de experimentar a virtualização de desktop. Outro elemento relevante foi a necessidade de estabelecer “um espaço de trabalho flexível", revela Chad Erickson, arquiteto sênior de virtualização da empresa.

Hoje, cerca de 7% dos cerca de 18 mil desktops da General Mills são virtualizados. Principalmente aqueles disponibilizados no exterior, controlados a partir da sede em Minneapolis, nos EUA.

Usar uma WAN para oferecer e gerir a virtualização de desktops e disponibilizá-los a usuários finais pode trazer desafios importantes de largura de banda. Além disso, as aplicações têm de ser cuidadosamente provisionadas e “afinadas” para não degradarem desempenho da rede. Até agora, tem funcionado suficiente bem.

Quanto à segurança, foi necessário criptografar o tráfego de virtualização entre as máquinas da sede e os PC das outras instalações. A General Mills descobriu que melhoraria o desempenho da rede com a remoção dos aceleradores de WAN, por não estarem preparados para a virtualização.

Em uma sessão intitulada “Lições da Implantação de 3000 Desktops Virtuais”, Jeff O’Connor, engenheiro técnico da Australian Securities & Investment Commission, disse que o projeto de virtualização realizado na instituição tem transcorrido sem problemas.

Há muito a aprender sobre o planejamento de provisionamento de largura de banda e memória para garantir que a experiência de uso da aplicação seja positiva. Problemas podem resultar em falhas generalizadas em centenas de usuários do View. No entanto, segundo O’Connor, os incidentes têm diminuído bastante, conforme a agência reguladora ganha maior experiência com a virtualização de desktops em thin clients.

Ele considera problemático o provisionamento de antivírus porque se as varreduras não forem aleatórias e programadas para horas fora de expediente, criam problemas significativos de desempenho. O engenheiro espera que uma nova geração de produtos, tais como antivírus, sem agentes, para desktops virtuais, eliminem a ocorrência do que alguns denominam ” tempestades de antivírus”.

Em uma sessão separada, Ryon Packer, executivo da Dell, destacou que a virtualização de desktops em grande parte dos casos não é um argumento a favor da redução de custos. “As pessoas pensam que é como na virtualização de servidores – na qual se ‘acrescenta’ uma camada de software em camadas sobre o hardware”, disse Packer.

A virtualização de desktops normalmente significa reformar PCs mais antigos, substituindo-os por uma arquitetura totalmente nova com base em hardware “thin client”. Além disso, há software novo, uma rede totalmente nova e preocupações com o software de gestão para a equipe de TI. E isso significa ter novas despesas, lembra. “Não se pode instalar uma série de equipamentos novos e ter uma plataforma mais barata”, considera.

Um dos principais benefícios da virtualização de desktops, segundo Packer, é evitar o descontrole no uso de aplicações em ambientes de trabalho, para os quais hoje é possível fazer download de qualquer tipo de aplicação. A virtualização de desktops oferece uma maneira de separar do computador de trabalho o uso pessoal por parte do empregado. E, nesse aspecto, é uma vantagem tanto para o departamento de TI como para as equipes de segurança em qualquer organização.

Um argumento a favor da virtualização de desktops é o fato de permitir a uma organização prescindir do uso de alguns tipos de controles de segurança. Mas um projeto de virtualização de desktops tem que começar com uma análise paciente sobre o local onde este tipo de capacidade é realmente necessária: em alguns casos, não é o melhor ajuste para alguns tipos de trabalho ou para o melhor uso dos recursos, conclui Packer.

A Citrix adquiriu a RingCube, fornecedor de software para personalizar desktops dentro de infra estruturas de desktop virtual (VDI). Os termos financeiros do acordo entre as empresas não foram revelados.

O software RingCube de "tornará mais fácil para a TI dar a cada usuário um ambiente de trabalho personalizado", disse o vice-presidente da empresa de desktop e aplicações da Citrix, John Fanell. A Citrix planeja casar vendas da tecnologia RingCube com a sua oferta de VDI própria, XenDesktop.

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A solução RingCube permite ao usuário escolher papéis de parede, definir sua impressora, instalar aplicativos e criar suas próprias áreas de armazenamento de dados.

Normalmente, para que um usuário personalize sua área de trabalho baseado em VDI, a organização precisa armazena uma imagem de todo o sistema operacional e de todos os dados do usuário. Com o objetivo de poupar espaço de armazenamento, muitas operações, como call centers, usam uma única cópia de um sistema operacional para todos, privando os usuários da personalização.

A Tecnologia RingCube guarda todos os dados de personalização em um arquivo separado, que pode ser emparelhado com o sistema operacional quando é solicitado. Esta abordagem pode reduzir muito a quantidade de armazenamento necessária, uma vez que as duplicadas do sistema operacional não são necessários, explicou Fanelli.

O executivo Fanelli não revelou como a tecnologia RingCube será empacotada, ou integrada, com o XenDesktop. A Citrix já vendeu mais de 7 milhões de licenças do XenDesktop, incluindo as vendas para 50 clientes com 10 mil usuários ou mais.

Com sede em Mountain View, Califórnia, A RingCube lançou seu produto de personalização do VDI em maio e já possui 20 pedidos de patente em análise disse Fanelli.

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