A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) realizou um levantamento com os médicos especialistas da capital que aponta a falta de uso de preservativos entre adolescentes de 13 a 19 anos. Para 78,3% dos especialistas, mais da metade das pacientes desta faixa etária são sexualmente ativas.
De acordo com os médicos, 42,3% das adolescentes recebeu orientações sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “É preocupante saber que a maioria das jovens conhece sobre IST, segundo a opinião dos ginecologistas, sabendo também que o preservativo é uma forma de evitar a contaminação. No entanto, apenas poucas utilizam o preservativo consistentemente”, comenta Luciano Pompei, secretário geral da SOGESP.
##RECOMENDA##Quando indagados se a adolescente utiliza preservativo rotineiramente, 45,93% diz que menos da metade, 39,97% têm a percepção de que isso ocorre com apenas uma pequena parcela. Já 64% dos especialistas afirmam de que a maioria das adolescentes conhece a pílula do dia seguinte. “Este dado é importante para alertar aos ginecologistas e obstetras sobre a vulnerabilidade da população de adolescentes visto que na maioria das vezes a orientação sobre IST e anticoncepção ocorre após o início da vida sexual”, declarou Silvana Maria Quintana, segunda secretária da SOGESP.
A pesquisa foi realizada de 16 de fevereiro a 6 de março de 2018, com 849 ginecologistas e obstetras.