A 14ª edição da maior feira de artesanato da América Latina, iniciada na última quinta-feira (4), recebeu centenas de visitantes neste sábado (6). Instalada no Centro de Convenções de Pernambuco, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) tem como tema este ano "Mulher Rendeira" e irá até o dia 14 de julho com mais de 800 estandes e exposição de 48 países.
Grupos de artesãos e entidades marcam presença no evento. É o caso da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) que expõe produtos feitos pelos internos. Sandra Maria, funcionária da Funase, é responsável pelo stand e conta que os produtos são bem aceitos. “Já vendemos quase todos os vestidos infantis, só ficaram três”, exemplifica. O artesanato é mais uma das atividades de reintegração dos adolescentes. A renda obtida nas vendas é dividida em 50% para o interno e 50% para a compra de novos materiais.
##RECOMENDA##Para os que frequentam a feira, a satisfação vem da variedade de produtos, dos preços e da estrutura montada. “Está lindo, muito organizada e os os produtos não estão caros”, disse a dona de casa de 48 anos, Dalvanira Maria de França. Ela, que frequenta todos os anos o evento, também falou que tenta manter o controle para não comprar tudo.
Já a professora, Elizabeth Santana, de 59 anos, prefere olhar tudo primeiro, assim, ela seleciona o que quer levar para a casa. Os produtos que, com certeza, fazem parte da sua lista são as mantas vendidas nos stands indígenas. “É porque os produtos são naturais, são de algodão e, na feira, são bem mais baratas”, explica.
Apesar da grande quantidade de pessoas no local e da satisfação dos visitantes, os expositores ainda não podem comemorar. Ivo Tavares, de 43 anos, do stand Ivinho de Tracunhém, relata que as vendas ainda estão fracas, mas têm esperança que melhore. “Segundo o que me disseram, do dia 12 em diante, deve melhorar”, conta ele que expõe pela primeira vez na feira.
“As vendas estão baixas em relação ao ano passado”, falou a artesã Audaneuza Cavalcanti (65 anos), do Sindicato das Artesãs da Região Metropolitana do Recife (SIDAREM). Raquel Barbosa, também do sindicato, está acompanhando o ritmo de saídas dos produtos. “Eu anoto tudo o que é vendido e em casa, estava comparando esse ano com o ano passado e este está bem pior”, complementa. Ela acredita que a greve dos ônibus, durante essa semana na cidade, tenha contribuído para a baixa. E demonstra otimismo para os próximos dias.