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A sétima Caminhada dos Terreiros de Pernambuco foi às ruas do Centro do Recife nesta segunda-feira (4). Os seguidores do Candomblé, Umbanda e Jurema, saíram em passeata pedindo a aplicabilidade das leis 10.639 e 11.645, que obriga o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas do Estado. 

Segundo o coordenador geral da Caminhada, Marcos Pereira, o evento também abre o mês da consciência negra em Pernambuco.  “Este é um momento que a gente chama atenção da sociedade mostrando que a religião dos orixás é a primeira religião da humanidade. Entretanto, ela é a mais perseguida”, afirmou. “Pernambuco tem a lei do silêncio mais repressiva que você possa imaginar. A Polícia ainda invade os terreiros de Candomblé nos dias de hoje”, desabafou. 

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O Promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Westei Conde reconhece que ainda existe o preconceito da sociedade para as religiões africanas. “A caminha tem o papel de trazer para os pernambucanos a necessidade do respeito e da convivência entre diversos cultos de diversas religiões”, contou. Em relação as leis, o representante do Ministério Público afirma que elas já entraram em vigor há mais de uma década. “A dificuldade que nós encontramos é na implementação da lei, mas existe um esforço muito grande para que se dê visibilidade dentro do currículo disciplinar”, explicou.  

Na sua última edição, a caminhada reuniu 32 mil pessoas, este ano a coordenadoria do evento espera em torno de 40 mil. A concentração estava marcada para às 14h, na praça do Marco Zero, situada na área central da cidade. Em seguida o cortejo passou pelas avenidas Marquês de Olinda e Martins de Barro, seguindo pela Praça da República, Rua do Sol e Avenida Dantas Barreto. O evento terminara na Praça do Carmo, ao lado da igreja do Carmo, em Frente ao Memorial Zumbi dos Palmares.

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