De 0h da sexta-feira (13) até o último minuto da Quarta-Feira de Cinzas (18), 83 homicídios foram registrados em Pernambuco. Em coletiva realizada na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS), nesta quinta (19), o Governo confirmou o aumento de 29,7% nos assassinatos, se comparados ao mesmo período do ano passado, quando houve 64 mortes.
“Na capital, foram 18 casos, oito a mais que no ano passado. Mas precisamos deixar claro que apenas uma morte foi em foco de folia, na segunda-feira (16), no Terminal de Dois Unidos. Foi um acerto de rixa antiga, envolvendo o tráfico de drogas”, garantiu o secretário da pasta, Alessandro Carvalho. Este é o Carnaval com mais morte no Estado desde 2010, quando 91 óbitos foram computados.
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Segundo Carvalho, a grande parte dos homicídios teve motivações preliminares, sendo a maioria interligada à atividade criminal. Em relação às ocorrências recebidas pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS), foram quase 5 mil, menos inferior ao número de trotes passados: 5.485. “Isso gera um problema sério, porque ou estamos perdendo tempo na triagem destas ligações, ou efetivamente estamos mandando viaturas para atender ocorrências que não existem. Vamos instaurar inquéritos para identificar essas pessoas”.
O Estado teve menos 16,2% crimes contra o patrimônio (CVP) durante o Carnaval, como também menos crimes contra a pessoa (2,4% de redução). Já o número de pessoas detidas pela Polícia Militar aumentou em mais de 42%, com 636 pessoas levadas às delegacias e postos policiais montados para o período.
Mais drogas e menos armas
Se em 2014 a Polícia Militar apreendeu 72 armas, este número caiu para 56 durante o Carnaval 2015. Ao dividir, foram 45 armas brancas e 11 armas de fogo recolhidas das ruas. Porém, o número de drogas encontradas pela PM foi 36,4% mais alto do que no mesmo período do ano anterior.
“Nos focos de folia, apreendemos cocaína, maconha e pedras de crack. Tubos de loló foram 427 apreendidos (única droga com menos apreensão em 2015). Isto mostra o trabalho e a pró-atividade dos nossos profissionais”, disse o Coronel Pereira Neto, comandante da PM.
Outro dado reduzido foi o número de atendimentos realizados pelo Corpo de Bombeiros, de 1744 pessoas no ano passado para 1015 atendimentos em 2015. Durante todo o período carnavalesco, apenas 15 ocorrências de afogamento no Litoral Pernambucano, sendo 11 no Galo da Madrugada.
“Apenas houve registro de quatro afogamentos no Litoral Sul, nenhum resultando em morte. E também não tivemos ataque de tubarão. Consideramos que os números foram bons em relação ao Corpo de Bombeiros”, ressaltou o comandante da corporação, Coronel Manoel Cunha.