E quem um dia irá dizer que não existe razão nas conquistas do futebol... Pra gente entender a grandeza das lições deixadas pelo acesso à primeira divisão conquistado pelo Náutico em 2011, uma volta ao tempo torna-se necessária. Reportemo-nos, pois, ao final do ano passado.
Reuniões e mais reuniões aconteceram entre os baluartes alvirrubros. Em pauta um tema que atormentava e até aterrorizava. Existia, pela terceira vez na história do futebol pernambucano, a possibilidade da perda da exclusividade do maior orgulho do clube: o Hexa estadual.
Grandes colaboradores então se uniram em prol da causa e se comprometeram a viabilizar uma folha de pagamento tão “robusta” quanto a do arqui-rival Sport.
Assim foi. O Náutico montou um time caro, que partiu praticamente em igualdade de condições técnicas com o inimigo da Ilha. Ao final, se deu mal. Na hora decisiva o time amarelou contra o Leão e caiu fora nas semifinais.
Impotente, o Timbu assistiu com sofreguidão o “azarão” Santa Cruz salvar a pátria e evitar o Hexa rubro negro. “Missão cumprida”, disseram alguns. “ufa”, reconheceram outros. Um fato, porém, era irreversível: a maioria dos colaboradores cairia fora e um segundo semestre sombrio era avistado ao horizonte Timbu.
Veio então a Série B. A folha despencou. A qualidade do time era extremamente questionada. O treinador, então, era de uma incompetência quase que unânime. Por coisas que a razão do futebol desconhece, o time encaixou. Deu liga. A equipe titular foi pra ponta da língua de todos os torcedores. O “burro treinador” virou paizão. Herói do grupo que entrou no G4 na décima terceira rodada e não mais saiu. E subiu para a elite com toda justiça.
SensacioNáutico. Uma conquista memorável e inquestionável. Parabéns alvirrubros. Alvirrubros, não. NAUTICISTAS. E quem um dia irá dizer...
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