Uma pesquisa da União Europeia realizada na região e nas maiores economias do mundo colocou o Brasil como o segundo lugar entre os países com maior tendência para o empreendedorismo. De acordo com os resultados, 63% dos brasileiros preferem trabalhar em um negócio próprio. A pesquisa incluiu os 27 membros da União Europeia e mais 13 nações, entre elas, China, EUA, Rússia, Índia e Japão. O primeiro lugar ficou com a Turquia, com 82%.
Os termos “empreendedor” e “empreendedorismo” têm sido bastante utilizados nos últimos tempos, principalmente para significar o fundador de um novo negócio ou a pessoa “que iniciou um negócio onde antes não havia nenhum”, dando o contexto do novo, do inédito.
Acredito que empreendedorismo é mais que isso. Empreendedorismo é a força do fazer acontecer, em qualquer área e seja de forma inédita ou não. Seguindo esse raciocínio, o empreendedor é a pessoa capaz de gerar bons resultados em qualquer área de atividade, é aquele que motiva ações e cultiva ideias em prol do bem estar comum.
É de conhecimento comum que o Brasil, assim como outros países do mundo, tem inúmeros problemas, seja de caráter social, educacional, ambiental, econômico ou infraestruturais. Nesse esfera, o empreendedorismo social surge como uma alternativa e forma de contribuição das empresas para a sociedade. Em outras palavras, seria uma forma de devolver à população e ao país onde funciona, todo o sucesso empresarial que foi conquistado.
Aqueles que possuem a visão de empreendedor social são capazes de distinguir tendências e apontar soluções inovadoras para contribuir com a melhoria ou amenização dos problemas sociais e ambientais, por exemplo. O empreendedorismo social, por meio da sua atuação, é capaz de acelerar o processo de mudanças, oferecendo produtos e serviços de qualidade à população excluída do mercado tradicional, ajudando a combater a pobreza e diminuir a desigualdade.
Ao incentivar o empreendedorismo social, não queremos isentar o Governo de suas obrigações com o povo e nem com o país. Continuamos querendo que a corrupção acabe, que o dinheiro dos impostos receba o direcionamento correto, seja para investimentos em saúde, educação, estradas, enfim. Os gestores têm responsabilidade de fazer o país continuar a se desenvolver, estudando e implantando as melhores formas de atingir tal objetivo. Isso é inegável e indiscutível.
Contudo, todos nós temos responsabilidade com o bem comum. Cada um, da sua maneira, pode e deve contribuir para o desenvolvimento do país em todos os aspectos. Uma vez reconhecido, o empreendedor social é capaz de inspirar cada vez mais representantes a se engajarem em torno de uma causa comum: uma sociedade com oportunidades iguais para todos.