Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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A hipocrisia do doping

Luiz Mendes, | sex, 04/04/2014 - 10:41
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Uma disputa esportiva com lisura é aquela em que os participantes competem com igualdade de condições. Utilizar qualquer tipo de substância que favoreça um determinado atleta por modificar seu desempenho é desleal. Um crime.

Mas já vimos atletas serem barrados de competições importantes por terem tomado um analgésico para tratar um dor de cabeça. Na composição do remédio havia uma substância que poderia esconder um possível uso de anfetaminas. Um absurdo.

Atualmente sendo discutida a sua liberação por alguns países, a maconha também causa polêmica dentro do esporte. Grandes atletas como o maior medalhista olímpico de todos os tempos, Michael Phelps , e Giba, da seleção brasileira de vôlei, já foram flagrados em exames antidoping  por uso de Cannabis.

O sindicato internacional de jogadores de futebol quer descriminalizar a maconha também no esporte. O argumento da entidade é que erva não altera o desempenho dos atletas. Longe de apoiar ou fazer campanha por uso de qualquer droga, o sindicalistas acreditam que não é lógico combater algo que está no cotidiano de muito jovens.

 Na Holanda, país considerado um dos mais liberais quando o tema é drogas, e que é sede do sindicato dos jogadores, a autoridade antidoping do país também apoia a liberação da erva. Segundo o entidade, utilizando dados da Uefa, mais da metade dos casos de doping na Europa são provenientes da Cannabis.

A agência mundial antidoping, Wada, mesmo sendo contrária a liberação da maconha, já afrouxou a fiscalização em relação ao uso por atletas. O limite de tolerância ao THC, princípio ativo, encontrada na erva, aumentou para 0,000000001 gramas por litro de sangue. Na prática, se um atleta fumar um baseado no dia da competição será flagrado, mas caso o consumo seja feito no dia anterior não haverá problemas.

O debate também veio à tona também na final do Superbowl do ano passado. O principal evento esportivo dos Estados Unidos teve como protagonistas as equipes do Colorado e de Washington, estados norte-americanos que liberaram a maconha para o uso recreativo. Um outdoor em frente ao estádio mostrava um homem estatelado no chão com a frase: “Maconha: mais segura que o álcool e o futebol americano”, fazendo referência a uma marca de bebidas que patrocinava o evento.

Fica claro que a proibição da maconha no esporte passa mais por uma questão moral do que técnica. A hipocrisia está em tratar de moral quando os principais eventos esportivos do mundo são marcados com episódios de corrupção e armação de resultados. Sem falar de clubes e entidades ao redor do mundo que são utilizados meramente para lavagem de dinheiro. 

3 dentro

- Sport. O Leão mostrou a sua força dentro da Ilha do Retiro. Com um grande poder de marcação, o time do treinador Eduardo Baptista saiu na frente na decisão vencendo por 2x0 e agora tem uma boa vantagem para o jogo final no Ceará.

- Schumacher. Aos poucos o heptacampeão de Fórmula 1 vem se recuperando do acidente de esqui que sofreu no final do ano passado. Segundo a assessora do ex-piloto, Schumi já mostra sinas de consciência.

- Rogério Ceni. Aos 41 anos o maior ídolo da história do São Paulo percebeu que já passou da hora de encerrar a carreira. Mesmo que tardia, a decisão não ofusca toda a história do atleta que revolucionou a posição de goleiro.

3 Fora

- Jérôme Valcke. O secretário-geral da Fifa diz já haver legados da Copa e só não ver quem não quer. Prezado Valcke, meus olhos ainda não conseguem ver tudo o que foi prometido. Devem ser problemas em meus óculos.

- Joseph Blatter. Em contraponto ao seu subordinado, o presidente da Fifa colocou na conta dos governo os atrasos nas obras da Copa. A inatividade dos brasileiros, segundo Blatter, é a principal causa das angústias pré-mundial.

- Rio 2016. Não é um privilégio da Fifa fazer um evento de qualquer forma. O COI mostra também faz as suas trapalhadas. Os trabalhadores do Parque Olímpico resolveram cruzar os braços alegando salários abaixo dos praticados no mercado.

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