Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Macacos me mordam!

por Luiz Mendes | seg, 28/04/2014 - 09:11
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Não adianta. Todo ato de racismo é assustador. Por mais que eles se repitam todos os dias ao nosso lado ou em um longínquo estádio espanhol, sempre é motivo para estarrecimento, revolta e vergonha.

Por maior que seja o desenvolvimento tecnológico, parece que a evolução do ser humano parou no tempo. Boa parte da humanidade, se assim pode ser chamada, ainda refuta o que lhe parece estranho. Mesmo que este seja um semelhante.

O esporte nada mais é do que um grande amplificador da sociedade. Com isso, grupos de intolerância veem neste tipo de evento o momento propícios de vomitarem seus ideais escrupulosos. Engana-se quem imagina que esse tipo de manifestação é advinda apenas das arquibancadas.

Na semana passada foi divulgado um áudio onde Donald Sterling, dono do Los Angeles Clippers, time da NBA, recriminava a namorada por ela ter posto em uma rede social uma foto em que aparece ao lado de um atleta negro. O magnata ainda disse que não queria que a companheira levasse negros para as partidas do seu time. A atitude do cartola do basquete norte-americano teve uma grande repercussão nos EUA, com declarações de repúdio do presidente Barack Obama e do ex-jogador Magic Jonhson.

Ontem, antes de cobrar um escanteio, uma banana foi atirada em direção ao lateral-direito do Barcelona e da seleção brasileira, Daniel Alves. A forma que o baiano arrumou para responder as ofensas foi pegar um das frutas e comê-la dentro de campo. Após a partida o jogador afirmou que vem sofrendo preconceito nos 11 anos que atua no futebol espanhol e que agora só pode rir dos retardados.

Nessas duas situações de racismo ocorridas nos últimos dias mostra como pensam os retardos, que se julgam melhores que alguém por conta apenas da cor da pele. Os fatos também dão à tônica de como reagir e enfrentar situações como esta.

Falta pouco mais de 40 dias para o início da Copa do Mundo no Brasil e não é difícil de imaginar que ocorram atitudes semelhantes nas arquibancadas do mundial com pessoas de diferentes nacionalidades nela. Inclusive brasileiros, que já demonstraram esse ano, com o episódio contra o juiz do Rio Grande do Sul, que também são tão racistas como qualquer outro povo.

Mas sempre que isso acontecer deve causar indignação, respostas e punições à altura. O racismo é real. Tem nome, sobrenome e endereço. Não é tímido e sabe da força que tem. Da mesma forma é imbecil, sem fundamentos e estarrecedor. Difícil de acreditar que ele ainda existe. Macacos me mordam.

3 dentro

- Careca. Gritaram dentro dos Aflitos: “Habemus centroavante”. Com os dois gols marcados no último sábado, Rodrigo Careca parece ter cravado seu lugar na equipe do técnico Lisca.

- Rithely. É outro que estava no banco de reserva e vai mostrando que seu lugar não é lá. Peça fundamental do time desde o ano passado, o volante mostra que valeu a pena a briga da diretoria rubro-negra para que ele não fosse embora da Ilha do Retiro.

- Sérgio Guedes. Não venceu em seu jogo de estreia, mas conseguiu fazer até o momento o que é esperado dele. Motivou o elenco tricolor, que já mostrou um novo espírito ao enfrentar a Portuguesa no último sábado.

3 fora

- Balotelli. Garoto problema do futebol italiano, o jeito explosivo do atacante pode tirá-lo da Copa do Mundo. De acordo com a imprensa italiana, o técnico Cesare Prandelli não tem gostado das declarações do jogador quando é substituído por mão estar apresentando um bom futebol.

- Ronaldinho Gaúcho. O ex-melhor do mundo bateu mais um recorde. Mas esse não é de se orgulhar. Pela primeira desde que chegou ao Atlético-MG o meia é substituído em cinco partidas no mesmo ano.

- Thiago Silva. O capitão da seleção foi o responsável por adiar a festa do título do Campeonato Francês. O zagueiro marcou um gol contra e o PSG empatou em 1x1 com o Sochaux não podendo assim comemorar de forma antecipada o título nacional.

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