Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Está difícil ver um jogo de futebol

Luiz Mendes, | seg, 15/09/2014 - 09:43
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Não precisa de muita coisa, me contento com pouco. Não são necessários sistemas táticos mirabolantes, nem superestrelas em times de outras constelações. Apenas gostaria de ver um bom jogo de futebol no Brasil, mas anda a cada dia mais difícil.

Seja em uma áspera arquibancada quente, numa confortável cadeira numerada de Arena ou na poltrona da sala de estar, uma partida digna de atenção durante 90 minutos é algo raro. Raríssimo. Quase uma mosca branca.

Em um mundo cada vez mais mimetizado, importamos a forma de jogar e de assistir futebol. Impõe-se que tudo seja menor e mais rápido. Espaços compactados, defesa, meio e ataque agarradinhos, apenas um toque na bola. Quase um handebol com os pés. 

Está faltando espaço para muita coisa. Para dribles, lançamentos de 50 metros. Prestem atenção que eu falei lançamentos, não esses bicudos que são dados pela defesa e, quando a sorte ajuda, encontra um centroavante que domine a pelota na canela. Falta qualidade e talento. 

Lances grotescos como esses acontecem nas nossas peladas semanais, que a cada dia se parecem com o que vemos pelos ditos profissionais. Não são poucas as vezes que me pego a pensar que se tivesse me dedicado um pouco mais não estaria ali no meio deles.

Como a solução é difícil, resta ter um discurso conformista diante do que é apresentado. Não gosto do que vejo e são raras as exceções. O futebol é um espelho da sociedade. Em meio a tantas partidas e momentos horríveis, há momentos de rara beleza. Ainda bem.

3 dentro

- Mirela Saturnino.  A atleta de 23 anos tem uma história surpreendente de amor pelo atletismo, como foi contada pela repórter Nicoly Moreira na semana passada. Fruto desta dedicação aparece nos resultados. A pequenina corredora venceu, no último sábado, a 5ª edição da Maratona Maurício de Nassau. 

- São Paulo. O time comandado por Muricy Ramalho e o seu quadrado mágico é o responsável por ainda dar alguma graça ao Campeonato Brasileiro. Não fossem os tricolores, o Cruzeiro já haveria disparado na competição, deixando o segundo turno da competição bem enfadonho.

- Dado Cavalcanti. Colocou um time desacreditado e o pôs na briga pelo acesso à Série A. Até alvirrubros fanáticos já tinham perdido a esperança em algo durante 2014. O jovem e bom treinador trouxe confiança a parte vermelha e branca do futebol de Pernambuco.

3 fora

- Santa Cruz. Não adianta o ataque fazer uma infinidade de gols se o mesmo número for levado pela defesa. Desse jeito não soube e o risco de um novo rebaixamento se aproxima a cada gol tomado. O técnico Sérgio Guedes já teve tempo suficiente para arrumar a zaga coral, que está comprometendo todo o desempenho do time na Série B.

- Carlos Treniño. Nem os maiores nomes do futebol estão livres da imbecilidade do racismo. Recém-chegado ao México, Ronaldinho Gaúcho foi alvo de críticas preconceituosas do político asteca. Treniño ofendeu o jogador brasileiro o chamando de macaco através do Facebook, enquanto o meia era apresentado em seu novo clube.

- Adrian Peterson. A bestialidade também mostrou estar presente no jogador do Minnesota Vikings, time da NFL. O jogador de futebol americano foi indiciado por agressão ao próprio filho. Segundo a polícia, Peterson agrediu a criança de quatro anos com um galho de árvore. 

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