Djalma Guimarães

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Seu Bolso

Perfil:Economista pela UFCG e Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE. É Docente, Projetista e Consultor Empresarial da i9 Projetos.

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Estratégias e pessimismo no setor de automóveis

Djalma Guimarães, | seg, 06/10/2014 - 10:33
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Esta aberta à temporada de salões de automóveis por todo o mundo, um tentativa da indústria automobilística de recuperar o terreno perdido desde a crise financeira internacional de 2008. Tais salões apresentam inovações e novos conceitos de veículos com vistas a fisgar os consumidores, criando necessidades de consumo, mundo afora o crescimento nas vendas nos EUA e na China tem concedido algum alento para o segmento, mas os resultados do mundo em desenvolvimento e do Brasil tem puxado o saldo da indústria para baixo.

Por que o lançamento de carros híbridos e elétricos mais eficientes não é suficiente para animar o consumidor brasileiro?

- De maneira geral os veículos de primeira geração são fabricados em filiais das grandes montadoras em outros países, ou seja, tais carros não serão fabricados no Brasil em um primeiro momento, sendo assim, precisam ser importados, e aí reside o problema. As cotas de importação e impostos de importação são quase que proibitivos a importação de veículos. Em alguns segmentos a economia brasileira ainda é relativamente fechada.

 - Se tais carros mais eficientes fossem fabricados aqui a nossa carga tributária, o custo Brasil, baixa produtividade do trabalho, (...), e sem falar no “Lucro Brasil” (A grande margem de lucro das montadoras) tornariam tais carros mais eficientes inacessíveis para uma parcela significativa do mercado consumidor.

- O programa Inovar Auto que visa que a P&D de veículos seja realizada no Brasil só começará a fornecer resultados no médio prazo.

O fato é que com salão ou sem salão o brasileiro está mais cauteloso, o momento da economia tem inspirado cuidados por parte do consumidor. De Nov/2010 para Set/2014 o Índice de Confiança do Consumidor de Recife, ICC-IPMN, recuou 21,9%, por exemplo, fato semelhante ao que acontece em todo o país. Tal contexto, talvez nos ajude a entender o recuo (9,73%) no licenciamento de veículos de Janeiro a Agosto de 2014, em comparação ao período de Janeiro a Agosto de 2013.

 

Sem falar do esgotamento da política macroeconômica expansionista de incentivo ao consumo de bens duráreis utilizada com sucesso frente à crise financeira internacional de 2008 mas que já não apresenta a mesma eficácia.

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