Tópicos | carros híbridos e elétricos

Esta aberta à temporada de salões de automóveis por todo o mundo, um tentativa da indústria automobilística de recuperar o terreno perdido desde a crise financeira internacional de 2008. Tais salões apresentam inovações e novos conceitos de veículos com vistas a fisgar os consumidores, criando necessidades de consumo, mundo afora o crescimento nas vendas nos EUA e na China tem concedido algum alento para o segmento, mas os resultados do mundo em desenvolvimento e do Brasil tem puxado o saldo da indústria para baixo.

Por que o lançamento de carros híbridos e elétricos mais eficientes não é suficiente para animar o consumidor brasileiro?

- De maneira geral os veículos de primeira geração são fabricados em filiais das grandes montadoras em outros países, ou seja, tais carros não serão fabricados no Brasil em um primeiro momento, sendo assim, precisam ser importados, e aí reside o problema. As cotas de importação e impostos de importação são quase que proibitivos a importação de veículos. Em alguns segmentos a economia brasileira ainda é relativamente fechada.

 - Se tais carros mais eficientes fossem fabricados aqui a nossa carga tributária, o custo Brasil, baixa produtividade do trabalho, (...), e sem falar no “Lucro Brasil” (A grande margem de lucro das montadoras) tornariam tais carros mais eficientes inacessíveis para uma parcela significativa do mercado consumidor.

- O programa Inovar Auto que visa que a P&D de veículos seja realizada no Brasil só começará a fornecer resultados no médio prazo.

O fato é que com salão ou sem salão o brasileiro está mais cauteloso, o momento da economia tem inspirado cuidados por parte do consumidor. De Nov/2010 para Set/2014 o Índice de Confiança do Consumidor de Recife, ICC-IPMN, recuou 21,9%, por exemplo, fato semelhante ao que acontece em todo o país. Tal contexto, talvez nos ajude a entender o recuo (9,73%) no licenciamento de veículos de Janeiro a Agosto de 2014, em comparação ao período de Janeiro a Agosto de 2013.

 

Sem falar do esgotamento da política macroeconômica expansionista de incentivo ao consumo de bens duráreis utilizada com sucesso frente à crise financeira internacional de 2008 mas que já não apresenta a mesma eficácia.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan afirmou nesta terça-feira (25) ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que medidas de incentivo à importação, comercialização e produção de carros híbridos e elétricos serão anunciadas pelo governo depois do feriado de carnaval.

Segundo Moan, a proposta feita pela Anfavea prevê um procedimento de três etapas. Na primeira delas, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre esse tipo de veículo seria reduzido. Hoje, um carro elétrico paga 25% desse tributo, quase o dobro do que é aplicado a um carro médio movido a gasolina.

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A segunda etapa, que teria um prazo de três anos, diz respeito à nacionalização de componentes de veículos dessa categoria. O último ponto, com mais dois anos para ser cumprido, seria a fabricação de carros híbridos e elétricos no Brasil. "A negociação está adiantada, agora é uma decisão por parte do governo", afirmou Moan, que participou nesta terça de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre os preços de carros no Brasil.

De acordo com o presidente da Anfavea, um programa de incentivo à renovação de frota de caminhões deve ser editado pelo governo ainda no primeiro trimestre deste ano. Empresas do setor sugeriram a criação de linhas de crédito para esse fim, um pagamento de bônus para quem fizer a troca, além da reciclagem da frota defasada. Segundo Moan, o País tem hoje cerca de 250 mil caminhões com mais de 30 anos de uso.

O presidente da associação também falou sobre as negociações para a implantação do Programa Exportar-Auto, que facilitaria a exportação de veículos produzidos no Brasil. "O Exportar-Auto não deve ser lançado como um pacote fechado, mas como uma série de medidas. Sua somatória formará o programa", disse. Segundo Luiz Moan, a Anfavea não pediu desoneração tributária nesse pacote, mas medidas como facilitação ao comércio exterior e elaboração de acordos de comércio internacional.

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