Começou, no último sábado (24), a 12ª Bienal de Istambul. A mostra, conhecida por não ter o mesmo esplendor das tantas outras bienais, não tem programação pré-estabelecida, nem grandes nomes, performances e palestras. Quem for à Bienal, vai se deparar, portanto, com um interessante projeto de caráter experimental.
A exposição, preparada pelo brasileiro Adriano Pedrosa, juntamente com o costa-riquenho Jens Hoffmann, é um exemplo de modernismo e inovação. Fugindo do estereótipo de grande evento criado pelas outras bienais, a versão de Istambul é polêmica até no nome. Intitulada "Untitled - 12th Istanbul Biennial”, que significa "Sem título – 12ª Bienal de Istambul", a mostra não ousa em ser inovadora e fugir dos padrões adotados em todo o mundo. Este ano, 13 artistas brasileiros terão trabalhos apresentados no evento.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) está realizando o ciclo de conferências “A Itália no Brasil: diálogos e influências”. Dentro da programação, voltada às relações culturais existentes entre os dois países, destaque para a conferência de abertura, intitulada “A Literatura italiana no Brasil”, realizada no último dia 20, que contou com a presença do acadêmico Alfredo Bosi.
O evento é coordenado pelo acadêmico Marco Lucchesi e por Marcos Vilaça, também acadêmico e presidente da ABL, que estará na Fliporto desse ano. Amanhã (27), Luiz Paulo Horta vai debater sobre o tema “De Rossini a Radamés”. No dia 4 de outubro, para encerrar o ciclo, Aniello Angelo Avella fala sobre a imperatriz Teresa Cristina. O evento é uma excelente oportunidade de conhecer melhor essa influente e interessante cultura.
Cerca de 80% dos compradores de e-books nos EUA consideram irrelevante saber qual a editora publicou o livro antes de comprá-lo, dado revelado em pesquisa recente realizada pela Bowker PubTrack. A análise foi feita com o objetivo de estudar o atual cenário editorial americano, pois, com o crescimento dos livros eletrônicos, surge a onda de autopublicações, que preocupa as grandes editoras em todo o mundo.
O estudo mostrou, ainda, que, mesmo sem saber qual a editora responsável pela publicação do e-book, 21% compram, ou já compraram, livros autoeditados. Tornou-se, portanto, uma tendência no ramo, mas que não deve diminuir a credibilidade dada aos livros, utilizados como essenciais fontes de informação, conhecimento e cultura.
Jorge Amado, Antoine de Saint Exupéry, Aldous Huxley, Mário de Andrade, Burle Marx e o escritor argentino, Camilo José Cela, são algumas das importantes figuras que conheceram, de perto, o famoso baobá da Praça da República, ponto turístico da capital pernambucana. A visita de personalidades a essa árvore africana demonstra o quanto esse belíssimo exemplar é marcante para a nossa cultura e paisagem histórica.
E a lista dos ilustres visitantes cresce, gradativamente, diante da beleza da enigmática árvore Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Heitor Villa-Lobos também tiveram a honra de visitar o nosso baobá. Atualmente, Pernambuco é o estado com a maior concentração da espécie africana no Brasil.
Fazer com que a Literatura brasileira ultrapasse as fronteiras territoriais do mundo, esse é o objetivo do programa para tradutores lançado, durante a Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. O projeto irá facilitar o contato de tradutores estrangeiros com diferentes cidades do nosso país.
Dessa maneira, os profissionais, selecionados para passar de dois a seis meses no Brasil, a partir de 2012, poderão conhecer, de perto, cenários e personagens que compõem o vasto mundo literário brasileiro. Além disso, o programa irá apoiar a publicação e divulgação dos livros nacionais no exterior. Uma iniciativa que deverá valorizar e reconhecer o empenho realizado pelos escritores brasileiros na concretização de uma obra literária.
A Academia Pernambucana de Letras (APL) está abrindo suas portas e se aproximando, cada vez mais, do público local. Na última semana, houve a inauguração do Museu desta nobre instituição que tive a honra de ajudar na recuperação do seu prédio. A intenção é tornar a sede da APL um lugar ainda mais próximo dos pernambucanos.
Para minha emoção, o espaço ganhou uma tela, pintada por Josebias Bandeira, inspirada no poema Alpendre, do meu livro “Portal de Sonhos”. A obra está na exposição Palavra Pintada.
A sensibilidade do escritor Valter Hugo Mãe, mais uma vez, vem à tona com o lançamento do seu mais novo livro, O Filho de Mil Homens. A obra conta a história de Crisóstomo que, frustrado por não ter um filho, inventa uma família e, a partir disso, o angolano explora temas como a paternidade e o amor em família.
O livro será lançado, oficialmente, no próximo dia 25, em Portugal, pela Editora Objectiva. A obra ainda não tem previsão para chegar ao Brasil, mas a criatividade, delicadeza, e o carinho do autor com as suas obras compensa a espera.
Desde Casa Grande & Senzala até relatos sobre os bares da capital francesa, as memórias do pintor pernambucano Cícero Dias, que nos deixou, aos 95 anos, em 2003, são de encher os olhos e o coração de qualquer um. Na sua autobiografia, intitulada Eu Vi o Mundo, todos é possível se aprofundar nas histórias e experiências, no século 20, desse fascinante artista plástico.
A novidade é que, agora, chega ao público a edição Nós Vimos o Mundo, com depoimento da companheira do pintor, a francesa Raymonde Dias, nos trazendo detalhes do amor vivido pelos dois. Certamente, uma leitura riquíssima e imperdível.
Cerca de 80 galerias de arte estiveram presentes na 1ª ArtRio, feira internacional de arte contemporânea realizada, no último final de semana, no Rio de Janeiro. Com a paisagem do Píer Mauá, a cidade maravilhosa tornou-se um polo cultural ainda maior e mais abrangente, trazendo mostras e representantes das Artes Plásticas do mundo inteiro.
A primeira edição da feira trouxe belíssimas obras, algumas inéditas, que retratavam desde a vanguarda modernista até os dias atuais. Com sucesso de público e vendas, a ArtRio torna-se um importante evento cultural que valoriza e reconhece a arte contemporânea mundial.
“Parecia não pisar o chão – Treze ensaios sobre as vidas de Fernando Pessoa” é o nome da biografia, escrita por Carlos Taibo, sobre a vida e obra de Pessoa, publicada, recentemente, na Espanha. O livro, segundo o próprio autor, tentou desvendar o enigma dos 72 heterônimos utilizados por Fernando Pessoa durante a sua vida literária.
A obra inaugura a coleção “Através | Das Idéias”, da Através | Editora. Taibo, politólogo espanhol, adentrou no mundo de Fernando Pessoa e trouxe ao público o lado humano da figura literária portuguesa que mais se destacou no século XX. Certamente, uma leitura imperdível e reveladora.