Um novo tsunami desmorona o Brasil

Edmar Lyra, | qui, 18/05/2017 - 00:30
Compartilhar:

Quando o Brasil dava sinais de que estava recuperando a economia mesmo aos trancos e barrancos, uma nova bomba de efeito devastador recai sobre a política brasileira. As informações foram divulgadas ontem à noite dando conta de uma gravação do dono da JBS em março de uma conversa com o presidente Michel Temer, que consistia em comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

A operação feita pelo dono da JBS teve o suporte e o aval da força tarefa da Lava-Jato, tanto as gravações, em vídeo e áudio, quanto o dinheiro dado a pessoas ligadas aos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella, foram feitas com o consentimento da Lava-Jato para a produção de provas. Os efeitos desta denúncia são imediatos e indiscutíveis. A queda do presidente Michel Temer é um fato inexorável.

Temer cometeu pelo menos o crime de obstrução à justiça, e corre sérios riscos de ser preso, basta que o plenário do Supremo Tribunal Federal assim decida. Com a denúncia, além da queda do presidente, que já era plausível via TSE, as reformas trabalhista e previdenciária simplesmente foram pro vinagre, acabando assim com os planos de retomada da economia.

Com a provável saída do presidente, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM/RJ) herda interinamente o mandato, onde será convocada uma eleição indireta que pode ser disputada por qualquer brasileiro com idade para o cargo que esteja filiado a um partido político. Essa eleição ocorreria pelo Congresso Nacional, composto por 513 deputados federais e 81 senadores. A profecia feita pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha de que seria responsável pela queda de dois presidentes está em vias de ser consumada.

Futebol - A Comissão de Esportes e Lazer, presidida pelo deputado Beto Accioly (PSL)  realiza nesta quinta-feira, às 10h, audiência pública para debater a democratização e o controle social sobre as entidades responsáveis pelo futebol no Estado de Pernambuco. A iniciativa veio através da elaboração do projeto de lei 1303/2017, apresentado pelo deputado Rodrigo Novaes (PSD).

Vice - Com o ministro das Cidades Bruno Araújo nas cordas, ora pela Lava-Jato, ora pela provável queda de Michel Temer, o nome do deputado estadual Antonio Moraes ganhou força para ser candidato a vice-governador na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara. O deputado fez rasgados elogios ao governador durante o Pernambuco em Ação semana passada.

Melhor - Durante a Marcha dos Prefeitos em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia afirmou que Paulo Câmara é o melhor governador do Brasil. A declaração não foi muito bem recebida pelo ministro da Educação Mendonça Filho, que ainda sonha em ser candidato majoritário numa chapa opositora ao governador. Mendonça e Rodrigo são filiados ao DEM.

Sinal - A maioria dos deputados estaduais sinalizam que não querem trocar o certo pelo duvidoso. A relação da Alepe com o governador Paulo Câmara tem sido a melhor possível e os deputados não enxergam nenhum nome capaz de fazer melhor do que o governador vem fazendo ao longo do seu mandato diante de tamanha dificuldade.

RÁPIDAS

PEN - O Partido Ecológico Nacional comandado pelo vereador Davi Muniz está montando uma chapa extremamente competitiva para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, que poderá contar com seis vereadores do Recife e eleger pelo menos dois deputados estaduais em 2018.

Alvaro Dias - Um nome que pode ser candidato a presidente numa eleição indireta é o do senador Alvaro Dias (PV), que foi eleito com a maior votação proporcional de 2014 para o Senado. Alvaro também não teve seu nome envolvido na operação Lava-Jato.

Inocente quer saber - Como ficam os ministros pernambucanos após a bomba envolvendo Michel Temer?

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Carregando