Bob Dylan vendeu todo o seu catálogo de música gravada, juntamente com "os direitos de múltiplos novos futuros lançamentos" à Sony Music Entertainment, anunciou nesta segunda-feira (24) a companhia, que não revelou os termos financeiros do acordo.
No fim de 2020, o artista icônico de 80 anos já tinha vendido os direitos de suas composições musicais - diferentes dos direitos de gravação, que regem a reprodução e a distribuição - à Universal, em um acordo estimado em mais de 300 milhões de dólares.
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Segundo informações da indústria, entre elas os meios Billboard e Variety, o acordo com a Sony chegaria a mais de 200 milhões de dólares.
Por sua vez, a Sony disse que fechou o acordo sobre os direitos de gravação em julho de 2021, o que aprofunda ainda mais a relação de seis décadas do artista com a companhia.
Em 1961, Dylan assinou seu primeiro contrato com a Columbia Records, o selo de propriedade da Sony pelo qual lançou seu primeiro álbum no mesmo ano.
Após ressaltar a "genialidade sem igual" de Dylan, Rob Stringer, presidente da Sony Music Group, destacou a "relação especial" que a Columbia Records manteve com o artista desde o início de sua carreira.
"Estamos bastante orgulhosos de continuar crescendo e desenvolvendo nossa relação de 60 anos" com Dylan, que foi prêmio Nobel de Literatura em 2016, afirmou.
Para Dylan, a longa relação com a Columbia Records e Rob Stringer "não foi nada além de boa para mim por muitos anos e por um bom punhado de discos". "Estou feliz que todas as minhas gravações possam ficar no lugar em que elas pertencem", acrescentou.
O acordo entre Dylan e Sony, no entanto, é diferente do firmado com a Universal. Os donos dos direitos de gravação podem decidir fazer futuras edições, enquanto os direitos de autor recebem royalties por suas reproduções nos meios de comunicação e streaming, venda de discos e uso em publicidade, filmes e outras produções audiovisuais.
O acordo de Dylan com a Universal foi um dos maiores que precederam uma série de transações de catálogos de música no ano passado, que mostram o interesse cada vez maior dos mercados financeiros neste tipo de ativo.
As companhias adquiriram uma série de grandes catálogos como o de David Bowie, Bruce Springsteen, Stevie Nicks, Paul Simon, Mötley Crüe, The Red Hot Chili Peppers e Shakira.
Springsteen vendeu os direitos de seu catálogo musical à Sony por cerca de 500 milhões de dólares em dezembro.
No início de janeiro, os herdeiros de Bowie venderam os direitos da obra musical do artista britânico à Warner Chappell Music.